Novo experimento de física quântica sugere que a realidade não é objetiva
Um novo experimento de física quântica forneceu evidências inéditas para uma ideia que antes era limitada ao campo da teoria: de que a realidade pode ser subjetiva.
Sob as condições certas, duas pessoas podem observar o mesmo evento, ver duas coisas diferentes e ambas estarem corretas.
O experimento
Cientistas da Universidade Heriot-Watt (Edimburgo, Escócia) demonstraram pela primeira vez como duas pessoas podem experimentar realidades diferentes recriando um clássico experimento mental.
O experimento envolve duas pessoas observando um único fóton, a menor unidade quantificável de luz, que pode agir como uma partícula ou como uma onda sob diferentes condições.
O fóton pode existir em um dos dois alinhamentos, mas até o momento em que alguém realmente o mede para determinar qual deles, o fóton existe em uma superposição, ou seja, ambas as condições são verdadeiras ao mesmo tempo.
Resultados
No experimento mental, um cientista analisa calmamente o fóton e determina seu alinhamento.
Outro cientista, inconsciente da primeira medição, é capaz de confirmar que o fóton – e, portanto, a medida do primeiro cientista – ainda existe em uma superposição quântica de todos os resultados possíveis.
Como resultado, cada cientista experimenta uma realidade diferente. Ambas são tecnicamente verdadeiras, mesmo que discordem uma da outra.
Trazer essa ideia do pensamento para a realidade envolveu uma configuração experimental com lasers e uma série de seis fótons medidos por vários equipamentos que representavam os dois cientistas.
Impressionante
Embora tenham ocorrido tentativas anteriores, esta é a primeira vez que alguém conseguiu corroborar o experimento no mundo real.
Em outras palavras, menos quando se trata do campo da física quântica, pode não existir tal coisa quanto uma realidade objetiva.
A pesquisa ainda não foi publicada em um periódico acadêmico, mas está disponível para leitura no servidor arXiv. [ScienceAlert]
2 comentários
A experiência com fotos é interessante. Lembra a teoria do “gato de schrödinger”.
* fótons