Novo tratamento para câncer de olho pode salvar a visão dos pacientes

Por , em 1.09.2010

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo. Existem constantes pesquisas na área para melhorar as maneiras de tratar e diagnosticar a doença, e consequentemente melhorar as taxas de sobrevida dos pacientes.

Uma das conquistas nesse campo de estudo é recente: um investigador da Universidade do Colorado, nos EUA, descobriu uma nova maneira de tratar uma das formas mais letais de câncer de olho, chamado melanoma de coróide. Ele é a mais comum e perigosa forma de câncer de olho e atinge cerca de 2.000 pessoas a cada ano. A doença também pode se reproduzir por metástese nos pulmões e fígado, onde muitas vezes é fatal.

O câncer pode atingir qualquer pessoa e deixa metade dos pacientes que se tratam da doença parcialmente cegos no olho canceroso dentro de três anos. O processo é chamado de braquiterapia de placa e uma tampa de ouro fica no olho do paciente por uma semana. O tratamento usa radioatividade.

O pesquisador constatou que a aplicação de um óleo de silicone dentro do olho pode bloquear até 55% das radiações prejudiciais associadas a esse tratamento para matar o tumor. Não é necessário bloquear toda a radiação para proteger o olho, porque suas estruturas vitais podem tolerar doses baixas de radiação. Mas sem a proteção, a radiação prejudica os vasos sanguíneos e os nervos na parte de trás do olho, e é isso que causa a cegueira em alguns anos.

O procedimento de óleo de silicone foi feito em animais no laboratório e, até agora, não houve efeitos secundários. O processo também tem sido testado em olhos de cadáveres.

O próximo passo é realizar um ensaio clínico. Segundo o investigador, este é um desenvolvimento significativo na forma como se trata essa doença. No passado, só se poderia salvar o olho canceroso com a radiação, mas apenas metade da visão. Com este tratamento, os médicos poderão ser capazes de salvar toda a visão dos pacientes afetados. [DailyTech]

1 comentário

  • Jorge Alberto Silva:

    Interessante esta reportagem, promete alguma esperança para quem tem este mal; contudo, também, gostaria de solicitar e/ou sugerir, que fossem divulgados estudos referentes a outra doença degenerativa muito grave; GLAUCOMA. Obrigado.

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