O Que o Jejum Intermitente Pode Estar Fazendo com Seu Cérebro

Por , em 15.03.2024

O jejum intermitente, que ganhou popularidade como método para controle de peso e promessa de benefícios como a melhora da saúde geral, redefinição do metabolismo e até retardamento do envelhecimento, pode ter um impacto interessante no cérebro. Vamos entender um pouco melhor sobre isso e sobre o próprio jejum intermitente.

O que exatamente é o jejum intermitente? Basicamente, é quando você alterna períodos curtos (de 12 a 48 horas, geralmente entre 12 a 16 horas diárias) de comer menos ou quase nada com períodos normais de alimentação. Diferente da inanição, que é ficar sem comida por mais de 24 horas e pode ser prejudicial, o jejum intermitente é uma repetição desses ciclos de comer menos, e não um evento único.

Agora, como isso afeta o cérebro? Vamos falar de quatro aspectos principais:

  1. Cetose: É quando o corpo, após umas 12-16 horas de jejum, começa a queimar gordura em vez de carboidratos, gerando cetonas que servem de combustível para o cérebro. Este processo pode provocar sensações como fome, cansaço e até dores de cabeça. Mas olha que interessante: para cérebros mais velhos, que já não processam tão bem o açúcar, as cetonas podem ser uma boa fonte de energia, ajudando até a prevenir problemas como a doença de Alzheimer.
  2. Sincronização Circadiana: Comer nos horários que nosso corpo está mais ativo (tipo dentro de uma janela de 6 a 10 horas durante o dia) parece fazer bem pra saúde do cérebro. Um estudo de 2021 até mostrou que pessoas que comiam assim tinham menos chances de ter problemas cognitivos.
  3. Mitocôndrias: São como as usinas de energia das células e são super importantes para o cérebro. Estudos indicam que o jejum intermitente pode melhorar a função das mitocôndrias, o que é ótimo para a saúde cerebral.
  4. Eixo Intestino-Cérebro: Sabe aquela sensação de borboletas no estômago quando estamos nervosos? Pois é, cérebro e intestino estão conectados. O jejum intermitente mostrou em ratos que pode melhorar a saúde do cérebro, aumentando a sobrevivência e formação de neurônios.

Apesar desses pontos interessantes, é importante dizer que as pesquisas em humanos ainda são poucas e os resultados, mistos. Além disso, jejuar demais ou restringir calorias drasticamente pode trazer riscos, principalmente para idosos.

Então, se você está pensando em tentar o jejum intermitente, conversar com um profissional de saúde, como um nutricionista, é a melhor ideia. Eles podem te ajudar a fazer isso de maneira segura e adaptada às suas necessidades. [The Conversation]

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