Os maiores mistérios das luas do gigante Júpiter

Por , em 27.07.2011

O maior planeta do sistema solar, Júpiter, também possui a maior quantidade de luas: incríveis 64 satélites atualmente catalogados.

A maioria das luas são pedras pequenas e irregulares: aparentemente, asteroides capturados pela gravidade de Júpiter, que se espalham sobre o planeta gigante como abelhas em torno de uma colmeia.

Entretanto, quatro das luas de Júpiter são na verdade bastante substanciais – tanto que podem ser vistas através de um telescópio rudimentar. A prova disso é que o primeiro observador das luas foi o inventor do telescópio em si, o astrônomo italiano Galileu Galilei, o que as deixou conhecidas como as “luas de Galileu” em 1610: Io, Europa, Ganímedes e Calisto.

Juntas, essas quatro luas compreendem mais de 99,9% da massa dos satélites de Júpiter. Cada uma tem um caráter distintivo, e todas são enigmas científicos. Conheça alguns dos mistérios das principais luas de Júpiter:

Io, a lua hiperativa

Io é a mais próxima das luas galileanas de Júpiter. Esta proximidade ajuda a explicar a aparência infernal, enxofre-amarelada, vermelho-manchada e cheia de “elevações” da lua.

As elevações são, na verdade, vulcões. Io possui mais ou menos 400 vulcões ativos, bem como montanhas formadas por movimentos tectônicos. No geral, a lua é o objeto mais geologicamente ativo do nosso sistema solar.

A energia que impulsiona toda essa atividade vem em grande parte de um “cabo de guerra” gravitacional entre Júpiter e as outras três luas de Galileu (Io fica no meio da batalha). O constante alongamento e compressão que a lua sofre aquecem o seu interior, levando-a a escorrer lava, enxofre e cinzas para o espaço.

Porém, os cientistas acreditam que essa batalha entre o planeta e as luas não é tudo. Nós não sabemos o suficiente sobre Io e ainda não podemos avaliar adequadamente todo seu mecanismo. A lua é tão interessante que muitos astrônomos gostariam de considerar uma missão inteiramente dedicada a ela.

Europa, uma boa aposta para vida extraterrestre

No entanto, a lua de Júpiter que definitivamente está na lista para um dia conseguir sua própria missão é a Europa. Este objeto gelado e branco com listras marrons em sua superfície se destaca como um dos melhores candidatos para hospedar vida extraterrestre em nosso sistema solar.

Sob uma crosta de gelo de 3 a talvez 32 quilômetros de espessura, Europa provavelmente abriga um oceano de água salgada. Segundo modelos de astronomia, este oceano poderia ter o dobro do volume de todos os da Terra.

A questão é: esse oceano poderia permitir o desenvolvimento de vida de alguma forma? A ideia não é tão absurda. A flexão da maré de Júpiter poderia manter o interior da Europa quente. Esta energia poderia, por sua vez, suportar vida microbiana, análoga à encontrada em torno de fontes hidrotermais nos oceanos da Terra. Raios cósmicos do espaço que atingem o gelo da crosta da lua poderiam até liberar oxigênio para criar maiores formas de vida, como peixes.

Ganímedes, grande e estranhamente magnética

A maior lua de Júpiter, Ganímedes, é a maior lua do sistema solar. Na verdade, é até maior do que o planeta Mercúrio.

Outra distinção da lua é que ela é a única com a sua própria magnetosfera, que é uma região ao redor do objeto onde partículas carregadas do sol são desviadas por um campo magnético.

Os cientistas não sabem como essa magnetosfera foi criada. Eles acreditam que o fato é muito fascinante, pois não existe conhecimento de outro pequeno corpo que possua tal campo.

Pesquisadores sugerem que tal magnetosfera provavelmente foi feita de forma muito parecida com a da Terra, devido à convecção no núcleo de ferro líquido da lua. Saber como ela foi gerada ajudaria a compreender melhor o nosso próprio campo magnético.

Para finalizar, Ganímedes também pode ter um oceano escondido sob a sua crosta cinza, rochosa e gelada.

Machucada Calisto

A lua com órbita mais distante de Júpiter é Calisto. Ao contrário de Io e Europa (e mesmo Ganímedes até certo ponto), nas quais a atividade geológica “apagou” muitas crateras, Calisto carrega cicatrizes de impactos com meteoritos. A lua geologicamente morta é considerada o objeto com mais crateras no sistema solar.

A paisagem de Calisto é, portanto, uma das mais antigas do universo, com idade de cerca de quatro bilhões de anos. A análise de materiais de sua superfície seria como voltar no tempo, para o início do sistema solar.

Sendo assim, Calisto pode ser cheia de surpresas também: um oceano subterrâneo poderia existir na lua, mais uma possível morada para vida alienígena na vizinhança de Júpiter.

Restos de uma lua destruída

Desde a sua descoberta em 2000, uma pequena lua de apenas quatro quilômetros de diâmetro, designada S/2000 J 11, tem desaparecido.

Os astrônomos pensam que a pequena lua bateu em Himalia, a quinta maior lua de Júpiter depois das quatro galileanas.

O possível impacto parece ter criado uma faixa de material, observada em 2006, que pode até virado um novo anel em torno de Júpiter. Os tênues anéis do planeta, naturalmente, não recebem a mesma atenção dos badalados anéis de Saturno, mas, como Saturno, as luas desempenham um papel fundamental no fornecimento das partículas que compõem os discos gigantes de Júpiter.[Life’sLittleMysteries]

30 comentários

  • lucienio:

    Eu acredito que pssa ter vida fora da terra, principalmente em uma das luas de Saturno, pois seus aneis são compostos de gelo. E essas luas também possuem um ciclo vulcanico que
    se manifestam de acordo com sua orbíta em torno do planeta.
    Suponho que esse tipo de vida seja bactérias capazes de mutar ou imbernar a cada ciclo. Suponho também que essas mudanças de trajetórias de suas orbitas ( elipcas, Tempos mais proximas, tempos mais longe do planeta) prejudique uma evolução continua da espécie alí existente.

  • PredadorXD:

    Esse chato do Glauco voltou a encher o saco!

    • Marcos Ribeiro:

      Exato! O Glauco é aquele tipo de cara que quer se achar o maioral, que é mais esperto que todo mundo, daí vem com ideias estapafúrdias que nenhum cientista do mundo adota, com ideias sobre ocultismo, poder quântico da mente, as maravilhas da cannabis sativa, só pra ser o diferente, ele tem a solução dos problemas que ninguém mais tem.

    • Glauco:

      Em minha defesa: eu nunca falei de poder quântico da mente =P

      Quanto ao resto, sinto muito se sou aberto a vários assuntos que os outros evitam como o diabo que foge da cruz…

  • Marcos Ribeiro:

    Sorry, o comentário abaixo era para o Glauco.

  • Marcos Ribeiro:

    Exato, Albert Enstein, Max Planck, Bohr, Von Neumam, Edwin Hubble, são todos imbecis que não entendiam de nada. Inteligente é o McCanney, o Toninho do Diabo e vc…

    • Glauco:

      O problema é o Phil Plait, o Stephen Hawking e Carl Sagan. Esses aí que você comentou são campeões.

    • Marcos Ribeiro:

      Ah tá, os que eu citei são campeões…Então vc tem algum problema, porque teu Guru McCanney contradiz todos eles…

    • Glauco:

      o McCanney só contradiz o Carl Sagan, o Stephen Hawking e o Phil Plait, além de todos os outros cientistas da atualidade.

      Quanto ao Einstein, Plack, Neuman, Hubble, todos esses iriam gostar de estar vivos para trocar idéia com o McCanney.

    • Sidney:

      e vc é o que? Sr. Marcos Ribeiro!

  • Alex:

    O Glauco disse que ta tudo errado, as luas estavam passeando pelo sistema solar um dia desses e foram tudo capturadas por Júpiter e um bombardeamento aconteceu numa delas ai.

    Pode reformular a matéria pois quem disse isso tudo foi o Prof. McCanney e esses outros pesquisadores ai não sabem nada!

    • Glauco:

      Se quiserem confirmar a cientificidade do trabalho do Prof. James McCanney, busquem em adsabs.harvard.edu por “McCanney, J. M.” sem aspas.

  • JAENIO:

    Falando nele o grande Júpiter acabei de observa-lo hoje as 4horas da manhã com as suas principais luas citadas acima. Hoje as 4hs da manhã as luas se encontravam na seguinte posição: 3luas de um lado, e 2luas do outro e o majestoso Júpiter no centro com suas 2 manchas marrons no meio do planeta. Em quase toda observação que faço a lua IO sempre esta visível e sempre é conhecida graças a sua cor meio avermelhada. Hoje consegui ver até a lua THEBE to todo bobo.

  • EltonPaes:

    Fascinado!
    MassEfect3 chega logo!!

  • Alex:

    Só uma pequena correção: Galileu não inventou o telescópio, ele apenas foi o primeiro a usá-lo de forma astronômica, ao observar o Céu. Quem inventou o telescópio foi Hans Lippershey.

  • Glauco:

    Essas luas são misteriosas para quem não acompanha o programa do Prof. McCanney =P

    Problema do modelo atual para Io:
    O modelo atual aceito pela astronomia diz que todo o Sistema Solar foi formado ao mesmo tempo 4.5bi de anos atrás. Por isso eles precisam recorrer a um “cabo de guerra” para explicar a presença e manutenção de tantas centenas de vulcões em sua superfície. Afinal, depois de tanto tempo essa lua já deveria ter se esfriado mesmo com a ajuda gravitacional dos puxões jupiterianos.

    Solução:
    A lua Io é um corpo relativamente novo no Sistema Solar e foi capturado pela força gravitacional de Júpiter quando ainda era um cometa gigantesco, assim como todas as outras luas e planetas do Sistema Solar. É quente e ativo por seu passado cometário recente.

    Problema do modelo atual para Europa:
    Assim como Io, o modelo atual espera que vai-e-vem gravitacional poderia aquecer o interior líquido desse planeta para abrigar algum tipo de vida. Mas, se não acontece com Io, com certeza não acontece com Ganimedes.

    Solução:
    Sua natureza gelada é indicação de que essa lua foi capturada a muito tempo atrás por Júpiter e se esfriou por sua distância do Sol.

    Problema do modelo atual para Ganimedes:
    Explicar a presença da magnetosfera é complicado pois o planeta é pequeno demais e a presença de ferro ou níquel em seu interior não é comprovada.

    Solução:
    Essa lua também é uma aquisição nova de Júpiter, e sua atividade eletromagnética é explicável pelo seu passado cometário recente: os cometas são entidades elétricas e seu campo eletromagnético pode atravessar de um canto a outro do Sistema Solar. Mesmo o campo magnético da Terra quase não tem a ver com seu núcleo metálico, mas sim com as interações elétricas da ionosfera com o vento solar, muito carregado eletricamente. Esse campo magnético irá desaparecer aos poucos.

    Problema do modelo atual para Calisto:
    A sua superfície sem surpresas geológicas apresenta marcas de cratera desde sua provável formação a 4.5bi de anos. Entretanto, como podemos ver em nossa Lua, em Marte e na Terra, não é necessário muito para apagar os sinais da queda desses corpos.

    Solução:
    Essa lua foi terrivelmente atacada por uma grande miríade de meteoros gigantescos a pouco tempo atrás, por isso os sinais parecem ser antigos e renovados, mas na verdade são novíssimos.

    Mais informações em jmccsci.com

    • Glauco:

      Comentário meu revelando esses mistérios à partir da ciência do Prof. McCanney chegando…

    • Marcos Ribeiro:

      Este Prof. McCanney faz parte de sua seita ocultista satânica para ter estas “brilhantes” ideias? Este MacCanney não tem UM, eu disse UM artigo científico publicado, nem em revista de fofoca, e ninguém fala dele no planeta, a não ser o próprio site dele…

    • Glauco:

      Vc já procurou pelos seus trabalhos no repositório da Universidade de Cornell, Itaca?? Eu msm já baixei 3 publicações dele lá.

      Vejam só essas pessoas… não pesquisam, não fazem o trabalho de casa, e querem vir aki dar pitaco…

    • Marcos Ribeiro:

      Sim, vc não pesquisa. Indique UMA revista científica que tenha publicado um trabalho deste MacCanney, com delírios sobre “capacitor solar” movido a energia mística esotérica, e com devaneios sobre cometas do tamanho de planetas e estrelas com núcleo de rochas…

    • Glauco:

      Só uma revistinha? Ah, isso é mto pouco. Melhor, vou passar o repositório de astrofísica da NASA prá vc se divertir:
      Vá em adsabs.harvard.edu e procure por “McCanney, J. M.” sem aspas. As publicações que você vai encontrar são as seguintes: “Saturn’s sweeper moons predicted (1981)”, “Non-Uniform Plasma Discharges in Near Earth Space Environment and Ionosphere to Troposphere Response (2009)”, “Sources of EMF in Near Earth and Planetary Environments (2007 e 2008)”, “X-ray Production in Discharges of Non-Uniform Plasmas (2005)” e “Continuing galactic formation – A new concept of galactic evolution (1981)”.

      Já basta ou vc qr apanhar mais um pouquinho :D? Marreco!

    • Glauco:

      Vá em adsabs.harvard.edu e procure por McCanney, J. M.

    • Marcos Ribeiro:

      Não colega, eu disse uma revista científica, como a Nature, com revisão por pares (peer review), onde o trabalho científico é submetido ao escrutínio de um ou mais especialistas da área. Publicar algo em um repositório num site qualquer um faz, até receita de bolo o repositório aceita.

    • Glauco:

      Marcos, não viaja! Vê-se que você não entende nada do processo de publicação científica.

      Prá vc publicar um trabalho nos EUA, vc precisa submetê-lo ao peer-review. Se passou pelo peer-review, o trabalho é considerado científico e então publicado. De outra forma, as Universidades simplesmente não publicam o trabalho.

      Esses do McCanney foram publicados pela Cornell – Universidade de onde saem os astrônomos da nasa -, e agora fazem parte do repositório de trabalhos científicos pela Nasa e mantidos publicamente por Harvard. Não existe maior reconhecimento científico que esse.

      As revistas como a Nature nada mais são do que veículos de divulgação de trabalhos diversos, sejam ele científicos e publicados ou não. Se vc qr uma revista desse tipo que já tenha publicado seu trabalho, então procure pela Kosmos.

    • Glauco:

      “(…)Publicar algo em um repositório num site qualquer um faz, até receita de bolo o repositório aceita.(…)”

      Vai falar isso pro professor que analizou meu tcc prá publicação.

      Nossa, vc não entende nada do assunto bixo.

    • Marcos Ribeiro:

      Vc entende? Não confunda Tcc, que pelo menos tem um orientador e uma banca examinadora, com um artigo científico, que é feito por um autor(a) e é publicado, sem necessidade de peer review. Estes repositórios não fazem peer review, apenas publicações de renome o fazem. Nem a Scientific American faz peer review. O engraçado é que não existe UM, eu disse UM cientista no mundo que fez peer reviw deste McCanney, ou mesmo algum cientista que concorde com ele ou pelos menos respeite as premissas de suas declarações.
      Mas não vou discutir com pessoas que acreditam em ocultismo, gnomos e sabe-se lá o que mais…

    • Glauco:

      Vc tá seguindo o caminho contrário. Esses trabalhos precisam de peer-review para serem publicados. As revistas não fazem peer-review, elas não possuem força científica nenhuma. Servem apenas para divulgação. Não é qualquer um que consegue ter seu trabalho publicado e mantido pelo departamento de astrofísica da nasa.

    • Glauco:

      Eu é quem não devia discutir com alguém que acredita em Carl Sagan, Stephen Hawking ou Phil Plait!

    • Marcos Ribeiro:

      Exato, Albert Enstein, Max Planck, Bohr, Von Neumam, Edwin Hubble, são todos imbecis que não entendiam de nada. Inteligente é o McCanney, o Toninho do Diabo e vc…

    • Diêgo Medeiros:

      Cara, esse cientista está matando ate leis ponderais da fisica classica…….como é que um corpo metalico em rotação n gera um campo magnetico/eletrico?

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