Paciente “morta” acorda logo antes de cirurgia de remoção dos órgãos para doação

Por , em 11.07.2013

Em outubro de 2009, o Hospital de St Joseph, em Syracuse, EUA, atestou o falecimento de uma mulher e, com a permissão da família, uma equipe de médicos se preparava para a cirurgia de retirada de seus órgãos para a doação. Foi aí que, na mesa de operação, cercada de médicos e funcionários do hospital, a mulher abriu os olhos. Ela estava viva.

Colleen Burns havia tido uma overdose causada pela mistura de remédios Xanax, Benadryl e relaxantes musculares vários dias antes. A combinação de drogas fez com que Colleen entrasse em coma profundo, que foi interpretado pelos médicos do hospital como morte cerebral. A equipe do local notificou a família Burns e começou a se preparar para a remoção de seus órgãos, de acordo com documento obtido por jornais locais.

No entanto, houve alguns avisos de que Colleen não estava realmente morta antes de ela despertar na mesa de cirurgia: um dia antes da data prevista para a operação, uma enfermeira realizou um teste de reflexo no pé da paciente. Os dedos de Colleen se fecharam, como já relatamos antes em outro caso similar. Ela também parecia estar respirando por conta própria, sem a ajuda de aparelhos.

“Os mortos não mexem seus dedos”, disse Charles Wetli, patologista forense de fama nacional dos Estados Unidos. “E eles não lutam contra o respirador e querem respirar por conta própria”.

A enfermeira teria avisado os médicos, mas foi ignorada. O departamento de saúde do estado encontrou vários outros descuidos da equipe do hospital, incluindo a falta de exames cerebrais adequados, além de, claro, o pequeno problema de os médicos terem ignorado o relato da enfermeira de que Colleen não estava realmente morta.

Quando a paciente acordou na sala de cirurgia, os médicos perceberam que ela não tinha sofrido “morte cerebral”, como inicialmente determinado.

“A equipe inteira ficou chocada”, contou a mãe de Colleen Burns, Lucille Kuss. “Foi uma grande surpresa para eles também”. Lucille ainda disse que os médicos não lhe deram nenhuma explicação de como um erro tão grande e primário pôde acontecer.

O hospital acabou sendo multado em 6 mil dólares (cerca de R$ 12 mil) pelo incidente e criticado por instituições médicas de todo o país por não levantar nenhum tipo de inquérito interno até depois que o Estado iniciou uma investigação oficial. O hospital também recebeu ordens para contratar um neurologista a fim de treinar seus funcionários para que a equipe inteira saiba como diagnosticar com precisão um caso de morte cerebral.

Infelizmente, Colleen Burns cometeu suicídio um ano e 4 meses após o incidente. “Ela estava tão deprimida que isso realmente não fez nenhuma diferença”, disse sua mãe. [Gawker]

17 comentários

  • Raquel Hernández:

    ISSO OCORREU NO ANO DE 2008 PODEM PESQUISAR FOI A MAIOR DOAÇÃO DE ORGÃOS JA REISTRADA EN PELOTAS

  • Raquel Hernández:

    EU MESMA FUI ATE A UTI TOQUEI O PESINHO E ELE ENCOLHIA APERNACOMO SE SENTISSE COSSEGAS. OS MEDICOA FALARAÕ QSERIA MOVIMENTOS INVOLUNTARIOS

  • Raquel Hernández:

    ISSOTUDOOCORREUNOHOSPITALSANTA CASA DE MISERICORDIA DE PELOTAS EU SOU TIA VI UN DESCASO ENORME ENQUERER SALVAR AVIDADOMENINOQUANDOAPOSFALAR

  • Raquel Hernández:

    SOU DE PELOTAS RS NEU SOBRINHO BRYAN DE TRES ANOS LEVOU UM CHOQUE ELETRICO APOS TRES DIAS FOI DE CLARADO COM MORTE CEREBRAL MAS MEXIA OS PES

  • Aline Gonçalves:

    Essa história tá muito mal contada. A retirada dos órgãos não deveria acontecer depois do velório?

    • Cesar Grossmann:

      Não. A retirada dos órgãos é feita com o corpo ainda vivo, depois de confirmada a morte cerebral. O velório termina quando o corpo vai ser enterrado e, neste caso, quase nada serve para doação, provavelmente nada, até o processo de putrefação já iniciou em alguns órgãos.

      O processo ocorre da seguinte forma: é confirmada a morte cerebral, e o paciente permanece conectado aos aparelhos que mantém os pulmões funcionando (e o coração batendo). Então é feita a cirurgia de retirada dos órgãos e, depois dela (ou durante, dependendo dos órgãos que serão retirados), os aparelhos são desligados.

  • Markos RA Oliveira:

    Nossa… Se isso acontece num país d primeiro mundo, imaginem o q não se passa no SUS

  • MarceloPC:

    Será que Michael Jackson está se revirando então? … Credo!

  • jic:

    o que me preocupa é a pressa em conseguir os órgãos

    será que tem alguém na fila em especial com alguma necessidade específica compatível?

  • Jess James:

    Concordo com Cesar Grossmann é fatal mesmo.

  • Antonio Costa:

    Existem relatos de que na antiguidade muitos mortos eram enterrados nas suas catacumbas com uma cordinha que era ligada a sineta na parte externa, para o caso de “äcordarem”. Hoje com tantos exames é inconcebível que ocorram tais falhas de diagnostic. O ano passado uma garotinha acordou na geladeira do hospital, em Buenos Aires, e já estava ensacada.

    • Kelcey:

      Sim, é de onde vem a célebre frase ‘salvo pelo gongo’, mas a idéia foi deixada de lado, pois quando haviam ventos fortes, todos os sinos começavam a tocar, e era uma correria pra desenterrar a galera! rsrs

    • Alex Domingues da Silva:

      Isso é fato, e da ai que vem a expressão “Salvo pelo gongo” que é a tradução de “Saved by the bell” que na tradução literal seria “salvo pelo sino”

  • Evandro Oliveira:

    talvez tivesse sido melhor ter doado os órgãos

    • Victoria Gorestein:

      Só que as “sinetas” foram deixadas de lado porque a cada vento que batia ou animal como caes e gatos que esbarravam nelas, faziam-nas tilintar e era uma correria só para desenterrar todos que estavam no cemiterio pra ver quem estava vivo e tocou a tal sineta.

  • Cesar Grossmann:

    A depressão é uma doença fatal.

  • luysylva:

    que susto !

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