Pessoas legais, e suas equipes, são mais eficientes

Por , em 18.03.2009

Um novo estudo mostra que uma pessoa “bacana” pode influenciar seu grupo (seja uma equipe esportiva ou grupo de trabalho), fazendo-o atingir seus objetivos mais facilmente, usando de cooperação. Quando o comportamento de alguém é aceito, em um meio coletivo, esse comportamento tende a se repetir nos outros integrantes do grupo.

O estudo é de autoria de um professor da Universidade de Toronto, e para ele, essas pessoas com a capacidade de influenciar as outras são chamadas de “contribuintes constantes”, ou seja, pessoas que contribuem para o “bem maior” o tempo todo, independente da situação.

As últimas descobertas desafiam as declarações de outros teóricos do comportamento, de que as pessoas dificilmente cooperam quando já sabem o fim da situação atual (por exemplo, quando sabem que o time amador de basquete de que participam irá perder) e de que agem de maneira egoísta quando têm a chance.

“Era aceito de que a estratégia de ‘sempre cooperar’ não dava certo, e era para indivíduos fracos. Em alguns círculos teóricos, os ‘contribuintes constantes’ eram considerados mais do que dispensáveis – eles não deveriam existir, já que eram, naturalmente, perdedores” declara o co-autor da pesquisa, Mark Weber.

No entanto, segundo Weber, nos últimos estudos, contribuintes constantes foram encontrados até mesmo nos lugares em que eram menos esperados. “O comportamento claro e cooperativo dessas pessoas motivava as outras, que estavam ao seu redor. E, quando algumas pessoas começam a cooperar as atividades não são tão difíceis, elas fluem. Os grupos se tornam mais produtivos, mais economicamente eficientes e, sendo assim, as pessoas gostam de fazer parte dele” explica.

A pesquisa reviu dados coletados, em estudos anteriores, e os juntaram com dois novos experimentos exclusivos. Os voluntários, nos testes, escolhiam entre dar um benefício para todos da equipe ou mantê-lo para si mesmos. A conclusão foi que, as pessoas que dividiam seu benefício também recebiam o mesmo em troca, ao contrário de outras, que preferiam mantê-lo. Ou seja, a atitude arriscada de dividir o prêmio entre todos da equipe, no final, se mostrava mais acertada e recompensava a todos daquele grupo.
“Nossas descobertas mostram que as pessoas, realmente, têm grande influência no grupo em que estão inseridas” conclui Weber. [Science Daily]

Deixe seu comentário!