Pessoas que gostam de onde moram são mais saudáveis

Por , em 6.11.2012

Segundo uma pesquisa do Instituto Gallup, pessoas que se sentem satisfeitas com o lugar em que moram são fisicamente mais saudáveis do que os insatisfeitos ou que sentem que a sua cidade está se tornando um lugar pior para viver.

Qual a relação entre essas duas coisas? A localização pode determinar oportunidades para se exercitar, por exemplo, bem como o que as pessoas comem. A pesquisa não pode estabelecer uma relação causal entre uma comunidade e a saúde individual, mas sugere que uma influencia a outra.

Exercício, segurança, alimentação

A organização analisou uma amostra aleatória de 353.492 norte-americanos adultos (18 anos ou mais) de todos os estados dos
EUA. Eles foram entrevistados por telefone. As amostras foram ponderadas por idade, gênero, raça, etnia, educação e outros fatores. A margem de erro é de mais ou menos 1 ponto percentual.

As pessoas pontuaram em um índice de saúde física que mede os dias de licença médica, doenças, problemas de saúde, obesidade, cansaço e outros fatores de saúde dos entrevistados.

As pessoas que disseram que sua comunidade possui lugares seguros para se exercitar eram 16 pontos mais saudáveis nesse índice de saúde física do que pessoas que disseram que não têm um lugar seguro para fazer atividade física.

Pessoas que se sentiam seguras em andar sozinhas à noite marcaram 9 pontos a mais na escala de saúde em comparação com aquelas que não se sentiam.

No geral, as pessoas que disseram que estavam satisfeitas com a sua comunidade marcaram uma média de 78 no índice de saúde física, em comparação com uma média de 69,1 para as pessoas que não estavam satisfeitas.

Isso significa que as pessoas que gostam de suas cidades são menos propensas a relatar dor física, obesidade, dores de cabeça ou um diagnóstico de asma ou colesterol alto.

“Estes resultados fornecem suporte para o modelo ecológico de saúde, o que sugere que condições de vida, a segurança da comunidade, o desenvolvimento comunitário e o engajamento cívico, entre outros fatores, afetam a saúde dos membros da comunidade”, afirmaram os pesquisadores do Gallup.

Pessoas que relataram que suas comunidades estão se tornando um lugar melhor mostraram as mesmas vantagens sobre pessoas que sentiam que suas cidades estavam piorando. Sentir-se otimista sobre o futuro de sua comunidade diminuía as chances de nunca ter sido diagnosticado com pressão arterial elevada, diabetes ou colesterol alto.

Por exemplo, 22% das pessoas que relataram estar satisfeitas com a sua cidade tinham experimentado dor física nas últimas 24 horas, em comparação com 34% dos moradores insatisfeitos. Ao mesmo tempo, 20% das pessoas que disseram que sua cidade estava ficando melhor relataram dor, em comparação com 32% das pessoas que disseram que a cidade estava ficando pior.

Veja resultados completos do estudo aqui (em inglês).[MSN, LiveScience]

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