Remédio contra violência extrema pode estar a caminho

Por , em 9.07.2012

Um novo estudo da Universidade do Sudeste da Califórnia (EUA) em parceria com pesquisadores italianos descobriu uma maneira de controlar um fator neurológico crítico que afeta a agressão nas pessoas: baixos níveis de uma enzima conhecida como monoamina oxidase A (MAO-A).

Os resultados indicam um avanço significativo no desenvolvimento de drogas que diminuam a agressão patológica, um componente muito comum em distúrbios psicológicos, incluindo mal de Alzheimer, autismo, transtorno bipolar e esquizofrenia.

“De um ponto de vista clínico e social, a agressão reativa é um grande problema”, disse Marco Bortolato, principal autor do estudo. “Queremos encontrar as ferramentas que possam reduzir a violência impulsiva”.

Ratos violentos

Os pesquisadores identificaram uma predisposição genética específica à agressão patológica: baixos níveis da enzima MAO-A.
Homens e camundongos machos com essa deficiência congênita da enzima respondem violentamente a situações estressantes.

Outros estudos também já sugeriram que há uma correlação entre a genética e a tendência de um indivíduo a apresentar comportamento agressivo ou até criminoso. No caso, esse gene seria o que codifica a enzima MAO-A.

“O mesmo tipo de mutação que estudamos em ratos está associada com o comportamento criminal e muito violento em seres humanos”, disse Bortolato.

Essa enzima degrada substâncias neurotransmissoras como a serotonina, noradrenalina e dopamina após um episódio estressante, impedindo que esses neurotransmissores continuem agindo no sistema nervoso depois de resolvida a situação geradora do estresse.

Sendo assim, os cientistas resolveram testar se poderiam reduzir a violência em ratos agindo sobre essa enzima.

Como o gene não determina, sozinho, que uma pessoa será violenta, os pesquisadores replicaram elementos da agressão patológica humana em camundongos: além dos baixos níveis da enzima, eles cruzaram a genética com eventos estressantes no início da vida, como trauma e negligência durante a infância.

“Nos seres humanos, a cominação de baixos níveis de MAO-A e maus-tratos parece ser mortal: sempre resulta em violência nos adultos”, disse Bortolato.

Em camundongos excessivamente agressivos com baixos níveis de MAO-A, é preciso muito estímulo elétrico para ativar um receptor cerebral específico no córtex pré-frontal. Mesmo quando este receptor cerebral funciona, ele permanece ativo apenas por um curto período de tempo.

“O fato de que bloquear este receptor modera a agressão mostra que a descoberta tem muito potencial. Ela pode ter importantes aplicações na terapia”, disse Bortolato.

O próximo passo é estudar os potenciais efeitos colaterais de drogas que reduzem a atividade deste receptor.
“Comportamentos agressivos têm um impacto socioeconômico profundo, e as atuais estratégias para reduzir esses comportamentos são extremamente insatisfatórias”, disse Bortolato. “Nosso desafio agora é entender que ferramentas farmacológicas e esquemas terapêuticos devem ser administrados para estabilizar os déficits deste receptor”.

Talvez seja possível combinar futuros remédios e terapias com outras técnicas. Recentemente, um estudo mostrou que contar até 10 não ajuda a acalmar as pessoas em um momento de raiva. Já uma técnica chamada de “autodistanciamento” parece funcionar muito bem para reduzir pensamentos e comportamentos agressivos, mesmo logo após uma provocação.[MedicalXpress, NeuroNews]

1 comentário

  • crys:

    Pô,esiste uma formula muito boa,para quêm passa por esse transtorno,popularmente conhecido como chá de borracha,aplica-se 1 ou quantas veses julgar nessesario,lembrando que deva se admnistrar com moderaçao ou a criterio de quem lhe administre,maiores esclarecimento ligue gratis 190,plantão 24 h;….brincadeira viu galera…

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