Roupas influenciam nossa percepção de raça

Por , em 29.09.2011

Segundo um novo estudo, o que você veste pode influenciar como os outros percebem a sua raça.

Os cientistas vestiram as pessoas em ambos trajes de negócios (mais formais) ou macacões de trabalho mais informais e pediram a espectadores que categorizassem os rostos como brancos ou pretos.

Os rostos eram mais propensos a serem vistos como brancos quando vestidos de maneira formal, e pretos quando nos macacões.

Os pesquisadores pediram a cerca de 20 voluntários para atribuir os rostos dos homens e das mulheres, que variavam em tom de pele e roupa, em uma de duas categorias raciais – branco ou preto.

A equipe descobriu que, entre os participantes mais racialmente ambíguos, os rostos tinham 4% mais probabilidade de serem vistos como pretos se a pessoa estivesse usando um macacão em vez de um terno.

Em outras palavras, as faces mais ambíguas foram classificadas como pretas cerca de 61% do tempo quando vestindo um terno, e 65% do tempo quando vestindo macacões.

Os cientistas acreditam que se as pessoas estiverem cientes das estratégias que usam para avaliar outras pessoas, os efeitos desses julgamentos subconscientes poderiam diminuir.

“Este é um trabalho muito interessante para testar hipóteses sobre como categorizar as pessoas”, disse a psicóloga Lisa DeBruine.

Ao rastrear os movimentos das mãos dos voluntários conforme eles pegavam o mouse para fazer a sua decisão, os pesquisadores foram capazes de perceber hesitações momentâneas que lhes deram pistas sobre como essas decisões foram tomadas.

A equipe descobriu que, mesmo se um voluntário decidiu que uma pessoa vestindo um terno de negócio era negro, a trajetória do mouse tendeu a desviar um pouco para a opção “branco” mais frequentemente do que quando o cara negro estava vestindo macacões.

“Os resultados implicam que o nosso conhecimento cultural e o que esperamos ver estereotipicamente podem literalmente mudar o que vemos em outras pessoas”, disse o estudante Jon Freeman, que liderou o estudo.

Ele explicou que as decisões sobre raça, gênero ou idade mudam a maneira como nos sentimos sobre as pessoas e afetam a maneira como elas interagem e se comportam em relação umas as outras.

No futuro, os pesquisadores querem ver se a influência do vestuário sobre a percepção de raça desaparece quando as pessoas estão conscientes de que a bagagem cultural que elas trazem pode realmente alterar a forma como a raça é percebida.

Se este for o caso, estudos como este podem ajudar a aliviar os efeitos dos estereótipos.[BBC]

30 comentários

  • Bruna:

    Bem, como o amigo Pedro Paulo Fonseca está dizendo, humanos: só existe uma espécie, só existe uma raça. Bem, vamos tomar como partida a teoria da seleção natural do mestre Darwin, onde os melhores adaptados excluem os menos adaptados…pensem bem, se vivêssemos como deveríamos viver, sem sair destruindo tudo e todos quem seria a “raça” dominante?? Vejam bem, a população negra tem uma estrutura óssea mais forte e resistente, são mais fortes, mais habilidosos, suas mãos tem uma superfície de contato muito maior que a de brancos o que seria vantajoso na hora da caça e coleta. Ok, se formos tirar como referência o fenótipo, os negros são dominantes em relação à brancos. Abraço a todos.

    • Alexandre Söldann:

      Não: existem várias raças humanas e apenas uma espécie humana.

      Quer utilizar-se de Darwin? Pois bem: para muito além da força física, o que propicia a sobrevivência é a inteligência.

      Preciso dizer mais nada.

    • Bruna:

      Então o senhor está dizendo que pessoas negras não tem inteligência?? Não preciso dizer mais nada…

    • Alexandre Söldann:

      Não. Estou dizendo que cada povo te seu nível de Q.I.
      Conclua a partir disso, então.

  • Alexandre Söldann:

    Raça, raça, raça… Que assunto para animar os ânimos, hein?

    Direto ao ponto: raça existe. Raça não é cor de pele. Raça é disposição dos ossos (e não me refiro somente aos do crânio – todo médico e qualquer criminologista bem o sabem), é produção de hormônios, é resistência muscular, é vulnerabilidade a determinadas doenças (somáticas ou não) etc. É tanta coisa que não vou me pormenorizar aqui.

    Outro erro comum é dizer-se que só existe uma Raça: a humana. O ser humano não é uma raça, é uma espécie. Os livros mais incipientes de Biologia tratam disso.

    Outra distorção comum é que não se poderia haver raças porque existem os cruzamentos férteis. E daí? Cachorros, gatos, bovinos, caprinos, equinos e um sem-número de animais (que até mesmo se consideram de diferentes espécies – algo mais além de raças) podem se cruzar e gerar descendentes férteis (na maioria das vezes), mesmo sendo de raças diferentes.

    Costuma-se atribuir ao termo raça um peso político-ideológico negativo e que, por isso, se deve extingui-lo. Diz-se haver estudos de “renomados” cientistas atestando que raças não existem. Em contrapartida, um termo não se anula porque não gostamos dele; além disso, há tantos outros cientistas que ainda preferem falar de raças – embora estes sejam ojerizados. Se se quer “desracializar” a sociedade porque raça é um tempo perigoso – devido ao passado -, então (seguindo-se tal lógica) se deveria “desdeisar” a sociedade também, já que, pelo nome de Deus, muitas atrocidades já foram cometidas. Marxistas adorariam isso: o mesmo refere-se à Família.

    Um outro engano corrente é legar à raça a restrição social, que é um construto social, que ninguém nasce “racista”, ou com tendências a discriminar. Ora, se raça não existe biologicamente falando, por que se segregarem as pessoas na medida em que se for prescrever-lhes remédios, por exemplo? Também se discrimina nesse momento para o bem da saúde pública (sabe-se que negros e brancos não podem tomar os mesmos medicamentos para certas doenças).

    Dizer que raças humanas não existem é equivalente a um dogma: não se pode prová-lo, mas se pode crê-lo.

  • luciana:

    Esse não é o unico estereótipo que a roupa provoca. Experimente entrar de agasalho e tênis em uma loja de shopping, as vendedoras lhe ignoram, e tratam super mal. Ou lojas para pessoas gordas, só tem roupa feia, antiquada.

  • bruna:

    que gente ignorânte,
    A raça é definida quando indivíduos da mesma espécie podem se reproduzir e gerar descendentes férteis

    se eles geram descendentes férteis – são da mesma raça, pois suas diferênças genéticas e físicas não impedem de suas crias de se reproduzirem.

    Se eles geram descendentes inférteis – não são da mesma raça, mesmo sendo da mesma espécie, pois as suas diferênças genéticas tornam a cria inviável a reprodução.

    Brancos, negros, asiáticos, mulatos e etc ou qualquer outro nome, todos eles se produzirem filhos terão filhos férteis, então não existe raças entre os humanos, diferênças de cor de pele, cabelo, sangue, traços faciais pequenos grupos de proteínas e etc, são apenas variantes, não caracterisza raças diferêntes como por exemplo leões e tigres que geram descesdente porem infértil, e cavalos e mulas, mas cães também são todas da mesma raça, o que chamamos de raça são apenas variantes da raça, que nem cavalo branco e cavalo negro, pois se não não haveria vira-latas né?

    Deixem de ser ignorântes e vão estudar Biologia de verdade!
    a discussão de vcs não passa de uma discussão moral e filosófica o que é totalmente inútil e sem razão no meu ponto de vista, não passa de uma discussão onde está sendo discutido os seus valores culturais, sociáis, morais, étnicos e éticos, coisas que no meu ver, não possuem valor algum e nem merecem crédito na questão.

    Não passa da necessidade incosciênte ou consciênte de se sentir superior e em vantagem negando ou afirmando os mesmos.

    • Tita:

      Bruna eu entendi muito bem oq vc escreveu.
      mas na sociedade bem diversifica q vivemos uns intende de biologia, outros de astrologia outros de beleza outros de politica e assim por diante né!?
      bom eu como leiga falo raça claro q estou aqui lendo para poder saber mais pois é muito bom aprender coisas novas.
      Acho q vc explicou muito bem apenas nao precisa chamar os outros de ignorantes e nao precisa ter tanta raiva.
      Com certeza vc tbm nao sabe de tudo e vc tbm nao iria gostar q alguem lhe explicasse algo assim.

  • Pedro Paulo Fonseca:

    Existem raças humanas?
    Em 1758, o botânico sueco Carolus Linnaeus – o criador do atual sistema de classificação dos seres vivos – deu à humanidade o nome científico de Homo sapiens e a dividiu em quatro subespécies: os vermelhos americanos, “geniosos, despreocupados e livres”; os amarelos asiáticos, “severos e ambiciosos”; os negros africanos, “ardilosos e irrefletidos”, e os brancos europeus, evidentemente, “ativos, inteligentes e engenhosos”. Estava aberta a discussão sobre a existência de raças humanas e o valor de cada uma. No entanto, essas características nunca foram comprovadas e a principal conseqüência desse tipo de idéia foram as câmaras de gás nazistas, o que levou os cientistas do século 20 a acreditar que todas as diferenças entre humanos estavam na cultura. A idéia de que as raças humanas não existem biologicamente foi reforçada nos anos 70, quando pesquisas analisaram as diferenças entre as proteínas de diversas populações.
    Os seres humanos estavam muito longe de apresentar uma diversidade comparável à de espécies que de fato possuem raças, como elefantes ou ursos. Na verdade, a diferença genética entre dois chimpanzés de uma mesma colina na África pode ser maior que o dobro da existente entre os 6 bilhões de humanos do planeta.
    Faltava apenas uma medida precisa da grande semelhança existente entre nós, e ela finalmente apareceu em dezembro do ano passado. Uma equipe de sete pesquisadores dos Estados Unidos, França e Rússia comparou 377 partes do DNA de 1 056 pessoas de 52 populações de todos os continentes. O placar final: entre 93% e 95% da diferença genética entre os humanos é encontrada nos indivíduos de um mesmo grupo e a diversidade entre as populações é responsável por 3% a 5%. Ou seja, dependendo do caso, o genoma de um africano pode ter mais semelhanças com o de um norueguês do que com alguém de sua cidade.

    • Pedro Paulo Fonseca:

      O estudo também mostrou que não existem genes exclusivos de uma população, nem grupos em que todos os membros tenham a mesma variação genética. “A diversidade entre as populações está nas diferentes freqüências de traços que são encontrados em todo lugar”, diz o biólogo Noah Rosemberg, da Universidade do Sul da Califórnia, Estados Unidos, um dos autores do trabalho.
      O estudo, entretanto, levantou um aspecto polêmico: há, de fato, uma relação entre o grupo de origem de uma pessoa e seu genoma. Em outras palavras, a ancestralidade declarada por alguém reflete uma diferença genética, mesmo que, como dissemos há pouco, essa diversidade seja de apenas 3% a 5% da que existe entre os humanos. Existem claramente diferenças entre populações que são visíveis no genoma. Algumas pessoas podem chamar isso de raça, outras não, mas o fato é que a diversidade existe, apesar de representar uma fração bem pequena da nossa constituição genética.A questão já era muito discutida pelos médicos. Para alguns, mesmo que as raças não existam, a etnia de uma pessoa pode fornecer pistas que facilitem o diagnóstico de doenças. Outros acham que usar raças na medicina não só é inútil como perigoso. A polêmica ganhou força com a publicação no ano passado de uma pesquisa que afirmava que o enalapril, um remédio para problemas cardíacos crônicos, funcionava menos em negros que em brancos.
      Existem de fato doenças mais comuns em algumas etnias. Um exemplo é a hemocromatose, uma desordem na metabolização de ferro, que ocorre em 7,5% dos suecos mas é quase inexistente em chineses ou indianos. Os negros americanos também sofrem mais de doenças cardiovasculares, mas o motivo ainda é desconhecido: pode ser um traço hereditário ou o resultado de mais tensões e menos acesso a serviços de saúde. Qualquer que seja a explicação, não podemos generalizar os resultados. Cada país tem uma composição genética diferente, que varia de acordo com a história e a interação entre os grupos que para lá migraram.

    • Pedro Paulo Fonseca:

      Mesmo que a raça seja um recurso útil para prever o risco de doenças, muitos médicos acreditam que seria melhor abandoná-la em prol de uma análise mais rigorosa da ascendência. “Não se sabe ao certo se usar raças na medicina é melhor do que não usar nenhuma informação sobre ancestralidade. Nós preferimos usar classificações mais específicas, que chamamos de populações”, diz Rosemberg. A única semelhança, por exemplo, entre os negros do Sri Lanka, da Nigéria e do norte da Austrália é a cor da pele. A categoria ainda teria a vantagem de lidar melhor com sociedades mais miscigenadas. Se você permitir que as pessoas declarem múltiplas ancestralidades, terá boas chances de determinar as diferenças genéticas. As novas técnicas de análise genética, no entanto, abrem a possibilidade de se abandonarem de vez as classificações raciais em prol de critérios mais precisos. “Nós precisamos simplesmente olhar todos os humanos como um enorme conjunto de genes e ver se conseguimos achar alguns grupos, que provavelmente não corresponderão à divisão clássica de raças”, diz Nina Joblonski. O geneticista David Goldstein, da University College, em Londres, Inglaterra, estudou a resposta a remédios em seis grupos étnicos clássicos. O resultado foi melhor quando, em vez de considerar as populações, ele reagrupou os indivíduos de acordo com semelhanças genéticas. Como os seres humanos são muito parecidos, um remédio que funcione para uma população sempre encontrará pessoas em outros grupos que também podem se beneficiar dele. No final, para cada característica poderíamos ter um novo agrupamento.
      Assim como a Terra pode ser descrita por muitos tipos de mapa – do topológico ao econômico – é possível dividir as variações genéticas de infinitas maneiras e ressaltar qualquer similaridade ou diferença desejada. Se sobrepusermos todos os mapas, cada pessoa será única.
      Qualquer que seja a conclusão a que os médicos e biólogos cheguem, as raças vão continuar existindo para quem estuda as ciências humanas. Os brasileiros em sua maioria acreditam em raças e agem de acordo com elas. Porém elas são uma categoria de exclusão e dominação que traz problemas na realidade. Mesmo que não existam biologicamente, elas criam vítimas.

    • Andy:

      Como eu já disse e você mesmo ratificou, o conceito de raça gera questões como uma raça sendo superior. Nunca tivemos problemas em admitir que um Labrador é “superior” a um piquinês. O labrador é maior, mais inteligente, mais atletico, mais bonito, com maior expectativa de vida, etc.

      Mas quando trata-se de humanos a história fica um pouco mais complexa, pois estamos classificando a nós mesmos, e portanto, pela natureza humana, todos queremos nos sentir superior. Isso ocasionou o que eu já disse, as barbaridades na segunda guerra e em outros tempos remotos.

      E como eu já disse tambem, eu entendo esse lado, mas do ponto de vista estritamente técnico, a biologia atual segundo os livros em que estudei, reconhece diferentes raças na espécie humana.

      Felizmente ou infelizmente, devido a globalização a tendência é cada vez mais uma mistura de raças e o surgimento de um modelo hibrido, como o que ocorre com a população brasileira, devido ao fato que a seleção natural já não possui ou pouco possui efeito sobre os humanos. E embora as raças tendam a se extinguir, o mesmo pode ou não acontecer com a etnia (a cultura), pois também devido a globalização, a tendencia eh uma cultura global dominante.

      P.S: Eu entendo que você defenda o não uso de raças nos humanos, mas falando francamente, raça, etnia, sub-espécie… tudo isso são apenas nomes, taxonômia… não importa como o chamemos, o fato é que diferenças existem.

  • Pedro Paulo Fonseca:

    Por que só agora os cientistas começam a entender as diferenças entre os seres humanos? Tanta demora para tratar do assunto tem um motivo: as primeiras tentativas científicas de analisar as raças humanas levaram quase sempre à conclusão de que algumas eram mais inteligentes e criativas – ou seja, superiores – às outras. O resultado foram as tentativas de criar uma raça “pura” e as ideologias que levaram a genocídios. “As tragédias geradas por essas teorias fizeram a ciência aceitar que as raças não tinham nada de biológico e que eram apenas um produto da sociedade.

    • Pedro Paulo Fonseca:

      Ao contrário dos chimpanzés e demais primatas, o homem não possui cabelo por todo o corpo. A adaptação provavelmente surgiu por volta de 1,6 milhão de anos atrás para esfriar o corpo de alguns dos nossos primeiros ancestrais, que começavam a se tornar mais ativos e fazer longas caminhadas. Uma mudança levou a outra: células que produziam melanina, antes restritas a algumas partes descobertas, se espalharam por toda a epiderme. Além de tornar a pele escura, a melanina absorve os raios ultravioleta do Sol e faz com que percam energia. Os cientistas acreditavam que esse traço havia evoluído para evitar cânceres de pele, mas a teoria esbarrava no fato de que esse mal costuma surgir em idade avançada, depois que as pessoas já tiveram filhos, e portanto dificilmente alteraria a evolução. Até que, em 1991, Nina Joblonski encontrou estudos que mostravam que pessoas de pele clara expostas à forte luz solar tinham níveis muito baixos de folato.

    • Pedro Paulo Fonseca:

      A deficiência dessa substância em mulheres grávidas pode levar a graves problemas de coluna em seus filhos. Além disso, o folato é essencial em atividades que envolvam a proliferação rápida de células, como a produção de espermatozoides. Nos ambientes próximos à linha do Equador, a pele negra era uma boa forma de manter o nível de folato no corpo. Enquanto os humanos modernos estavam restritos à África, a melanina funcionava bem para todos. Eles eram um grupo bastante homogêneo, porque, por motivos desconhecidos, os primeiros humanos estiveram perto da extinção há cerca de 200 mil anos, com talvez não mais de 20 mil pessoas. Posteriormente, a descoberta de novas ferramentas e o crescimento da população tornou a África pequena demais para eles e, cerca de 100 mil anos atrás, os homens modernos chegaram à Ásia. De lá se espalharam para a Oceania, depois para a Europa e, há pelo menos 15 mil anos, à América. Nas regiões menos ensolaradas, a pele negra começou a bloquear demais os raios ultravioleta. Esse tipo de radiação é nocivo em quase todos os aspectos, mas tem um papel essencial no organismo: iniciar a formação na pele de vitamina D, necessária para o desenvolvimento do esqueleto e a manutenção do sistema imunológico. A tendência então foi que populações que migraram para regiões menos ensolaradas desenvolvessem pele mais clara para aumentar a absorção de raios ultravioleta. Em regiões intermediárias, o truque evolutivo foi o bronzeamento – uma camada temporária de melanina para proteger o folato em épocas de sol e produzir vitamina D quando ele não fosse tão forte. Ou seja, de acordo com os novos estudos, a cor da pele é apenas uma forma de regular nutrientes.

    • Pedro Paulo Fonseca:

      Ao se espalhar pelo mundo, os seres humanos tiveram que lidar com todo tipo de ambiente e o principal elemento a se adaptar aos extremos de temperatura, umidade, iluminação e ventos do planeta foi a aparência. Um exemplo é o tamanho do corpo: em regiões quentes é vantajoso ser baixo como os pigmeus ou alongado como os quenianos, com a superfície do corpo grande quando comparada ao volume, o que facilita a evaporação do suor. O cabelo encarapinhado ajuda a reter o suor no couro cabeludo e a resfriá-lo. O oposto ocorre em regiões frias como a Sibéria.
      O corpo e a cabeça dos mongóis, que se desenvolveram por lá, tendem a ser arredondados para guardar calor, o nariz, pequeno para não congelar, com narinas estreitas para aquecer o ar que chega aos pulmões, e os olhos, alongados e protegidos do vento por dobras de pele.
      A origem de muitas características, no entanto, permanece desconhecida. Muitas delas podem ter surgido por serem consideradas belas ou simplesmente por acaso. Populações de nativos da América, por exemplo, devem ter passado por momentos em que se reduziram a algumas dezenas de indivíduos, o que eliminaria os traços menos comuns, como alguns tipos sangüíneos. Há também a influência da cultura: algumas mudanças podem não ter ocorrido porque os homens já tinham meios de se proteger do ambiente.

    • Pedro Paulo Fonseca:

      As modificações, no entanto, não foram muito além da aparência, graças à homogeneidade da população humana em seus primórdios e ao pouco tempo que ela teve para evoluir desde então (cerca de 7 500 gerações). Os poucos traços que mudaram também não estão ligados entre si, o que permitiu que uma mesma pessoa tenha características de diferentes etnias e criou um contínuo de cores entre as populações. Entretanto, a visão é o sentido mais apurado do ser humano e o fato de essas diferenças estarem na aparência levou muitos a considerá-las profundas.

    • Andy:

      Parabens pela sua historinha, acabou de descrever o processo de origem de novas raças, isto é, o processo de adaptação que gera mudanças biologicas comuns em uma comunidade de indivíduos, mas sem se especializar em uma nova espécie (Ainda é permitido a reprodução de tipos diferentes [raças] gerando descendentes férteis)

  • alx:

    Achei essa materia meio racista, mais sera q o povo estão vendo um Barack Obama branco so pq ele ta de terno e gravata?

  • resposta:

    Po, 4% não é praticamente nada, levando em conta que essas pesquisas geralmente usam um numero que não passa de 1000 ou 10.000 pessoas, o que não é nada em relação aà população de um país ou do mundo.

  • buno:

    É ENGRAÇADO AS PESSOAS dizer que naum existe raça, entaum quer dizer que nos esportes como atletismo, basketball e boxe, os negros se destacam por pura coincidencia? Esportes que tem menos aptidão física, os brancos disputam de igual para igual com os negros, como golfe e automobilismo. Existe sim diferença entre eles só esses cegos moralistas que naum veem.

  • Pedro Paulo Fonseca:

    A humanidade só tem uma raça. O que ocorre é uma diferença étnica entre os povos do mundo. O termo raça foi criado para segregar e dominar outros grupos étnicos que eram considerados inferiores aos que possuíam uma melanina mais clara e uma concentração de riqueza maior.

    • Andy:

      Não é bem assim amigo. Os humanos estão divididos em raças sim, como as tradicionais “brancos x negros”. Cada raça tem um conjunto de característica fenotípicas parecidas, como formato do rosto, cor da pele, estilo da cabelo, etc.

      Etnia é na verdade referente ao âmbito cultural (um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas e culturais e semelhanças genéticas), como por exemplo os Judeus X Palestinos, ambos são da mesma raça mas de diferentes etnias.

      Claro que devido ao intenso imperialismo dos séculos passados houve a questão de uma raça se considerar superior a outra e blablabla, e então o nome raça ficou “manchado” e alguns decidem chamar apenas de etnia por eufemismo.

    • Andy:

      Raça – Referente apenas ao conceito biologico e genetico
      Etnia – refere-se ao âmbito cultural (Estas comunidades geralmente reclamam para sí uma estrutura social, política e um território)

    • Pedro Paulo Fonseca:

      A raça humana é uma. Não conheço nenhum humano que tenha três braços ou quatros pernas. Ai sim ele seria de uma raça diferente. Acredito que você tenha lido essa definição de etnia na wikipédia. Aconselho a leitura de uma fonte mais confiável e atualizada.

    • Andy:

      Nossa que exemplo mais infantil você expôs (Sem ofensa).

      Por que você não pega como analogia os cachorros ou gatos? Todos os tipos de raças tem 4 patas e características semelhantes que você reconhece como sendo um cachorro. Mas você também consegue distinguir um pitbull de um rotweiller devido a pequenas características únicas de cada raça, correto?

      Essas pequenas características únicas também distinguem as raças humanas, a mais evidente é o contraste de pele entre o caucasiano e o negro. Mas existem outras categorias tambem. Você já percebeu que 99% dos negros tem cabelos “pixanhim” e 99% dos asiaticos tem cabelos ultra lisos? Mais uma vez, vemos pequenas diferenças que caracterizam uma raça.

      Minha fonte são meus conhecimentos de ensino fundamental. Aconselho uma revisão de seus estudos de uma fonte mais confiável e atualizada.

      P.S: Em geral aqueles que dizem que os humanos não tem raça, são pessoas com pouco conhecimento biológico, como religiosos, reporteres e leigos. Qualquer biologista sério sabe o significado da palavra raça.

    • Andy:

      Principalmente depois do mal uso do conceito de raça feita por Hitler, que reconhecia a raça ariana como a superior e pregava o exterminio das outras, que políticos e cia começaram a impor a idéia de que todos os humanos são de uma mesma raça, criada por deus e blablabla, isso para que se evite novas barbaridades como as acontecidas durante a segunda guerra mundial. Isso eu até entendo e não critico.

      Mas de um ponto de vista puramente técnico e cientifico está equivocado. rsrs

    • Túlio:

      Acho que vc tá confundindo raça com espécie, amigo.

    • Livonor:

      boa resposta Andy, tirou as palavras da minha boca

    • Pedro Paulo Fonseca:

      Poucas coisas mudaram no mundo nos últimos 100 mil anos. Naquela época, os primeiros seres humanos modernos surgiam na África e começavam a se espalhar por outros continentes. Eles eram praticamente idênticos aos mais de 6 bilhões de pessoas que habitam hoje o planeta. De lá para cá, os únicos retoques que a nossa espécie sofreu foram pequenas adaptações aos diferentes ambientes – mudanças exteriores para lidar melhor com lugares mais frios, secos ou com ventos mais fortes. O lado triste dessa incrível capacidade de adaptação é que as diferenças físicas foram usadas para avaliar pessoas à primeira vista e atribuir-lhes qualidades e defeitos. Milhões foram escravizados, mortos ou discriminados por causa da aparência física.

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