Sonda solar Parker da NASA: Explorando o Sol como nunca antes

Por , em 1.10.2023
Representação artística da Parker Solar Probe. Imagem: NASA

A sonda solar Parker da NASA, inovadora em suas explorações, continua a estabelecer novos marcos, aproximando-se cada vez mais do Sol, proporcionando insights valiosos sobre a enigmática atmosfera da estrela e como ela afeta as condições espaciais, bem como proporcionando dados impressionantes sobre a natureza da nossa estrela.

No dia 27 de setembro, a sonda solar Parker da NASA alcançou um feito notável, aproximando-se do Sol a uma distância incrivelmente próxima de 4,51 milhões de milhas (7,26 milhões de quilômetros). Este foi o seu 17º perigeu, ou seja, sua aproximação mais próxima, ocorrendo às 19h28 no horário da costa leste dos Estados Unidos. Essa missão solar abrange o período de 22 de setembro a 3 de outubro. Graças a um impulso gravitacional obtido de Vênus em agosto, a sonda atingiu uma velocidade impressionante de 394.736 mph (635.266 km/h), consolidando seu status como o objeto feito pelo homem mais rápido em relação ao Sol.

Desde seu lançamento em agosto de 2018, a sonda solar Parker tem quebrado recordes constantemente. Ela superou o recorde estabelecido em 1976 pela sonda Helios 2, tornando-se o objeto feito pelo homem mais próximo do Sol na história. Além disso, a sonda se destacou como a primeira espaçonave a atravessar a atmosfera externa do Sol, a coroa solar, o que é motivo de orgulho até mesmo para os amantes da música do Pink Floyd.

Equipada com um avançado escudo térmico, a missão da sonda é estudar a coroa solar e coletar dados cruciais. O objetivo principal é desvendar os mistérios da estrutura do Sol, da enigmática coroa e das origens do vento solar, além de explorar o desconhecido. Esse conhecimento é de extrema importância, pois os processos solares podem afetar as condições espaciais, representando ameaças potenciais para satélites, redes de comunicação e até mesmo para as redes elétricas da Terra.

No início de setembro, a Parker atravessou uma das mais intensas ejeções de massa coronal (CMEs) já observadas. Esse evento confirmou uma teoria que estava em desenvolvimento há duas décadas, sugerindo que as gigantescas erupções solares, como as CMEs, interagem com poeira interplanetária. Essa descoberta tem implicações significativas para a previsão do clima espacial.

A NASA relata que, apesar de sua proximidade com o Sol, a sonda continua em excelente estado de funcionamento. A espaçonave está programada para transmitir dados de status ao Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, no dia 1º de outubro, e posteriormente enviar dados científicos, focados principalmente no vento solar. Esses dados irão auxiliar ainda mais os pesquisadores em sua busca por uma compreensão mais profunda das complexas dinâmicas do Sol.

A missão da Parker Solar Probe representa um marco na exploração espacial e oferece informações valiosas que podem impactar nossa compreensão do Sol e do espaço sideral. À medida que a sonda continua sua jornada ousada em direção ao Sol, os cientistas da NASA e pesquisadores de todo o mundo esperam ansiosamente pelos dados que ela continuará a coletar, aprofundando nosso conhecimento do nosso sistema solar e do universo além dele. [Gizmodo]

Deixe seu comentário!