Veja a atmosfera da Terra brilhar em dourado em uma foto deslumbrante tirada da Estação Espacial Internacional

Por , em 1.02.2024
Esta foto de alta exposição tirada da Estação Espacial Internacional mostra o brilho atmosférico da Terra e um céu estrelado enquanto o complexo orbital sobrevoava 258 milhas (415 quilômetros) acima do Oceano Pacífico, a nordeste de Papua Nova Guiné. (Crédito da imagem: NASA)

Em uma fotografia impressionante tirada da Estação Espacial Internacional, o horizonte da Terra é envolvido por uma luz dourada radiante. Esta iluminação espetacular é resultado da interação da luz solar com as partículas na atmosfera terrestre, fenômeno conhecido como luminescência atmosférica. A NASA divulgou essa imagem no dia 21 de janeiro, exibindo um arco luminoso dourado sobre a Terra, ladeado por um tom avermelhado intenso em contraste com o escuro céu estrelado.

A imagem foi capturada a uma altitude de 415 quilômetros, especificamente acima do Oceano Pacífico, na direção nordeste da Papua Nova Guiné, conforme descrito pela NASA.

A luminescência atmosférica ocorre nas camadas superiores da atmosfera da Terra. Esse fenômeno acontece quando moléculas de nitrogênio, oxigênio, sódio e ozônio são estimuladas pelos raios ultravioleta do sol, levando-as a emitir luz ao colidirem entre si. Tal espetáculo é mais visível à noite, razão pela qual a imagem foi capturada com uma alta exposição, permitindo a entrada de luz suficiente para registrar tanto a Terra quanto o céu estrelado.

A Estação Espacial Internacional (ISS) se move a uma velocidade de 8 quilômetros por segundo, completando uma órbita ao redor da Terra aproximadamente a cada 90 minutos. Isso resulta na ISS testemunhando 16 ciclos de nascer e pôr do sol dentro de um período de 24 horas, com cada órbita tendo uma duração igual de luz do dia e escuridão, cerca de 45 minutos cada.

Além dos tons dourados e avermelhados, a fotografia mostra mais do que isso; ela capta as delicadas camadas de nuvens brancas pairando sobre as águas azuis profundas do Oceano Pacífico. Além disso, partes da estação espacial são visíveis na imagem, incluindo dois componentes da agência espacial russa Roscosmos: o módulo de acoplamento Prichal e o módulo laboratorial multifuncional Nauka.

Na parte esquerda da imagem, é possível ver o Prichal, conectado ao módulo Nauka. Ele oferece cinco portas de acoplamento para diversas espaçonaves russas e facilita a transferência de combustível. O módulo Nauka atua como o principal laboratório para o segmento russo da ISS e faz parte da estação espacial desde julho de 2021, com o Prichal se juntando em novembro do mesmo ano.

A ISS, uma maravilha da engenharia e cooperação internacional, representa um ponto de encontro para pesquisa e descoberta no espaço. Os módulos russos, como o Nauka e o Prichal, desempenham um papel crucial nas operações diárias da estação, oferecendo instalações para experimentos científicos e logística para missões de espaçonaves.

A fotografia capturada pela ISS não é apenas uma representação artística do nosso planeta, mas também um testemunho da capacidade humana de explorar e entender o universo. Cada imagem trazida de volta por essa estação orbital oferece uma nova perspectiva sobre nosso lugar no cosmos, lembrando-nos da fragilidade e beleza da Terra vista do espaço.

A ISS, orbitando a Terra, proporciona uma plataforma única para observação. Através de suas lentes, podemos ver fenômenos como a luminescência atmosférica, que de outra forma seriam invisíveis a olho nu. Esta capacidade de visualizar e estudar tais fenômenos oferece informações valiosas sobre a composição e o comportamento da atmosfera terrestre, contribuindo para o nosso entendimento sobre mudanças climáticas e proteção ambiental.

A beleza capturada nessas imagens vai além da estética; ela encerra em si a importância da pesquisa e da exploração espacial. Através destas imagens, a ISS não só captura vistas deslumbrantes, mas também ajuda a desvendar os segredos do nosso planeta, permitindo avanços científicos que beneficiam a humanidade como um todo. É um lembrete constante do quão longe a curiosidade humana e a cooperação internacional podem nos levar, e do potencial ilimitado que ainda temos para explorar. [Live Science]

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