Veja como poderá ser nossa base na lua

Por , em 17.02.2013

Um dos desafios de estabelecer uma base na lua é justamente a construção desta base. A princípio, todo material tem que ser levado de foguete, a um custo altíssimo, para então, no futuro, se for possível, utilizar material encontrado na lua.

A ESA (agência espacial europeia) criou uma parceria para estudar o uso de tecnologia de impressão 3D para construir bases lunares usando o próprio regolito (a “poeira” que tem na lua, resultado de colisão de micrometeoritos por bilhões de anos) sobre uma estrutura inflável.

acspMSFT 2-

O projeto em estudo é de uma base para quatro pessoas, com proteção para meteoritos, radiação gama e flutuações de temperatura. A construção da estrutura seguiria três etapas.

Primeiro, a base é desdobrada a partir de um módulo tubular. Um domo inflável então é estendido de uma extremidade a outra deste cilindro, e vai servir de suporte para a construção.

Camadas de regolito misturadas com óxido de magnésio formam folhas que são então montadas por uma impressora 3D robótica, criando uma concha protetora, como um iglu.

Para garantir a resistência da estrutura e gastar o mínimo de óxido de magnésio, a concha é feita de uma estrutura cheia de células ocas, como uma espuma ou um favo, que foi descrita como lembrando ossos de aves.

base lunar 3

Pelo projeto sendo pesquisado, seriam enviados para a lua as estruturas infláveis, os conectores sólidos, o óxido de magnésio (ou outra substância que sirva para agregar o regolito), e robôs capazes de fazer a impressão 3D.

Para demonstrar sua viabilidade, os cientistas fizeram uma simulação de solo lunar, para criar uma réplica de 1,5 toneladas. Além disso, testes do uso da impressão 3D foram feitos em câmeras de vácuo, tentando replicar as condições lunares.[BDOnline, Gizmodo, Foster & Partners, ESA]

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13 comentários

  • Paulo Basso:

    Nosso futuro está no espaço – indiscutível. A Lua, e depois Marte, são os passos naturais.

    • Helio Sandro:

      Isso se não nos destruirmos antes.

  • WalterZ:

    Esse é o caminho.
    Claro que ainda estamos engatinhando, mas eu acho que seria mais fácil instalar a base próximo de um dos polos da Lua. Nestas área existem crateras que estão permanetemente na sombra e portanto tem maior probabilide de ter gelo em seu interior.
    No meu entender, gelo na superficie é a forma mais fácil de se obter água na Lua.
    Além disso, acredito eu, que se for escolhido um ponto de grande elevação proximo a um dos polos (como a borda de uma cratera) podemos encontrar locaia onde o Sol sempre está presente, e portanto pode-se ter energia o tempo todo.
    De qualquer maneira, a menor linha de transmissão para ligar dois pontos em que um deles esteja sempre exposto ao Sol seria passando sobre um dos polos.

    Acho que a utilização do Helio 3 é bem complicada. Primeiro porque embora mais abondante que na Terra, ainda assim é bem raro na Lua. O He3 necessiteria de um grande esforço para minerá-lo e concentrá-lo e depois seria necessário um reator de Fusão Nuclear… que nem na Terra existe. Hidrolisar água utilizando a energia solar e depois utilizar o Hidrogênio e o Oxigênio produzido pela hidrólise é muito mais simples. E poderia ser utilizado como fonte de energia na Estação bem como para a propulsão de foguetes.
    Claro que isso depende de água, por isso o grande interesse da Nasa em descobrir água na Lua. De qualquer forma, água para a geração de energia e para consumo humano é 100% reciclavel..

    Um grande abraço…

  • Elaine Almeida:

    Entrando na ficção uma ideia seria um foguete “Transformers” assim chegando na lua ele já seria a própria base,rs, claro pensando em todas as condições e opção de retorno dos astronautas.

    • Jonatas:

      As Naves transformes não estão tão distantes no futuro, graças aos estudos com magnetismo – não precisamos conectar fisicamente objetos ou estágios de uma nave ou estação espacial, mas conectar magneticamente, o que permite inúmeras alternativas para mudanças de formato. Mais genericamente é o mesmo princípio dos supercondutores dos trens super-rápidos que “flutuam sobre trilhos” no Japão.

    • Jose Lopes Neto:

      Me lembro de ter visto algo sobre esse magnetismo pra construir bases lunares ou algo assim no history

  • Helder Mafra:

    podemos até utilizar esse recurso arquitetônico para construir imóveis economicamente úteis na terra.

  • Rodney Brentel:

    Caro César,

    ‘Existem mais coisas entre o céu e a terra do que possa sonhar ‘nossa’ vã filosofia’.

    A partir desta premissa podemos crer que antes de existirmos, outras civilizações estelares já passaram por esta terra e que outros seres (mais)inteligentes do que nossa presunçosa raça humana, ainda estão ativos e trabalhando com uma finalidade desconhecida, porém contemporâneos do nosso tempo.
    Somente os tolos e os ‘massa de manobra’ dos governos, e os crédulos do ‘jornal nacional’ creem que tudo que é dito pela NASA é a verdade absoluta e além destas definições nada possa existir. Quanta presunção. Já que o senhor é um âncora deste site e que seus comentários técnicos são lógicos e pertinentes às matérias pautadas, que tal avançar um pouco mais e comentar as outras possibilidades latentes e não divulgadas pelas fontes que a todo custo, escondem as verdades das entrelinhas. Tem coisa que existe, não é comentada e sempre fica um pouco a desejar, quando a notícia é exposta e para nisso.
    Veja estes links.

    http://noticia-final.blogspot.com.br/2012/03/seria-esta-prova-derradeira-de-uma-base.html

    http://thoth3126.com.br/nos-descobrimos-bases-alienigenas-na-lua/

    ” Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, elas existem “

  • Jonatas:

    Em algum momento do século XXI, a presença humana no Sistema Solar passará a ser comum, e a Lua é mais que o nosso começo, é o nosso trampolim, dada suas riquezas minerais, energéticas e estratégicas, um autêntico hangar cósmico gigante de onde partirão as naves de exploração do espaço, e não a Terra.
    – A Lua tem Oxigênio e Água, descoberta da década passada.
    – A Lua tem baixa gravidade, o que facilita a decolagem de aparelhos e a engenharia estrutural, caracterizando-a também como base de construção melhor do que a Terra. Até nossos aranha-céus poderiam ser muito mais altos lá, por exemplo, embora não seja recomendado num futuro recente.
    – Tem muita matéria prima, vasta riqueza em minério de ferro e outros metais, depositados por meteoroides em sua superfície desprotegida a bilhões de anos, na época do intenso bombardeamento tardio do Sistema Solar.
    – Tem muita energia solar incidente, ideal para alimentar as bases e fábricas que aí se instalarão.
    – E muito combustível, se considerarmos o futurista uso do isótopo Hélio 3, raríssimo na Terra, mas abundante por lá.
    – E tem cavernas para o começo, para nos protegermos da radiação e dos micrometeoros, o maior perigo local.

    Fora os perigos, um grande desafio seria as dificuldades energéticas durante a longa noite lunar – duas semanas de escuridão… Penso numa vasta linha de transmissão, de mare a mare, para que sempre haja painéis solares sob a luz do dia, abastecendo uma ou mais bases quando essas estão sob o breu da noite.
    Colonizar um mundo inóspito não significa colocar uma base lá e sobreviver, significa instalar-se e construir, melhorar o tempo todo e é essa a chamada que a reportagem faz. Isso será sobretudo, uma evolução de todas as engenharias (de construções, de robótica e inclusive, genética) – adaptação ao espaço, é o próximo passo do do progresso humano. Não é uma aventura, não é curiosidade, é uma necessidade – a melhor chance de sobrevivermos, e da Terra sobreviver também. Em alguns séculos, como os povos que um dia foram viver na Sibéria e ao ambiente se adaptaram, uma nova variedade de homo-sapiens surgirá em bases espaciais, tão adaptados ao ambiente pressurizado de clima artificial que tanto habitar e terraformar planetas não fará mais sentido.

  • Angelo Di Santo Neto:

    se fala em bases na lua desde a decada de 70, e nada ainda, os custos são astronomicos, creio que não verei essa aventura.

    • WalterZ:

      Na minha opinião o envio de seres humano para o espaço está enfrentando quatro dificuldades gigantescas de dificil superação em “tempos de paz”.
      1 – Não é mais admissível assumir os riscos que foram assumidos na década de 60 e 70. Na época a ida a Lua era uma “operação de guerra”. Isso elava tremendamente o custo das missões tripuladas;
      2 – Os humanos são cada vez menos úteis em uma missão espacial. Pode-se fazer quase tudo como robôs. A miniaturização dos robôs faz com euq eles se tornem cada vez mais atrativos. Por exemplo, uma missão tripulada a Marte seria inúmeras vezes mais cara e arriscada que a missão Curiosity e traria muito menos informaçoes.
      3 – Em um mundo globalizado onde o problema dos desfavorecidos é cada vez mais um problema de todos, somado às exigências ambientais, cada vez menos se tem ambiente para dispender bilhões com exploração espacial.
      4 – A Terra ainda será o melhor lugar para viver por um longo período (Bilhões de anos). Ou seja se um dia a humanidade tiver que abandonar a Terra, isso levará muito tempo e até lá estamos cheios de coisa para fazer aqui.
      Hoje o que impulsiona a tecnologia espacial é o conhecimento e não a colonização do espaço. Em se tratando de tecnologia, melhor desenvolver tendo perspectivas reais de utilização. Se demorar muito para utilizar, ela se tornará obsoleta antes de ser efetivametne utilizada.
      Abraço Galera

  • Lucas Noetzold:

    Quando uma primeira base estiver montanda o resto ficará mais fácil.

  • Neto Alves:

    É aos poucos que um dia chegaresmos lá de vez.

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