Golfinhos nadando em meio a alga bioluminescente criam visão surreal
O fotógrafo Patrick Coyne, depois de procurar por horas na costa da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiu registrar imagem rara, em um momento que ele descreveu como uma das noites mais mágicas de sua vida. Fazer imagens assim era um sonho de Coyne desde que ele viu registro desse efeito em um documentário.
Depois de algumas horas, no trecho final da viagem dois golfinhos apareceram para “começar o show brilhante”, Coyne compartilhou a história. Poucos minutos depois apareceram mais golfinhos. O fotógrafo relatou ainda estar processando o que ocorreu. O espetáculo foi compartilhado em vídeo.
Coyne falou que registrar as imagens foi um desafio. Bioluminescência é difícil de ser vista e efêmera por natureza. Por isso é preciso ter as condições adequadas e um pouco de sorte para conseguir filmar. Além de ter algum animal se movendo na água para provocar a luminescência, é preciso um grande esforço para acertar o foco com a grande abertura do diafragma, necessária devido à baixa luminosidade.
Organismos microscópicos chamados dinoflagelados são os responsáveis pela bioluminescência em regiões costeiras. Esses organismos marinhos unicelulares são membros comuns do plâncton e sensíveis a movimento.
Quando provocados por predadores, cada célula emite um flash que dura até 100 milissegundos. Isso lembra um alarme, porque quando estão assustados, os dinoflagelados produzem a substância química luciferina catalisada pela enzima luciferase. Isso cria o brilho visto quando esses organismos são perturbados.
Esse fenômeno é conhecido por ocorrer em diversas espécies marinhas, frequentemente como forma de espantar predadores. Já os humanos, ficam deslumbrados com mais frequência do que ficam assustados. [Science Alert, Latz Laboratory]