Você não vai acreditar no equipamento usado para fazer estas fotos
A macrofotografia é um tipo de fotografia especializada em fotografar o bem pequeno. Quase todo mundo já deve ter examinado sua câmera, encontrado o botão ou o modo de macro, e tentado fotografar uma borboleta, uma flor, um selo, com resultados variáveis.
Para fazer macrofotografias, o fotógrafo russo Alexey Kljatov resolveu usar uma lente de aumento na frente da lente da câmera, algo conhecido como “filtro de close-up”. Só que a lente que ele usou não é uma simples lupa, e sim a lente de outra câmera, uma Helios 44M, das antigas russas Zenith.
A macrofotografia consiste em registrar objetos no sensor com o seu tamanho real, e pode ser feita de várias formas:
- Usando uma lente macro;
- Usando um tubo ou fole de extensão, que afasta a lente da câmera;
- Usando um filtro de close-up, normalmente uma lente comum, na frente da lente da câmera;
- Invertendo a lente da câmera, colocando o elemento frontal apontando para a câmera.
Alexey montou a lente Helios invertida na ponta de um tubo, de forma que ela ficasse a 1 cm da lente da sua Canon A650, firmando todo o conjunto usando uma tabuinha. Usar uma lente normal invertida é uma técnica consagrada para fazer macrofotografia barata.
Para preparar as fotos, Alexey usa um banquinho virado de cabeça para baixo, e sobre ele um vidro onde apoia a câmera sobre seu tema, flocos de neve. Para iluminar os flocos por trás, ele usa uma lanterna com duas camadas do plástico de sacolas para uniformizar o brilho. Para a foto não sair tremida, ele usa o temporizador da câmera.
Na pós-produção, o fotógrafo combina várias fotos idênticas para eliminar o ruído introduzido pelo sensor, e depois acrescenta alguma cor para as fotos não ficarem muito acinzentadas. [Bored Panda, Blog do Alexey, Flickr]
17 comentários
Cesar, me da uma ajuda, to conhecendo esse negocio de macrofotografia agora, tenho uma lumix fz100, e uma lupa, da pra fazer alguma coisa com isso? 😛 vlw’
Sim procure sobre as lentes/filtros close-up. Ela serve para diminuir a distância minima de foco. Só acho que talvez o valor dioptria seja muito alto da lente de aumento deixando a distância minima de foco no “negativo”.
Desculpa o silêncio, não sei como a minha inscrição nos comentários deste artigo foi cancelada…
Você pode usar uma lupa, mas não sei se vai conseguir muita coisa. A lupa vai servir como filtro de close-up, como apontou o Kanemaru, ou seja, ela vai permitir que a câmera faça foco em assuntos mais próximos, mas ela também vai deixar bordas roxas no que estiver sendo fotografado (aberração cromática), além de introduzir outras distorções.
Tenho uma lente igual, vou tentar fazer esta experiencia .-)
que susto! achei que fosse uma Tekpix
Para fazer isso, basta inverter a lente, diminuir a abertura e iluminar bem o objeto a ser fotografado.
Com flocos de neve tem o problema do calor.
pela foto do equipamento dele acredito que tenha mais coisas que apenas uma zenith 44-4 invertida e uma outra lente… mesmo sabendo que a tecnica de lente invertida dar uma das maiores ampliações não sei se chega a ser capaz de tanto o máximo de ampliação que eu consegui com a tecnica foi de 0,5cm em uma camera de sensor 3/4! Isso fica um fator de 5:1
A Canon A650 tem zoom de 6x, com comprimento focal equivalente de 35mm-210mm. A distância mínima de foco é de 1 cm. Não sei aí qual o cálculo e se dá para fazer o foco a 1 cm quando a lente está no comprimento focal de 210 mm (equivalente).
Muuito lindo!
O que impressiona mesmo é a beleza geométrica das formas, a simetria e precisão. Será que existe alguma pesquisa referente ao mecanismo de formação destas estruturas? Quais são as variáveis envolvidas?
amigo tem sim,isso e um efeito natural,ocorre em plantas em animais,essa pesquisa vem do periodo grego com o pentagono,depois retangulo de ouro,a equaçao de Fibonacci de uma pesquisada.
Sim e inúmeros isso intriga matemáticos até hoje, falam que cada floco é igual impressão digital a possibilidade de ter outro floco igual apesar da semelhança é igual zero, o formato é por causa da estrutura molecular da água… até kepler já estudou… tem falando sobre isso no livro “Almanaque das curiosidades matemáticas”!
É parte da físico-química e trata do crescimento de cristais. O processo é chamado de nucleação. Quando você tem uma substância dissolvida em outra, as moléculas do soluto ocasionalmente colidem, ficam juntas por um tempo, e depois se separam. Eventualmente uma outra molécula pode colidir no grupo e ele aumentar e depois separar. Se acontecerem “agregações” suficientes, o pequeno núcleo atinge um tamanho chamado tamanho crítico e a partir daí não vai se desfazer, mas vai crescer cada vez mais.
Só que as moléculas não se prendem de qualquer forma, existem posições em que elas podem se prender e outras em que elas não podem. Este comportamento microscópico vai acabar gerando uma macro-estrutura ordenada, o cristal.
Alguns cristais crescem rapidamente em questão de segundos (existem experiências que se fazem em laboratórios de escolas para mostrar o crescimento de cristais), ou dias (experimente fazer uma solução supersaturada de água e açúcar e deixar ela evaporar lentamente), ou mesmo milênios (como as delicadas “árvores” cristalinas que aparecem em certas cavernas).
No caso dos flocos de neve, a posição em que as moléculas se prendem depende de fatores como a pressão atmosférica, a umidade relativa, a velocidade do ar, a turbulência presente, etc. Cada floco tem uma história diferente, de quando encontrou cada um destes fatores, quantas vezes encontrou e quanto tempo permaneceu em regiões com mais ou menos pressão, mais ou menos turbulentas, etc. Assim, cada um tem uma forma única.
http://www.chemistry.co.nz/crystals_forming.htm
http://www.ccmr.cornell.edu/education/ask/?quid=742
http://www.mnh.si.edu/earth/text/2_2_2_2.html
http://science.howstuffworks.com/environmental/earth/geology/how-are-crystals-made.htm
http://geology.com/articles/snowflakes/
Já existe um algoritmo matemático que foi baseado nas leis da física e que permite fazer cristais de neve virtuais
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=how-do-snowflakes-form
Não sei se toda a física do crescimento de cristais é conhecida, mas já temos um modelo muito bom de como funciona.
Bela explicação do Cesar, tinha uma grande curiosidade quanto a isto.
Fico mais impressionado nao pelo equipamento, mas sim pela geometria perfeita desses cristais de gelo.
Bom, a simetria não é perfeita, se você olhar com atenção vai ver que cada seção tem alguns defeitos que não aparecem nas outras seções.