10 fatos bizarros sobre a linguagem animal

Por , em 12.11.2013

Tendemos a não dar muita atenção aos lamentos aparentemente incoerentes de nossos amigos animais, porém muitos deles se comunicam de uma forma muito mais avançada do que você poderia esperar. Apesar de não estarmos falando exatamente sobre ariranhas com fluência em português ou sapos executando as obras de Shakespeare em latim, algumas das formas de comunicação utilizadas pelos bichos podem te surpreender.

10. Gatos miam apenas para seres humanos

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Gatos, na verdade, não miam uns para os outros. Enquanto eles usam outros meios para se comunicar com seus amigos bichos, tais como a linguagem corporal e assobios, o miado é uma honra exclusivamente dedicada aos seus mestres humanos. Os gatos miam para dizer “Olá”, chamar a atenção ou pedir comida – é por isso que gatinhos miam para suas mães, a única exceção à regra -, ou para que você saiba que eles querem alguma coisa, como dar um passeio fora de casa. É apenas mais uma das táticas que os gatos descobriram para controlar o mundo.

9. Os cães-da-pradaria são bastante complexos

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Responda rápido: quem é o rei intelectual do mundo animal? Golfinhos? Primatas? Na verdade, os campeões podem ser os cães-da-pradaria. Sim, esses roedores fofinhos com cara de bobos que vivem pulando para fora da terra em desertos do México, Estados Unidos e Canadá, podem estar te chamando de gordo. Pesquisadores recentemente decodificaram os gritos destes animais e descobriram que eles podem possuir a linguagem não humana mais complexa já observada.

Cães-da-pradaria são capazes de descrever predadores em detalhes surpreendentes, incluindo espécie, tamanho e forma. Eles foram capazes de comunicar que cores de roupas os seres humanos estavam vestindo e, em pelo menos um caso, se eles tinham uma arma. Incrivelmente, eles podem transmitir todas essas informações em um único chilro que dura apenas uma fração de segundo.

8. Besouros usam o código Morse

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Deve ser difícil se orientar quando você é um inseto que vive na madeira, perambulando na miríade de túneis que você cavou no denso tronco de uma árvore. Para contornar esta situação, uma espécie perturbadoramente chamada de “death-watch beetle” (algo como “besouro do relógio da morte”) utiliza um sistema não muito diferente do código Morse. Ele bate a cabeça ao longo do topo do túnel, produzindo ecos que viajam ao longo de seu comprimento para entregar mensagens para o resto do seu grupo. É este mesmo método de comunicação que lhes dá o seu nome. Como eles muitas vezes infestam a madeira das casas em seu habitat nativo, a Inglaterra, estas batidas era audíveis aos moradores durante a noite, e lembrava tanto o tic tac ameaçador de um relógio que o nome pegou.

7. Os elefantes têm vozes distintas

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É óbvio para nós que todo ser humano tem uma voz única, mas geralmente achamos que os ruídos emitidos pelos animais de uma mesma espécie são praticamente idênticos. No entanto, a bióloga Andrea Turkalo descobriu que os elefantes também têm vozes diferentes. Depois de estudar uma manada de elefantes da floresta no Congo por 19 anos, Turkalo consegue identificar imediatamente um elefante individual ao ouvir o som que ele emite. Turkalo está trabalhando para interpretar estes sons e compilar um dicionário de elefantes – que provavelmente irá conter uma grande quantidade de vogais.

6. Galinhas conversam com seus ovos – e eles respondem

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Não há nada de estranho sobre uma mãe se derretendo e batendo um papo com seu bebê que ainda não nasceu, mas muitas mulheres provavelmente se assustariam ao ouvir seu feto responder. Entretanto, uma mãe galinha não ficaria muito surpresa, já que, para elas, esse é o procedimento padrão. Cerca de 24 horas antes da eclosão, os pintinhos podem ser ouvidos piando dentro do ovo. A mãe galinha irá cacarejar em resposta ao seu filhote ansioso demonstrando um doce, mas um pouco assustador, gesto de confiança.

5. Babuínos odeiam gírias

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É sempre chato para os pedantes mais mal humorados que existem entre nós quando alguma palavra sem sentido toma conta no vernáculo. E parece que os babuínos entendem o sofrimento destas pessoas. Um grupo de seis babuínos submetidos a milhares de testes ao longo de um período de cerca de seis semanas, envolvendo o uso de computadores touchscreen que mostravam uma série de palavras, algumas reais e outras inventadas, tiveram que identificar quais palavras tinham significado e quais não faziam sentido. Para aumentar a dificuldade, em vez de usar letras aleatórias e misturadas, as palavras falsas foram dispostas em combinações que pareciam ser palavras, como “dran” e “telk”. Eles passaram nos testes com incrível precisão, identificando corretamente palavras inventadas em 75% das tentativas. Então não se preocupe se você não entender o que os adolescentes andam dizendo nos dias de hoje: até um macaco sabe que é estúpido.

4. Você pode não ouvir uma rã falar

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Você achava que os cães eram os únicos animais que podiam ouvir sons de alta frequência fora do alcance da percepção humana? Bem, é melhor rever seus conceitos. Uma espécie de sapo do Sudeste Asiático, a Huia cavitympanum, pode se comunicar usando frequências ultrassônicas que são inaudíveis para as pessoas. Esta espécie pode ouvir e emitir sons de até 38 kilohertz, o que é 18 kilohertz a mais do que os seres humanos podem detectar. Os cientistas acreditam que estas rãs se adaptaram para usar essas frequências mais elevadas para se comunicar porque vivem em uma área com água corrente, onde frequências mais baixas podem ser difíceis de ouvir. Ou talvez elas só não querem que você as escute fofocando a seu respeito.

3. Golfinhos conseguem aprender uma segunda língua

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Falar durante o sono muitas vezes é embaraçoso, mas a observação dos sons emitidos por um grupo de golfinhos enquanto dormiam mostrou que eles poderiam estar “falando” um idioma diferente. Os golfinhos, que se apresentam ao público em um parque aquático francês, tinham sido expostos a gravações de canções de baleias durante seus shows. Embora nunca tenham sido vistos imitando as músicas enquanto estavam acordados, os sons que eles começaram a fazer durante seu sono mostraram uma semelhança misteriosa com os barulhos das colegas artistas.

2. Papagaios não apenas nos copiam

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Existem casos documentados de papagaios que têm a capacidade de não apenas inconscientemente repetir os sons que ouvem, mas realmente aprender as palavras e manter conversas. Um papagaio cinza africano chamado Alex se tornou famoso por sua capacidade de identificar cores e articular conceitos abstratos como tamanho e diferença. Ele conseguia até mesmo brincar com o seu treinador dizendo “Não diga para eu me acalmar!”. Outros papagaios com vocabulários incríveis incluem Prudle, que tinha um lugar garantido no Guiness World Record e sabia 800 palavras no momento da sua morte, e N’kisi, que tem um vocabulário de 950 palavras e divide com Alex a afinidade com piadas.

1. Alguns peixes usam a linguagem de sinais

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Não, eles não estão batendo as nadadeiras e gesticulando o alfabeto de LiBraS, por mais divertido que isso possa parecer. Em vez disso, uma espécie de garoupa precisa se remexer muito para se organizar com outros membros de seus esquadrões da morte em busca de comida. Elas demarcam armadilhas para presa, e quando algum desavisado cai no truque, apontam o nariz em direção a ele e fazem uma dancinha para sinalizar sua presença. Os peixes usam o mesmo sinal como uma chamada à ação, para dizer “Ei, vamos caçar neste fim de semana!”. Desta forma, estas garoupas se juntam um grupo de espécies de elite conhecido por ter a capacidade de criar armadilhas para se alimentar, que até agora inclui, ao menos, os seres humanos e as abelhas. [Listverse]

5 comentários

  • Henrique Telles Dos Santos:

    fato = se os babuínos não gostam de gírias(assim como eu)e acha isso praticamente estupido,ele pode definitivamente quebrar um funkeiro a porradas.

  • Willian Picorelli:

    Legal que na parte do papagaio a foto é de uma arara :V

  • Gustavo Amaral:

    Posso estar fazendo uma pergunta merda, mas como diabos a turma descobriu que certo som significava, por exemplo, o questionamento se o cara tava com uma arma?

    • Cesar Grossmann:

      Em um ambiente controlado, como um laboratório, você pode modificar apenas um aspecto do ambiente e ver como o animal reage. Se tudo permanece igual e o surgimento de um homem desarmado provoca um sinal de alerta diferente do surgimento de um homem desarmado, acho que isto é sinal que eles sabem a diferença entre alguém armado e alguém desarmado, não te parece? Para garantir, você repete o experimento dezenas de vezes e verifica se em todas elas o sinal é diferente para a combinação arma/sem arma, e igual para sem arma/sem arma e arma/arma. Se o resultado for positivo, então acho que é razoável concluir que eles sabem a diferença entre alguém armado e desarmado, e usam sinais diferentes para indicar um e outro.

  • Beatriz Consorte:

    Gatos não miam só para o ser humano.Os machos miam para as fêmeas para o acasalamento , a gata mia para seus filhotes e já vi diversas vezes um miando para o outro como se estivessem se comunicando.Quem, como eu, que tem muitos gatos, sabe que isso não é verdade.

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