Cientistas criam arma que dispara antimatéria

Por , em 26.06.2013

Uma equipe internacional de físicos que trabalha na Universidade de Michigan (EUA) construiu recentemente uma arma de antimatéria, capaz de despejar rajadas de pósitrons.

A arma de antimatéria

Pósitrons são antimatéria (ou partículas idênticas opostas) de elétrons. Além de ser criadas em laboratórios de física, elas também são encontradas em jatos emitidos por buracos negros e pulsares (estrelas de nêutron).

Até à data, a criação de pósitrons para estudo precisou de máquinas muito grandes e caras, como o acelerador de partículas Grande Colisor de Hádrons do laboratório CERN. Outro exemplo é um dispositivo construído por cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, que criou pósitrons disparando um laser extremamente poderoso em um minúsculo disco de ouro. Outro trabalho recente de pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) envolveu a construção de um acelerador do tamanho de um desktop.

A nova pesquisa baseou-se nesses resultados anteriores para construir um dispositivo de não mais que um metro de comprimento capaz de gerar rajadas de ambos elétrons e pósitrons de forma muito semelhante a que é emitida por buracos negros e pulsares.

Para conseguir essa façanha, a equipe disparou um laser potente (petawatt) em uma amostra de gás hélio inerte. Isso causou a criação de um fluxo de elétrons que se move a uma velocidade muito alta. Esses elétrons foram direcionados para uma folha muito fina de metal que os levou a colidir com átomos de metais individuais. Estas colisões resultaram em uma corrente de emissões de elétrons e pósitrons, que foram separadas utilizando magnetos.

Os pesquisadores relatam que cada rajada de sua arma dura apenas 30 femtosegundos, mas cada disparo resulta na produção de quatrilhões de pósitrons – um nível de densidade comparável ao que é produzido no CERN.

Os cientistas sugerem que o dispositivo poderia ser usado para imitar os jato de buracos negros e/ou pulsares, oferecendo algumas respostas a perguntas tais como: que tipo de proporção de partículas estão presentes em tais correntes, a quantidade de energia que há nessas emissões, e de que forma as partículas interagem com o ambiente em que são despejadas.[Phys]

13 comentários

  • Antonio Costa:

    Sr Grossman. Não estava me referindo a UNIVERSO ESPELHO, mas a um outro universo, possívelmente em outro espaço-tempo, em uma outra dimensão.
    Uma das coisas que lamento ao encarar a nossa transitoriedade na Terra é a de não haver tempo para que possa ver as respostas a todos esses mistérios.

  • daniel_vieira30:

    tanta gnt querendo criar e esses americanos só pensando em destruir
    ¬¬

    • Felipe Ronan:

      Para de assistir desenho. Isso é avanço tecnológico.

  • Tony Pasquel:

    “…Os cientistas sugerem que o dispositivo poderia ser usado para imitar os jato de buracos negros e/ou pulsares…”

    Já que acreditam no “nada”…

    Em nada resultará!

    Boa sorte!

  • Carlos Ossola:

    Está aí a prova do que Paulo disse há milênios, “se temos corpo material, temos corpo espiritual”. Corpo e anticorpo, que permanece consciente após a desintegração da matéria bruta. Bacaninha, né? Pois é!

    • Thiago Alexandre Dos Santos:

      Amigo, o que tem haver anti matéria com espírito?
      Na boa clica em outro tópico….

    • Cesar Grossmann:

      Acho que não. Para cada tipo de partícula há um tipo de anti-partícula, mas isto não significa que cada partícula do teu corpo tem uma anti-partícula correspondente em algum lugar. Quando falam em partículas e antipartículas, os cientistas estão falando em tipos de partículas. É como falar em dodôs: dizer que eles eram columbiformes, grandes, não voavam, e outras coisas, não faz com que passem a existir dodôs. Ou dinossauros. Ou qualquer outra coisa.

      Quando você morre, o corpo material não se desintegra, mas permanece. Os átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, fósforo, cálcio, nitrogênio, potássio, cloro, ferro, enxofre e outros elementos não se desintegram. Continuam ali. Só que as células se desfazem, as proteínas são degradadas e digeridas, a água evapora, etc.

    • Genioso Irreligioso:

      “Está aí a prova do que Paulo disse há milênios… ”

      Admiro quem quer que seja que goste de ciência; até mesmo se for religioso… agora desvirtuar uma constatação científica pra validar uma crendice religiosa já é forçar a amizade! =[

  • Antonio Costa:

    Sr Grossman. Recentes descobertas apontam na direcão de que algumas partículas básicas que tem curtíssima vida, aparecendo e desaparecendo, estariam em verdade “se escondendo” em uma das outras 7 dimensões desconhecidas (Teoria das Cordas, 11 dimensões). Como essas anti-particulas se enquadram no modelo-padrão ? Ou não se enquadram? Se para cada particula se admite que existe uma anti-particula, haveria um anti-universo que conseguiríamos contactar apenas superficialmente com essas ïnduções forçadas de fazer aparecer anti-particulas como os positrons?

    • Cesar Grossmann:

      Não sei a resposta à sua pergunta, só quero fazer uma observação: sabemos que cada tipo de partícula tem uma antipartícula correspondente. Em outras palavras, existe o próton e o anti-próton, o elétron e o pósitron, e assim por diante. Na flutuação quântica do vácuo, surgem partículas e antipartículas que em seguida se cancelam. Quando se constatou isto, a primeira pergunta que surgiu é “onde estão as anti-partículas? Onde está a antimatéria no universo?” As observações apontavam apenas para matéria normal, e nada de antimatéria. Ou as observações estão erradas, ou alguma coisa aconteceu que desequilibrou o universo, fazendo ele pender para a matéria e não para o cancelamento total de matéria e anti-matéria (reduzindo tudo a energia).

      O consenso dos astrofísicos, atualmente, é que houve um desequilíbrio no início do universo, fazendo com que sobrasse energia e matéria, cancelando praticamente toda a antimatéria. Existem processos naturais que produzem antimatéria, mas em quantidade ínfima.

      Agora, o resto, se existe um universo de antimatéria, ou qual o destino das partículas que se cancelam, se elas se aniquilam (como tem sido dito) ou se elas se “escondem” em outras dimensões do espaço-tempo, é assunto por demais avançado – minha formação é de engenharia elétrica, e sou bastante curioso em física e cosmologia, mas não tenho educação formal em física ou cosmologia. Não estou capacitado a discutir o assunto.

      A pergunta é interessante, vou ver se passo adiante para algum físico ou astrofísico, e vamos ver o que acontece.

    • Henrique Sadao Kajino:

      ahn… algumas partículas realmente se desintegram… voltam a ser energia melhor dizendo, se anulando com sua contra-parte (sua anti-partícula). A grande maioria das partículas e suas anti-partículas foi mapeada no modelo padrão, relaxe quanto a isso!

      Uma das maiores diferenças pra teoria das cordas é que algumas partículas, por incrível que pareça, são simplificadas na teoria das cordas. Na verdade toda a teoria das cordas é baseada na ideia de que dependendo da “vibração da corda” uma partícula passa a ser “observável”, e como ela vibra em múltiplas dimensões, de acordo com a dimensão q ela vibra nós achamos que é uma partícula diferente, e como qualquer onda de sinal, existe uma “amplitude”, onde o pico positivo gera a partícula e a negativo gera a anti-partícula, explicando de modo simplificado.

      A anti-partícula mais complicada de ser achada é o antigravitron (não achamos nem o gravitron…) que teoricamente é a responsável pela energia da gravidade (não confundir com o Bóson de higgs, responsável por dar massa aos objetos, diferenciando basicamente o que é massa e o que é energia).

  • Genioso Irreligioso:

    Esse aparelho de “despejar rajadas de pósitrons” descrito acima poderia servir como motor pra naves rumo ao espaço sideral?… ou só terá mesmo utilidade prática como arma de destruição em massa??? =]

    • Cesar Grossmann:

      É um laser. Não sei se dá para fazer um motor de nave espacial ou uma arma de destruição em massa, mas não dá para duvidar.

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