A crise climática do século 21 foi causada por apenas 90 empresas (incluindo a Petrobrás)?

Por , em 25.11.2013

Emissões de gases pelos carros, desmatamento e queimadas são vistos como alguns dos maiores vilões causadores do aquecimento global. Mas uma nova pesquisa demonstra que os maiores culpados pela crise climática do século 21 são as empresas. Mais especificamente 90 delas, que produziram cerca de dois terços das emissões de gases de efeito estufa desde o alvorecer da era industrial. Entre esses provacadores, constam nomes como Petrobrás, Chevron, Exxon, BP, British Coal Corp, Peabody Energy e BHP Billiton.

A maioria dessas empresas está (ou já esteve) envolvida com produção de petróleo, gás ou carvão – a queima desses combustíveis fósseis intensifica o efeito estufa. Apenas sete empresas não estão envolvidas na área – eram produtoras de cimento.

Metade das emissões estimadas foi produzida nos últimos 25 anos. Nesse período, os governos e corporações já estavam conscientes de que o aumento das emissões de gases provenientes da queima de combustíveis fósseis estava causando uma mudança climática perigosa.

Atualmente, muitas dessas mesmas 90 empresas controlam reservas substanciais de combustíveis fósseis que, se forem queimados, podem colocar o mundo em um risco ainda maior de uma mudança climática alarmante.

As maiores empresas foram responsáveis por uma parcela desproporcional das emissões. Cerca de 30% delas foram produzidas por apenas 20 corporações. Os dados correspondem a oito anos de pesquisa exaustiva da Climate Accountability Institute sobre as emissões de carbono ao longo dos anos e do histórico dos grandes emissores.

Estatais

A lista de empresas conta com 31 companhias estatais, como a Petrobrás, Saudi Aramco (da Arábia Saudita), Gazprom (da Rússia) e Statoil (da Noruega). Nove eram indústrias estatais de produção de carvão em países como China, a antiga União Soviética, Coreia do Norte e Polônia.

Cálculos indicam que as empresas estatais de petróleo da União Soviética lideram as emissões de gases de efeito estufa – cerca de 8,9% do total. A China fica com o segundo lugar, sendo responsável por 8,6% das emissões globais totais. Entre as empresas não governamentais, a ChevronTexaco é líder, tendo liberado 3,5% das emissões de gases de efeito estufa até agora. A empresa é seguida pela Exxon (3,2%) e pela BP (2,5%).

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) já alertou que, se continuarmos no ritmo atual de emissão de gases de efeito estufa, o mundo terá apenas mais 30 anos para esgotar sua “cota de carbono” – a quantidade de dióxido de carbono que poderia ser emitida sem entrar na zona de perigo, com aquecimento acima de dois graus Celsius. [NYTimes/The Guardian]

5 comentários

  • Daum Comm:

    O clima não está em crise, apenas transitando lentamente de um estado a outro como o faz há centenas de milhões de anos. Amostra de neve profunda e antiga extraídas do subsolo do continente antártica revelaram que nas amostras de atmosfera das eras presas no gelo a concentração de elementos do efeito estufa na atmosfera oscila inexoravelmente num ciclo completo de cerda de 40 mil anos, onde a metade desse ciclo representa a maior diferença entre temperatura mínima e máxima.

    O interessante é que há precisamente 20 mil anos a Terra passou pelo último período de oscilação climática ‘baixa’, a Era Glacial. E 20 mil anos antes disso passou por um período de oscilação climática ‘alta’ em que a temperatura média do planeta foi semelhante à atual. Pois bem, quais “indústria” humanas poluíam a atmosfera da Terra naquela época? E com que, gás metano? Hahaha!

    As teorias de catástrofes climáticas são tão somente um conjunto de mitos explorados para atender aos interesses de um grupo, é pura especulação. Segregar o uso das fontes energéticas tradicionais, antes da padronização das novas fontes “limpas”, dará vantagem estratégica para os países que dependem enormemente destes meios ainda. Simples assim!

    Ademais, outros alardes infundados sobre o clima do planeta podem ser facilmente derrubados, tais como:

    * Os “buracos” na camada de ozônio, aqueles localizados nos polos da Terra seriam as maiores evidentes, porém sabe-se que nos polos a camada de ozônio é mais fina que a dos trópicos devido à força inercial centrífuga do globo terrestre;

    * O “aumento” do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares, claro que o gelo nos polos está derretendo, afinal a temperatura do planeta está aumentando, mas assim como um cubo de gelo mergulhado na água em um copo, a maior parte do gelo dos polos já está submerso na água ocupando seu espaço nela.

    Por fim conclui-se que infelizmente (já que preferencialmente gostaríamos do contrario, pelo bem da sobrevivência da espécie humana frente ao universo hostil) a atividade humana ainda é fraca, ínfima perante as forças implacáveis do cosmo. Nada do que criamos ou fazemos influencia de maneira significativa a natureza. O efeito borboleta tem suas limitações!

    • Viviane Priscila Silva Santos:

      Acredito que é um processo natural, porém com certeza foi acelerado.
      Não teria tanto gás carbônico sem os maiores emissores.

      Sim a maior parte do gelo na água está submersa, mas na Antártica existe gelo sobre terra.

      Mas de qualquer forma, temos que explorar de forma consciente o planeta, sendo verdade ou não.

    • Cesar Grossmann:

      Não é um processo natural, por que não foi identificado nenhum agente natural responsável pelo mesmo.

      Veja o caso do Sol. Poderia ser o Sol aquecendo a mais a atmosfera? O que dizem os observatórios solares? Segundo dados dos observatórios solares, a atividade solar diminuiu. Ou seja, de um lado a temperatura aumentando, do outro, a atividade solar diminuindo. Claramente não é o Sol.

      Poderia ser o bombardeio de partículas cósmicas? Mesma coisa, um exame da incidência de partículas cósmicas não revelou mudança alguma.

      Um aumento de vulcanismo poderia responder por este aumento da temperatura? Também não. Todos estes fatores que poderiam apontar para um ciclo foram investigados, e a resposta foi negativa.

      Qual o fator que foi identificado? O gás carbônico. Ele é um gás de efeito estufa (isto foi comprovado), sua concentração na atmosfera está aumentando (isto também foi comprovado). Mais ainda, o aumento de temperatura é compatível com o aumento na concentração do gás carbônico.

      E de onde vem este gás carbônico? Sabemos que a natureza emite mais gás carbônico que o homem, e também absorve uma quantia monstruosa deste mesmo gás, mas quanto? Aí que que se descobriu o furo no sistema, a natureza absorve uma quantia ligeiramente maior do que o que ela emite, só que não o suficiente para absorver o gás emitido pela atividade humana – pecuária e indústria.

      Negar que a mudança climática esteja sendo causada pelo aumento do CO2 na atmosfera e que este aumento está sendo causado pela atividade humana é negar os fatos que temos à disposição. É enfiar a cabeça na areia, obedecendo aos interesses de grandes multinacionais do petróleo e a tradicionais negadores da ciência.

    • Cesar Grossmann:

      O gelo que está aumentando o nível dos mares vem de geleiras como as da Groenlândia e do Alaska, que estão derretendo. O argumento de que se trata de gelo que já está na água e que não contribui para o aumento dos níveis do mar é furado…

  • Iraci Manfrin:

    coloquem as queimadas que acredito que são 50% cento responsáveis

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