Por que todos os macacos não evoluíram para humanos? Viemos dos macacos?

Por , em 18.02.2013

Apenas para esclarecer: orangotango não é macaco

Uma das perguntas que mais se ouve sobre a evolução humana é: “se o homem evoluiu do macaco, por que os macacos não evoluíram para humanos?”. Essa pergunta pode parecer que faz sentido para um leigo que pensa que os humanos são o pináculo da evolução, mas não tem lógica para biólogos. É o equivalente a perguntar “por que todas as bananas não evoluiram para maçãs?”.

Os seres humanos não evoluíram de macacos, orangotangos, gorilas ou chipanzés. Somos todos – humanos, gorilas, símios, orangotangos – espécies modernas que seguiram diferentes caminhos evolutivos, apesar de termos compartilhado um ancestral comum com alguns primatas, como os símios africanos.

A linha do tempo da evolução humana é longa e controversa, com lacunas significantes. Os especialistas não chegaram a um acordo sobre a maioria dos pontos de início e fim de várias espécies, então o gráfico envolve estimativas importantes.

Dizer que somos mais “evoluídos” que nossos primos peludos é um erro do ponto de vista biológico – experimente ver quanto tempo você dura pelado no coração do Congo sem sequer uma faca, e então volte para dizer quem é que está em vantagem evolutiva. Nesse e em muitos outros casos, a evolução não “conduz” os outros símios a se tornarem mais humanos. Portanto, é um erro pensar que somos o ápice da evolução, ou o objetivo da evolução dos outros animais. Os macacos, orangotangos e outros primatas não foram extintos pela mesma razão que todo o resto da vida no planeta: são adaptados a seus respectivos ambientes.

A idéia que macacos querem todos ser humanos é pretensiosa demais e está enraizada no conceito fundamentalmente errado de que os seres existem para evoluir e os humanos seriam o ápice da vida animal. A evolução maximiza a reprodutividade, não inteligência. Os símios pelo mundo ainda existem porque seu ambiente encorajou o sucesso reprodutivo de indivíduos com material genético diferente do nosso.

A ideia de que uma espécie vive para evoluir é colocar o carro na frente dos bois. Mutações genéticas acontecem o tempo todo, sem fanfarra e geralmente sem nenhuma mudança mensurável no estilo de vida do organismo. Em geral, as mutações que têm mais probabilidade de serem passadas para as futuras gerações são as que são úteis para a sobrevivência do indivíduo ou da espécie.

A “utilidade” de uma mutação depende bastante de fatores ambientais como comida, predadores e clima, além de pressões sociais. A evolução é uma questão de preencher nichos ecológicos e sociais.

Em resumo, a evolução é um processo contínuo de tentativa e erro, do qual os primatas modernos ainda fazem parte — assim como as bananas e as maçãs — mas cada um está sujeito às pressões do seu ambiente natural e social próprios, e são estas pressões que fazem a diferença na evolução, além das mutações. [Life’s Little Mysteries]

53 comentários

  • Batista David Santos:

    Dave hunt-um apelo á razão.livro

  • paulo rerisson:

    Agora vai dizer isso para os crentes,pra você ver como a ideologia cristã funciona na mente deles!

    • Cesar Grossmann:

      O que é curioso, por que alguns dos cientistas evolucionistas são ou se consideram cristãos. Gente como o Theodosius Dobzhansky, que afirmou que “nada em biologia faz sentido, exceto à luz da evolução”, e que fez a importantíssima síntese da genética com a teoria da evolução. E, tem também o Collins, cientista e coordenador do projeto Genome. Para citar só dois.

    • Reman.01:

      Primeiro, que os evolucionistas criaram as regras para a evolução, tipo: isso pode e isso não pode. Deem seus jeitos.

    • Cesar Grossmann:

      Reman, não são “os evolucionistas” que criaram as regras para a evolução. A evolução é um processo natural, e segue as leis da natureza. Os cientistas descobrem estas leis a partir de observação e experimentação. A partir disso, descobriram que algumas coisas acontecem, enquanto outras não.

  • blá blá blá:

    Não adianta falar sobre evolução com pessoas que não lêem, não estudam a respeito. Muitos comentários aqui são o reflexo disto.

  • Pablo Santos:

    Na verdade bananas são angiospermas e maçãs também.
    E macacos são primatas como o homem também.

  • Lucas Kater:

    Só pra constar.

    As matérias desse site são ótimas em conteúdo, mas os textos deixam muito a desejar. Não é a primeira vez que leio uma matéria e, depois de ler a matéria citada como fonte, não só passo a entender melhor o assunto como percebo que a matéria daqui é uma espécie de “tradução aumentada” e não um texto original. E uma tradução não muito boa, diga-se de passagem.

    • Lauro Bevitori:

      Então faça você o seu site e traduza melhor os textos, cara. Melhor do que eles, não tem. Ou pode ser você a salvação? O que eles já fazem é muito. E eles são os caras! Fica aqui o desafio. Abç

    • Lucas Kater:

      Ahh, o velho e batido “então faz melhor”…

      Esse “argumento” não diz nada e não serve pra nada. Alguns textos do site continuam deixando a desejar, independente de eu ou qualquer outra pessoa fazer ou deixar de fazer qualquer coisa melhor, igual ou pior.

      Tenta rebater com alguma coisa mais pertinente e que torne as minhas afirmações inválidas. Porque isso que você falou só serviu pra você gastar palavras à toa. Fica aqui o desafio. Abç

    • Frederic Skinner:

      É por isso que a fonte é citada meu querido. Isso é uma matéria midiática, jornalística. É como um informativo, uma resenha. Sua reclamação deveria ser válida caso o texto não fosse condizente com a fonte. Quer ler um texto original? procure no SCIELO ou compre um livro (e ainda assim, em sua grande maioria, serão embasados em outros teórcos)…

    • Cesar Grossmann:

      No interesse dos nossos leitores que concordam com você, que partes “deixaram a desejar”? Dá para melhorar, não? Mas a crítica tem que ser um pouco mais objetiva…

  • Juliano Bueno:

    eu não concordo em absoluto com a afirmação da reportagem de que a evolução leva à reprodutividade, não a inteligência.

    senão vejamos, a espécie que mais se reproduz, chegando a 7 bilhoes de individuos sobre o planeta, é a espécie que possui inteligência.

    inteligência leva ao domínio do ambiente, e necessariamente facilita a reprodutividade. isso não é bem óbvio?

    portanto, sob esse ponto de vista, pode-se dizer que a melhor evolução sob o ponto de vista da reprodutividade seria a aquisição de inteligência e conformação organica necessária para dominar o ambiente e a prevalência da espécie.

    • Rosana Oliveira:

      O ser humano ser a espécie que mais se reproduz? E os insetos, que dão origem a ninhadas milhares de vezes maiores, com taxa de mortalidade baixíssima?
      O que leva ao sucesso da reprodutividade é a adaptação, que não é exclusivo á inteligência.
      Vai desde a adaptação biológica até a adaptação estratégica (esta última, muito usada pelos seres humanos).

      Resumindo: inteligência e aptidão orgânica são importantes, mas uma não é melhor do que a outra.
      Tanto é que há bactérias que vivem em lugares insalubres, onde nem o indivíduo mais inteligente do mundo conseguiria.
      Repito: os insetos são de longe mais numerosos que os seres humanos.
      7 bilhões de seres humanos é mixaria perto de quantas baratas existem no planeta Terra.

    • Juliano Bueno:

      perceba que disse que a inteligência leva ao domínio do meio ambiente. Houve uma quebra de paradigma evolucionário quando o homem ultrapassou a fronteira da adaptação do seu corpo ao ambiente para modificar o ambiente para ajustar-se á sua cultura. E isso levou a uma explosão demográfica da espécie. Leia com calma, não é muito difícil de entender.

    • Cesar Grossmann:

      Juliano, se a inteligência é tão boa para a sobrevivência, por que só uma espécie desenvolveu ela ao nível de poder criar seu próprio ambiente. E por outro lado, por que outros animais tem tanto sucesso sem ter inteligência quase nenhuma?

      A inteligência é só um experimento da natureza. Outras linhas evolutivas privilegiam o tamanho, a quantidade de ovos liberados, a simultaneidade ou não simultaneidade da liberação de ovos, etc. Existem muitas estratégias de sucesso na natureza, e a inteligência ainda não se confirmou como uma estratégia vencedora – apesar de sermos 7 bilhões atualmente (as formigas devem estar nos trilhões).

    • Juliano Bueno:

      Cesar, não existe tal coisa como os outros animais terem “tanto sucesso”. isso é muito questionável. Na verdade, as espécies atuais existem pois conseguiram se adaptar ao ambiente. quando há bruscas mudanças no ambiente, estas formas biológicas em sua maioria deixa de existir. houveram várias extinções em massa na história dos organismos vivos. E outras existirão, e mesmo nós não estaremos livres dela, se não conseguirmos criar equipamentos que nos permitam sobreviver.

    • Pablo Santos:

      A inteligência nem sempre é vantagem, visto que necessita de um sistema nervoso bem desenvolvido, o que demanda muito oxigênio e nutrientes.
      Do ponto de vista evolutivo e da sobrevivência, ser inteligente muitas vezes não é uma boa ideia, pois ela se torna muito cara.
      A inteligência acaba por evoluir somente em situações muito especiais, onde ela é determinante para a sobrevivência da espécie.

    • Frederic Skinner:

      Não é o que este estudo diz…

      http://rsbl.royalsocietypublishing.org/content/9/6/20130365

    • Cesar Grossmann:

      Boa, Frederik

      The veil of ignorance can favour biological cooperation
      David C. Queller⇑ and Joan E. Strassmann

      Abstract

      Lack of information is a constraint but ignorance can sometimes assist the evolution of cooperation by constraining selfishness. We discuss examples involving both ignorance of role or pay-off and ignorance of relatedness. Ignorance can favour cooperative traits like grouping and warning coloration and reduce conflicts from meiotic drive, imprinting, greenbeards and…

    • Zeroni Santos:

      Só no seu intestino há mais de 7 bilhões de bactérias.

  • lesivini:

    Nós humanos somos mais diferenciados de nossos ancestrais do que os outros primatas são diferenciados dos ancestrais deles, portanto nossa evolução foi muito maior, é como se eles estivessem caminhando e nós correndo. A pergunta é por que nós fomos mais rápidos e sofisticados em diversos aspectos.

    • Lucas Noetzold:

      pressão seletiva

    • Pablo Santos:

      Acho que a pressão seletiva já respondeu.
      O hominídeo que deu origem ao ser humano foi o único ancestral dos primatas atuais a adaptar-se a uma savana.
      Os outros todos ficaram restritos a florestas.

  • Helder Mafra:

    COMO ESTUDIOSO E PESQUIZADOR PREFIRO UMA BOA VITAMINA DE BANANA COM MAÇÃ. ENTRE AS QUALIDADES DAS DUAS ACREDITO NA EFICIÊNCIA DA CIÊNCIA EVOLUTIVA COMO RESPOSTAS AINDA NÃO CONCLUÍDAS MAS EXISTENTES.

  • Helder Mafra:

    COMO HUMANO PERGUNTO!?…O QUE SERIA MAIS ADEGUADO A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES. A BANANA OU A MAÇÃ

  • sergio_panceri:

    maldita mania de se achar o ápice da evolução..
    gostei da colocação.. rsrs

  • César Augusto:

    Que artigo sem noção, sem lógica. Muito superficial.

  • Robson Reis:

    Porque é uma das maiores mentiras impostas à humanidade!!!

    • Pablo Santos:

      Não, pq é uma tremenda burrice achar que algum cientista alguma vez disse isso.

  • Georges Le Brun Vielmond:

    Na opinião , são os macacos menos adaptados que evoluiram para o gênero dito “humano”

  • Alex Sander:

    Artigo bem explicado,principalmente a parte da floresta do Congo que foi muito criativa.
    Já existimos a 200 mil anos mais somente a 50 Mil desenvolvemos a linguagem , o pensamento simbólico e abstrato que nos tornou humanos, casos de meninos lobos provam isso,a grosso modo e como ter um Computador de ultima geração mal aproveitado (rodando Tetris e depois instalar Crysis 2).
    Quando o Homem rabiscou um Bisão na caverna de Lascaux também criou uma linha que nos separou de nossos irmãos primatas.

  • Matianelus:

    A verdade nua e crua, por mais que a ciência pesquise, é que não podemos ter certeza de quase nada acerca de nossas origens. Também não temos como provar que só existe corpo ou que exista consciência espiritual. Os cientistas só observam é que na realidade tudo é feito de particulas que são buracos vazios. Sugerem que há energias que mantém todas densas e coesas. Os cientistas sugerirem isso é o mesmo que os ocultistas sugerirem a existência paralela de um mundo ou corpo sutil, energético. Mas no fim não há como provar nada…

    • jodeja:

      Oi Matianelus, enquanto vivermos neste vale de lágrimas (este planeta) e sem conhecimento não teremos certeza de nada. O ocultismo, que não é tão oculto assim, explica muita coisa, mas nem todos aceitam. Aí fica difícil, né?
      Podemos dizer que há vários tipos de evolução, física, biológica, moral, intelectual artística etc. A física e a biológica são importantes e por aí os símios e outros animais parecem ser mais evoluídos que nós, pois vivem na floresta sem lenço e sem documento, e conseguem viver e procriar, o que pra nós seria dificílimo, logo…
      Agora, a verdade nua e crua mesmo, só quando a costureira e a cozinheira, deixam o trabalho pra fazer fofoca.

  • Cintia Birkheuer:

    Simples…
    Porque não evoluimos dos macacos!

  • Alberto Campos:

    Todos os vertebrados tem um ancestral comum: o “picaia”. Daí abriu-se um leque de diferenças. A evolução vez isso. É claro que não evoluímos dos macacos. Temos apenas coisas comuns, como mãos ao invés de nadadeiras,etc.

  • João Evangelista Romão:

    E isso ocorre, Cesar Grossmann, porque a ferramenta[leia-se, corpo] de manifestação da consciência está defeituoso. É como a máquina que não atende bem os comandos elétricos, passando a funcionar inadequadamente.

    Nós, quando crianças, o corpo não funciona ainda perfeitamente por que não está completamente formado, quando velho, está desgastado.

    Se o homem quiser um dia compreender a si mesmo, e tudo que vive ao seu redor, deverá aprender primeiro separar as coisas: a matéria e o que a faz funcionar, e estudá-las separadamente. Enquanto a gente misturar essas duas realidades, continuaremos sabendo muito pouco.

    • Frederic Skinner:

      Seria interessante exemplificar, ou apenas especificar o que quer dizer com “matéria” e “o que a faz funcionar”. Seria uma energia, uma alma, uma substância, as relações, a bomba de sódio e potássio?

  • Revitalizando Brasil:

    Recentemente, assisti a um documentário muito interessante no Discovery tratando sobre o mesmo assunto. A situação mais aceita pela comunidade científica para o surgimento dos primeiros bípedes foi a privação de alimento em um período de seca prolongado no continente Africano, o que supostamente obrigou os símios a se deslocarem na vertical (deixando de pular de galho em galho para encontrar comida, já que não existia mais galhos para serem usados com essa finalidade). A partir desse momento, segundo o documentário, é que se iniciou o “braço evolutivo” da humanidade.

    E porque nem todos viraram bípedes? Simples, porque nem todos enfrentaram a seca prolongada na África!

  • Jonatas:

    Isso chama outro fator: Até que ponto podemos considerar símios e outros animais menos inteligentes?
    A sociedade de organismos de intelecto muito mais simples, os insetos, é mais sofisticada que muitas de nossas organizações sociais e de trabalho. Símios como o chimpanzé possuem uma habilidade de aprendizado e de solução de problemas comparável ao de crianças humanas de sete ou oito anos, golfinhos são organizados, possuem vocabulários e aprendem de forma surpreendente. Aves como corujas, pombos e corvos são capazes também de proezas incríveis.

    Se observarmos a Evolução e os caminhos que a seleção natural seguiu, preferindo os pequenos e sociais Lobos em lugar dos fortes e grandes predadores solitários que reinaram no passado, preferindo os habilidosos e pequenos dinossauros (pequenos, no início da Era Mesozóica) em lugar dos desengonçados Tecodontes, a impressão é natural:
    A seleção natural privilegia os mais espertos, os mais ágeis e os mais unidos, não os mais fortes.
    A impressão é errada, no entanto. A seleção natural privilegia as vantagens, e quando a inteligência é uma vantagem, esses animais se destacam, quando não for, serão extintos como quaisquer outros. O caso dos lobos, foi a mudança do tipo de caça que matou os animais maiores e solitários; por outro lado os lobos, menores e mais fracos, sempre precisaram se unir para sobreviver num mundo reinado por ursos-das-cavernas. Quando a caça se tornou mais rápida, substituindo pastores pacatos por cervos ágeis e rápidos demais para as emboscadas de um caçador solitário, o estilo de caça organizado prevaleceu, e os lobos prosperaram.

    Exemplo a favor de que a evolução não privilegia a esperteza, mais a sobrevivência, pode ser observados nos grandes campeões na arte de existir: os Crocodilos e os Tubarões, que estão na Terra a mais tempo que os dinossauros, entre os vertebrados, enquanto no outro flanco os insetos merecem a lembrança, tanto a classe dos insetos quanto o filo artrópodes reinam como as mais bem sucedidas taxonomias do reino animal, comparada a eles a biomassa de 7 bilhões de humanos é bem inferior.

    • Cesar Grossmann:

      Acho que somos os mais inteligentes, mas não somos os únicos inteligentes. Outros animais, principalmente nossos primos chipanzés, gorilas e orangotangos, conseguem usar ferramentas e também alterar o meio-ambiente, e tem cultura e linguagem. Todos muito toscos em comparação ao que nós conseguimos, mas mesmo assim, o germe da humanidade está em todos eles.

    • mentemateria:

      Erwin Schrödinger,nos mostrou em seu pequeno famoso livro como é inconsistênte acharmos nossa mente dentro desse mundo de energia,espaço-tempo.Como ele próprio diz é um paradoxo aritmético.Penso que matar componentes de uma orquestra não condena a 9º sinfonia,ela continua “lá” ,íntegra e bela.

    • Lucas Noetzold:

      Isso é algo que me fascina, uma vez eu tentava imaginar como é o mundo na visão de um animal, como é a percepção dele do mundo e de si mesmo (esta última nem sempre presente). Agora imagino que, alguns animais como os citados chimpanzés, gorilas e orangotangos, veem o mundo da mesma forma que nós.

    • Martins13:

      Acho que todas as teorias serão válidas até determinado ponto e valem o que valem até serem deitadas por terra. A questão não se prende com o facto de sermos ou não todos frutos de uma evolução pois sem qualquer dúvida que somos – aliás esse facto é constatável dia após dia durante a vida de um ser humano. A grande questão está pois no Elo Perdido, no que aconteceu naquele curto espaço de tempo que permitiu uma evolução brutal não só a nível físico mas também a nivel comportamental e cerebral. Muitas questões se levantam e nem mesmo antropólogos ou cientistas chegam a um acordo pois se olharmos com atenção tudo evolui a toda a hora, sejam plantas, sejam micróbios sejam animais mas nunca mais teremos aquele ser único que nos deu origem pois já evoluiu… Isto é no mínimo bizarro. E se tudo faz parte de uma cadeia de eventos cujas consequencias adveêm de acontecimentos anteriores porque perdemos o pêlo que tinhamos se depois fomos utilizar roupa para nos protegermos? Ou será que a questão tem de ser feita ao contrário – será que perdemos o pêlo por começar a utilizar roupa? Em qualquer uma das perguntas a resposta será sempre seguida de enorme controvérsia e levantará a mesma questão.
      Algo ocorreu e para mim foi tão simples como uma mutação genética propositada e não simplesmente evolução..

  • João Evangelista Romão:

    O maior problema da maioria dos humanos é enxergar nos animais apenas a carne que anda.

    Muitos ainda não percebem que o corpo é apenas um instrumento transitório da Consciência [Consciência somos todos nós: eu, você, o macaco, a bactéria…] construído e evoluído ao longo de bilhões de anos, deixado como molde para habitar outras que caminha em carcaças menos aperfeiçoadas.

    Isto é, esse mesmo modelo corporal [no caso, do macaco] servirá de veste transitória a outras consciências que habitam hoje em outros modelos diferentes, como a bactéria, por exemplo. Esta, daqui a bilhões de anos, já tem um arquétipo pronto, de herança, para transitar em sua viagem até nós, que, em se falando de corpos, também não é lá essas coisas.

    Cada consciência ao transitar nestes corpos, edificados por infinitas combinações genéticas ao longo da existência terrena de todos nós, deixando cópias em formatos diversos para trás, também deixa a sua contribuição [genética], aperfeiçoando-os cada vez mais.

    Enquanto a consciência [que não é o corpo] que começou construindo em torno de si apenas uma célula, mais tarde se “ver” combinando inúmeras, apurando-as e reestruturando-as de reprodução em reprodução. Junto com essa evolução meramente material, através das retenções das experiências vividas em sua trajetória, ela avança intelectualmente, melhorando gradualmente a si mesma e como consequência, o corpo.

    O corpo, portanto, nada mais é que o acúmulo de energias [alimentos] retidas em nossa estrutura consciencial, a qual também é resultante [evolução] desta longínqua viagem. Ou seja, o corpo é simplesmente o que a gente come!

    Assim, a consciência [seja a bactéria, a formiga, o elefante, o homem] só é visto nesta dimensão porque está se alimentando, retendo uma parte dessas energias. Parou de se alimentar, perde o seu escudo visível. Voltou a se alimentar, readquire-o!

    • jodeja:

      Concordo João, com tudo que você diz. Muitas pessoas ainda não são capazes de compreender que a Consciência, a Centelha Divina, está em tudo. No mineral, no vegetal e no humano.
      Um dia a humanidade evoluirá e saberá de muito mais coisas.

    • Cesar Grossmann:

      A “consciência” (eu, ciente de minha existência), é uma construção do cérebro. Acaba o cérebro, acaba a consciência. Tumores e danos no cérebro são capazes de alterar completamente a personalidade, em alguns casos de uma forma que é triste demais para as pessoas que amam o paciente: vêem uma pessoa amorosa, alegre, simpática e confiante se tornar odiosa, mesquinha, desconfiada, paranoica.

    • João Romário:

      Assim há quem prefira pensar…

    • JHR:

      Cesar
      Complementando seu comentário, alem de tumores e danos cerebrais, adicione-se drogas e alcool que podem alterar a nossa percepção e personalidade.
      Mas o fato é como interpretamos a consciência. No seu exemplo determinista, a consciência é um subprotudo do cérebro. Danifica-se o hardware e o software desaparece.
      Mas você como engenheiro elétrico bem sabe que um multimetro descalibrado ou com mal funcionamento lhe dará medições equivocadas ou não funcionará, embora a grandeza medida continue existir independente do seu multimetro.
      Em uma palavra, a consciência é diferente de ego e existe independentemente do cerebro…

    • kid redman:

      Somos o ápice da evolução pelo fato de sermos os únicos com consciência auto-reflexiva e com tendência forte à espiritualização (perdoem-me os céticos e materialistas de plantão)

    • kid redman:

      tsk tsk tsk… esse vai demorar um pouco mais a chegar lá… um manvantara é pouco para alguns…

    • Frederic Skinner:

      Ah… agora entendi seu ponto de vista João E. Romão. E que Jung esteja convosco.

  • Lucas Noetzold:

    Engraçado como as pessoas tem dificuldade em entender seleção natural, e assim entender que em biologia evoluído é quem faz mais filhos. A propósito, ótima matéria!

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