Qual a diferença entre um asteroide, um cometa, um meteoro e um meteorito?

Por , em 18.02.2013
Asteroide Eros

Sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013, foi um dia de emoções fortes para os habitantes da Terra: algumas horas depois de um meteorito explodir na Rússia e deixar mais de mil feridos, um gigantesco asteroide passou “perto” do nosso planeta. Em meio a esses eventos, muitas pessoas ficaram curiosas a respeito dos diversos corpos celestes (asteroides, cometas, meteoros) que “habitam” o sistema solar. Quais as diferenças entre eles?

Asteróide

Um corpo rochoso inativo, relativamente pequeno, que orbita o sol;

Cometa

Um corpo composto por rocha e gelo, às vezes ativo. Quando o gelo é vaporizado pelo calor do sol, forma-se uma espécie de atmosfera em torno do cometa e, se o objeto estiver em movimento, forma-se uma “calda” de poeira e/ou gás;

Meteoroide

Um pedaço de um cometa ou asteroide que orbita o sol;

Meteoro

Gande corpo rochoso que, quando entra na atmosfera terrestre, queima e, dependendo do tamanho, se desintegra antes de chegar atingir a superfície do planeta;

Meteorito

Um meteoroide que consegue passar pela atmosfera terrestre e atingir a superfície do planeta.

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Segundo dados divulgados pela NASA, diariamente a Terra é “bombardeada” por mais de cem toneladas de poeira espacial e partículas do tamanho de grãos de areia.

Cerca de uma vez por ano, um asteroide do tamanho de um carro médio atinge a atmosfera terrestre. A cada 2 mil anos, em média, um meteoroide do tamanho de um campo de futebol atinge a superfície da Terra.

Por fim, a cada alguns milhões de anos, aparece um corpo espacial grande o suficiente para ameaçar a humanidade, caso atinja o planeta – há gigantescas crateras provocadas por esses corpos em outros planetas.

Tamanho é documento

Se um corpo celeste tiver uma largura menor do que 25 metros, é muito provável que se queime na atmosfera terrestre sem causar qualquer dano significativo ao planeta. Se um meteoroide tiver mais de 25 metros, mas menos de um quilômetro de largura, é provável que chegue a danificar consideravelmente a área de impacto e seus arredores.

Acredita-se que qualquer corpo celeste maior que isso poderia causar efeitos globais. Para se ter uma ideia, asteroides encontrados no cinturão entre Marte e Júpiter (e que, não se preocupem, não representam uma ameaça à Terra) podem ter mais de 940 km de largura.

Calcular a órbita de corpos celestes como cometas e asteroides é um trabalho complexo e, como depende de observações feitas em épocas diferentes, pode ser demorado. Contudo, novas tecnologias e novos dados coletados facilitam o trabalho cada vez mais.[NASA] [I F*cking Love Science]

3 comentários

  • ENAX:

    Basta uma colisão no cinturão de asteroides para que detritos venham em direção à terra. Logo, por ser uma ação aleatória, não se pode dizer se será daqui a três dias, três anos ou três mil anos. O risco existe e se a humanidade não tomar as precauções necessárias poderá ter surpresas desastrosas… Como a velocidade dos detritos é muito grande teríamos de ter melhores meios de detecção a tempo de execução de alguma ação preventiva, senão seremos meros assistentes da destruição. Grandes asteroides já passaram muito perto do nosso planeta, mas tivemos sorte. A pergunta seria: por quanto tempo vai durar a nossa sorte??

  • Marcelo Moura:

    Não devemos confundir “da parte externa do sistema solar” com ” de fora do sistema solar”.
    Precisamos de uma correção urgente.

  • Rone Firmino:

    Belo post, Guilherme..O trabalho de observação para calcular as orbitas dos objetos celestes, depois do evento de 15 de fevereiro, com certeza será aumentado. Ainda assim será um trabalho longo, e podemos ser pegos de surpresa de novo. Mas só que sem a mesma sorte referente ao angulo da queda.. Alguns graus mais na vertical será catastrófico. Este ultimo, percorreu muita atmosfera antes de explodir, como se nota nos videos. Ou seja, houve tempo para reduzir a velocidade e provavelmente fraguimentar-se antes de explodir..Se o próximo vier em um angulo diferente, mesmo sendo menor… Nem é bom imaginar.. Não conhecemos quase nada de objetos acima de 50 metros.. O que dirá então de ao redor de 17 metros? Detalhes aqui: http://portuguese.ruvr.ru/2013_02_20/Astronomos-conhecem-menos-de-2-dos-objetos-espaciais-perigosos/

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