Explosão no céu da Rússia NÃO teve relação com asteróide que passa raspando na Terra hoje, afirma NASA

Por , em 15.02.2013

A grande explosão no céu que deixou cerca de 1000 pessoas feridas na Rússia não tem relação com a passagem de hoje do asteróide 2012 DA14, afirma um especialista da Nasa.

Don Yeomans é expert em asteróides e coordena um projeto de sondagem de objetos próximos à Terra. Segundo ele o objeto que explodiu teria sido um bólido.

“Se os relatórios de danos forem confirmados podem sugerir que um objeto com o tamanho original de vários metros de extensão antes de entrar na atmosfera, fragmentou-se e explodiu devido à diferença de pressão no lado frontal versus o lado posterior (achatou e explodiu) (…) Mas é muito cedo para dar estimativas da energia liberada or fornecer estimativas confiáveis sobre o tamanho original.”, disse Don para o site Space.com.

O cientista também afirmou que o evento não deve ter relação com o asteróide 2012 DA14 que estará passando a 27 mil km da Terra hoje. A principal evidência de que os eventos não estão relacionados é que o asteróide passará na direção note-sul e o bólido não tinha a mesma orientação.

Fragmentos brilhantes do objeto pareciam “chover” após a explosão que as autoridades russas afirmaram ser um objeto de cerca de 10 toneladas. Pequenos pedaços do meteorito podem ter chegado ao chão e em um lado a cerca de 80km de Chelyabinsk.

A Academia de Ciências russa afirma que o evento pode ter relação com o asteróide 2012 DA14, contradizendo o especialista da Nasa.

Não foi detectada radiação próximo ao local da explosão, o que elimina a possibilidade de algum artefato atômico ter sido detonado. [NY Times, Space, com dicas do colaborador Cesar Grossman]


Nota: Tem gente que não perde tempo. O evento ocorreu há poucas horas e já tem quem esteja vendendo rochas que alegam ser do bólido que explodiu na Rússia etiquetado como sendo pedaço do asteróide 2012 DA14:

meteorito russia

36 comentários

  • Alex Sander:

    Sobre o meteorito Russo já têm uma artigo na Wikipedia
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteoro_de_Cheliabinsk
    As informações é que “supostamente” ele tinha 17 metros, 10 Mil toneladas de massa ,uma velocidade de 108 Mil km P/Hora e explodiu a 27 Mil metros de altitude a 40 km de distância da Cidade de Cheliabinsk ,liberando 500 Kiloton (38x Bomba de Hiroshima)
    É bem provável que o evento do Rio Curuça que ocorreu no Brasil em 1930 tenha sido mais potente mais o Governo Brasileiro nunca se interessou em estudar a fundo esse episódio.
    Aqui têm uma lista de quedas de meteoritos já registrados,mais faltou uma suposta queda no Tocantins em 2005 :
    http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_meteor_air_bursts

  • Edinei Júnior:

    Não sou especialista, mas concordocom os cientistas russos. A probabilidade de dois eventos cósmicos como estes ocorrerem já são muito baixas, as probabilidades de ocorrerem simultâneamente são mais baixas ainda, as probabilidades de ocorrerem simultãneamente sem qualquer relação entre si são ínfimas.
    Sei que posso estar sendo apenas mais um daqueles idiotas fanáticos sobre teorias da conspiração, porem creio que o fato de a NASA afirmar tão incontestávelmente um evento tão improvável possa ser uma forma de acobertar uma tentativa falha do desvio de rota do asteróide em questão, ou, quiçá até mesmo o teste de desvio de meteoritos para fins militares…

    Pode parecer surreal, mas é de se pensar. Ainda mais quando se leva em conta ohistórico dos Estados Unidos…

  • Frank Oddermayer:

    Escrevi um livro que mistura romance-ficção-realismo explicando o que a maioria dos astro-físicos e esotéricos já desconfiam: foi a explosão de um OVNI.

    Quem tiver interesse, está nos sites das Editoras Agbook (http://agbook.com.br/book/124940–O_Misterio_Siberiano) e Clube de Autores (http://www.clubedeautores.com.br/book/124944–O_Misterio_Siberiano)

  • Ana Suzuki:

    Diante desses comentaristas que entendem do assunto, nada posso dizer. Só posso lamentar a ocupação excessiva do planeta, hoje com 7 bilhões de habitantes. Terremotos, erupções vulcânicas, tsunamis, queda de meteoritos, tudo isso sempre existiu, porém, no mais das vezes, aconteciam em lugares desertos, sem que
    houvesse testemunha.

    • Cesar Crash:

      Então você acha que seria muito bom se o planeta tivesse menos gente?

  • Alberto Campos:

    Idêntico ao ocorrido em Tungusca na Sibéria em 1908, só que aquele teve consequências bem piores.

    • Marcos – DF:

      Bem melhores, pois não feriu ninguém !
      Abraços

  • José Ferreira Santiago:

    A grande explosão no céu que deixou cerca de 1000 pessoas feridas na Rússia não tem relação com a passagem de hoje do asteroide 2012 DA14, afirma um especialista da Nasa.
    que estará passando a 27 mil km da Terra hoje…Afirma o cientista J F Santiago, sempre é bom ficarmos atentos com estes tipos de fenômenos da natureza, nunca se sabe o que o futuro nos reserva…

  • maxion:

    talves o meteoro fosse oco e com o calor atingido ele tenha explodido como um tanque de gaz,liberando uma energia incrivel, esa energia afetou nossa atmosfera como se fosse uma tempestade,liberando energia muito alem do normal ,fazendo um efeito como de uma bomba atomica.

  • Cesar Grossmann:

    Um aviso. Se alguém vir uma propaganda do eBay de um pedaço do bólido que explodiu na Rússia, é fajuto.

  • neutrino:

    Geralmente um meteoro entra em combustão quando cai na atmosfera e se transforma numa bola de fogo.
    O material de um meteoro é pedra mesmo.
    Mas o texto está dizendo que é um meteorito.
    Milhares deles cai por esse mundo afora e ninguém se dá conta. Aquilo que muitas vezes é chamado de estrela cadente, muitas vezes é um meteorito em chamas.

  • Andre Luis:

    Coincidências existem, sim isso é fato, porém se pensarmos matematicamente, a probabilidade desses dois eventos ocorrerem em conjunto é mínima, eu não posso afirmar nada é claro, mas este objeto que explodiu no céu da Rússia, talvez tenha algo relacionado. A principio, a informação que foi passada, é que os dois eventos tem trajetórias diferentes, ou seja, excluindo qualquer relação entre eles, porém, mesmo assim, eu acho que faltam informações mais precisas, e o pouco que eu sei, não dá para ter nenhuma conclusão melhor, então, vamos aguardar mais informações.

    • Duda Weyll:

      Não é bem assim… Um objeto com 1 micrômetro de diâmetro atinge a Terra a cada 30 milissegundos, 1 milímetro a cada 30 segundos, 1 metro a cada ano, 10 metros a cada 10 anos, 100 metros a cada 1000 anos, 10 quilômetros a cada 100 milhões de anos… É claro que é uma média e amanhã pode haver outro, pois a chance existe sempre.

    • Cesar Grossmann:

      São eventos com probabilidades diferentes. O bólido que explodiu sobre a cidade russa é relativamente comum, só que na maior parte das vezes atinge regiões desabitadas.

      É como se você achasse incrível que um fusca vermelho estivesse saindo de uma rodoviária ao mesmo tempo que um ônibus. Ônibus saem toda hora, e quando um dia tiver um fusca vermelho saindo de lá, são grandes as chances que tenha um ônibus saindo de lá também.

  • Marco Checon:

    Esse objeto que explodiu no céu poderia ser composto de que ? gelo ou rocha ?
    se fosse um de ferro talvez ele resistiria ao atrito e atingiria o solo certo?
    O mais incrível foi a energia luminosa liberada e nunca imaginei que daquela altura de onde o objeto explodiu pode liberar essa onda de choque de cima pra baixo, as leis da físicas são interessantes e até divertidas de se apreciar.

    • Cesar Grossmann:

      Provavelmente de rocha densa (3.000 kg/m³). Para saber se ele atingiria a Terra se fosse de ferro, só usando um simulador.

      Tem uma coisa interessante sobre a energia. Um tempo atrás se acreditava que a energia liberada pelos meteoros tinha que ser imensa, por causa da grande porção que atingia a Terra (caso do evento Tunguska, por exemplo). Só que esta ideia era equivocada, os astrônomos e físicos estavam modelando a explosão do asteroide como se fosse uma bomba atômica, jogando energia para todos os lados.

      Mas depois de algumas análises, se descobriu que na verdade a distribuição da energia era muito maior ao longo do eixo do asteroide. Ou seja, ele não explodia como uma bomba atômica, mas como um jato de energia. Com isto, a energia que atinge o solo é a maior parte da energia criada pela explosão, ou seja, a intensidade da explosão é mais parecida com a intensidade da energia que atinge o solo.

    • Sebastiao Inacio:

      A gente também pensa. Nunca um especialista irá me convencer que isto foi coincidência. Mas há uma lição bem real nisto tudo. Não temos controle dos céus. Nem os países avançados conseguem ditar suas regras lá em cima. Nem embaixo. Perguntem se controlamos terremotos, vulcões ou tsunamis. O papel destas agências governamentais sempre foi de acalmar a população com desinformados associadas aos seus propósitos manter o poder e sua agenda de dominação dos seres humanos como se fôssemos gado. Mas se vocês têm fé num funcionário do governo, fiquem por sua própria conta e risco. Afinal a maioria não lê, não vê os desdobramentos e prefere assistir televisão, se drogar, curtir futebol, carnaval e redes sociais.

  • jodeja:

    E quando digo que o que sabemos sobre o universo é um copo d’água e o que precisamos saber é um oceano, logo dizem: Que isso? Os cientistas estudam muito, eles sabem coisas que nós não sabemos.
    É necessário humildade para tudo. Quando temos consciência de nossa ignorância, já não somos tão ignorantes.

    • Marcos – DF:

      Pois é, e em vez de dizerem ‘não sabemos, mas vamos estudar’ preferem dar respostas estapafúrdias e muitas vezes, sem sentido algum. Falta a humildade !
      Abraços

  • Ramon De Souza Vieira:

    Não é tão incomum a queda destes corpos do espaço… já vi centenas de videos no youtube da queda de meteoritos pelo mundo todo, esse só se destacou por cair em um local habitado, já que a maioria cai em florestas ou desertos, ou no mar.

  • Rone Firmino:

    Pois é a velha briga: EUA ( Nasa) e Russos. Os Russos já deram um baile nos Eua desde o começo da exploração espacial.. Eles não querem descartar a correlação com o 2013 DA 14.. Russos tem os pés mais no chão. Americanos são mais orgulhosos e se gabam de seus feitos tecnológicos.. De qualquer forma, objetos relativamente pequenos como este que explodiu a cerca de 10km de altitude,( algumas fontes extimam 30 á 50) nunca serão TODOS rastreados. Deslocando-se á 30m kms ou mais dependendo do angulo da queda densidade da atmosfera…

    • Cesar Grossmann:

      Nada a ver, Rone. O asteroide veio do sul, a cidade soviética é no norte. Entre os dois, a Terra. Como é que o asteroide vai acertar a cidade? Não tem como.

    • Sebastiao Inacio:

      Você viu? Estava lá filmando? Ou apenas tem crença?

    • Rone Firmino:

      Como eu escrevi no meu post: ” os Russos é quem ainda não descartavam um relação dos eventos, mas com certeza se retrataram depois que obtiveram dados confiaveis das orbitas.. Á propósito, muito boa sua analogias no ultimo comentário..

    • maxion:

      quem foi do sul para o norte??? esse que explodiu?

    • Jonatas:

      Os russos acreditam em OVNIs, acreditam em conspiração USA – Alienígenas, e muitos consideram a Área 51 um fato. Exagero, sensacionalismo, ou um fato, não sei. Mas pra falar a verdade, mesmo com a formidável contribuição da Nasa e da ESA para o nosso atual conhecimento do Sistema Solar e do Universo, ainda confio mais na astronomia e astronáutica daqueles que colocaram o primeiro homem no espaço e ainda conseguem fazer isso com maestria do que daqueles que colocaram o homem na Lua mas hoje ainda penam pra sequer colocar homens no espaço.
      Com o tempo, a China ultrapassa os dois, está a poucos passos disso.

  • Jonatas:

    Então está bem, que os mil feridos fiquem tranquilos, afinal, a Nasa sabe… Vamos ver as coisas com atenção, se as agências espaciais tivessem um rastreamento do céu bom o suficiente pra garantir coisas como essa esse objeto jamais teriam nos pego de surpresa como aconteceu essa manhã.
    Pra mim, a questão está aberta, as agências fazem o que podem, o que a tecnologia nos permite atualmente, mas sem essa, não da pra ter certeza de que esse asteróide não está relacionado ao evento, e nem se ele não tem companheiros menores junto com ele, se ele é um asteróide entulhos, ferroso ou carbono.
    Astrônomos, profissionais e amadores, atenção redobrada… o rastreamento de NEOs nunca é o suficiente. Esse asteróide está passando muito perto, vai colidir? provavelmente não, mas cuidado, nunca é demais – sem certezas, sem dizer que ele não perturba e não exige atenção, exige sim.

    • Cesar Grossmann:

      Não sei, Jonatas. Se o bólido tinha 10 toneladas, e fosse feito de rocha sólida, isto significa pouco mais de 3 m³ de rocha. Não chega a 2m de diâmetro.

      O Neil deGrasse Tyson apontou que os radares não conseguem detectar estas menores. Mas por outro lado, só 1% ou 10% dos asteroides de 50m de diâmetro, com mais de 100.000 toneladas, foi rastreado. E estes são muito mais perigosos.

      Sobre saber se estão relacionados, tem sim, como saber. Se o 2012 DA14 tivesse sido fracionado, teríamos uma corrente de asteroides caindo, um a cada meia hora ou coisa assim (lembra daquele cometa que se partiu e caiu em Júpiter, os pedaços como um colar de pérolas mergulhando no gigante gasoso? Assim).

      Além do mais, a cidade russa fica no paralelo 55 do hemisfério norte, e o asteroide 2012 DA14 veio da direção sul, da direção -81°. Do ponto de vista do asteroide, a cidade russa estava no “para brisas traseiro”, enquanto a Antártida, Austrália e aquela região ali era o “para brisas dianteiro” da Terra. Não tem como o asteroide 2012 DA14 ou seus supostos fragmentos atingir a cidade russa.

      Finalmente, uma observação. A determinação da órbita de asteroides é ciência exata. A computação da primeira órbita é feita com erros, mas cada dia de observações representa mais dados e uma diminuição na margem de erro. Quando um astrônomo diz que não há risco de colisão, não há risco de colisão.

    • Jonatas:

      Não duvido que o estudo de asteróide seja possível como uma matemática exata de precisão, o que questiono é se temos essa precisão. Também não duvido do que os astrônomos dizem, confio neles, mas nesse caso em especial, não totalmente.
      Isso porque, sabemos que os objetos viajam no espaço em função da gravidade solar e sua velocidade orbital, podemos até estimar a direção de onde vieram e pra onde vão, mas ao passar perto de planetas, o cenário ainda é muito duvidoso, ao meu ver. Um Planeta como a Terra, com alta gravidade (somos o maior corpo nessa parte do Sistema Solar, e até os vizinhos a sentem), e uma rotação rápida para o seu tamanho, pode mudar um objeto sob sua influência para uma trajetória completamente imprevisível, o que impede a certeza em estimar com precisão mínima confiável qual a sua direção original, antes da entrada em nosso campo gravitacional.

  • Duda Weyll:

    Há 610 mil asteroides monitorados e teoricamente só representam 1% dos 6 milhões que orbitam o Sol.

    • Duda Weyll:

      60 milhões*

    • Cesar Grossmann:

      A esperança é que estes dois eventos fantásticos deste inesquecível dia 15 alertem os congressistas americanos que eles devem fazer chover dinheiro na horta da Nasa, para:

      1. aperfeiçoar os sistemas de rastreamento de asteroides

      2. desenvolver e testar um sistema de deflexão de asteroides

      3. preparar planos emergenciais.

      Não se trata de uma questão de “se algum dia seremos atingidos”, mas “quando seremos atingidos”.

  • Gilmar Oliveira Ferreira:

    Bom, agora tem mais um motivo para o homem ir para marte o mais rápido possível, sendo que a terra não é tão vulnerável quanto Marte, mas vai que acontece de cair um asteroide que causaria extinção de muitas espécies.

    E mesmo que detectassem os meteoritos, o que fariam?

    O que aconteceu na Rússia foi muito rápido, e enquanto não tivermos tecnologia para abater esses corpos, sempre teremos um risco de coisa pior para acontecer.

    • Cesar Grossmann:

      Gilmar, os pequenos como este que caiu na Rússia não são detectados pelo radar. Só são descobertos quando é tarde demais.

      Quanto aos maiores, como o 2012 DA14, bem, ele foi descoberto o ano passado. Se ele estivesse em rota de colisão, a única coisa que poderiam fazer é determinar com o máximo de precisão onde ele colidiria e tentar tirar a maior quantidade de gente daquela região, se for habitada. Se for uma cidade com alguns milhões de habitantes, seria impossível retirar todo mundo antes da colisão.

      Além disso, os serviços de recuperação de desastres, como a FEMA ou a Defesa Civil teriam que preparar-se para “o dia seguinte”: caos, danos materiais, gente precisando de socorro, etc. Depois a crise de alimentos, etc., conforme o tamanho do meteoro.

      Tem alguns simuladores de impacto de meteoro na internet, é só colocar como dados 50 m de diâmetro, velocidade de 12 km/s, e asteroide de ferro. O impacto é igual ao Meteor Crater, no Arizona.

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