10 náufragos que sobreviveram para contar sua história

Por , em 22.02.2012

Pessoas que sobreviveram a situações extremas são fascinantes. Quanto tempo você acha que conseguiria aguentar após uma avalanche, queda de avião em local inóspito ou um naufrágio no oceano? A resposta é: depende. Depende do quão preparado você está para as situações, e até mesmo de sorte.

Milhares de pessoas já se perderam no mar para nunca mais serem vistas novamente, mas ainda assim, existe uma pequena porção que sobreviveu apesar das chances serem ruins. Confira a história delas:

10 – Brad Cavanagh e Deborah Kiley

Em um dia de sol de 1982, um barco saiu para uma viagem de rotina, entre o Maine e a Flórida, nos EUA. Havia cinco pessoas a bordo, John Lippoth e sua namorada Meg Moony, Mark Adams, Brad Cavanagh e Deborah Scaling Kiley. Apesar de terem que se aguentar durante a viagem, eram todos estranhos, com exceção de John e Meg. O começo já foi ruim, com John e Mark se estranhando e ambos bebendo muito. O tempo começou a piorar no segundo dia no mar, com uma tempestade de 11 horas.

Enquanto Brad e Debora ficaram no comando do barco, John, Mark e Meg ficaram embaixo do deck, bebendo. Quando John e Mark ficaram sóbrios, Debora e Brad finalmente foram descansar. Eles acordaram no meio da noite com gritos desesperados, e perceberam que o barco estava inundando rapidamente. John e Mark haviam prendido o timão e voltado a dormir.

Eles tentaram usar um pequeno barco salva vidas, que foi levado embora pela tempestade. Por sorte, eles tinham um bote inflável, onde todos entraram. Meg, que foi pega pelas cordas, chegou ao bote com cortes quase até o osso, nos braços e pernas.

Quando a tempestade se acalmou, apenas no dia seguinte, eles observaram que vários tubarões estavam ao seu redor. No terceiro dia, Meg já havia perdido muito sangue, e estava em estado praticamente catatônico, sem falar ou se movimentar. Mark e John haviam começado a beber água do mar, e começaram a ficar cada vez mais incoerentes e irracionais. John foi o primeiro a sair, pensando ter visto terra firme. Ele disse que ia comprar alguns cigarros, saiu do bote e nadou uma pequena distância, até afundar. Pouco tempo depois, Mark disse que queria dar um tempo, caiu do bote e foi devorado pelos tubarões. Na quarta noite, Meg morreu.

Na outra manhã, quando Brad e Deborah acordaram, o corpo de Meg estava rígido e eles a jogaram no mar. Pouco tempo depois, eles viram um barco se aproximando. Foi o fim da desastrosa viagem. História de filme.

9 – Troy e Josh

Em 25 de abril de 2005, Josh Long (17 anos) e seu melhor amigo, Troy Driscoll (15 anos), decidiram pescar tubarões na Carolina do Sul, sem perceber as bandeiras de aviso perto da praia. A maré levou-os rapidamente, e no estado nervoso de tentar voltar, John acabou derrubando sua nova vara de pescar. Frustrado, jogou as iscas no mar também.

Os garotos começaram sua jornada sem nenhuma comida ou água, ou meios pra conseguir isso. Além disso, eles não possuíam nenhum tipo de proteção contra o sol, fora suas roupas. O que podiam fazer para se refrescar era dar pequenos pulos na água, mas após um encontro com um tubarão, eles pararam.

Eles conseguiram aguentar por incríveis seis dias sem água e uma ocasional água-viva como comida. No sexto dia, após escrever mensagens de adeus no barco para suas famílias, eles ouviram outro barco e conseguiram ser vistos. Após o salvamento, eles foram direto para o hospital. A condição de Troy era tão ruim que os médicos disseram que ele iria sobreviver por apenas mais algumas horas. Mas eles estavam errados.

8 – Amanda Thorns e Dennis White

Amanda Thorns (25), seu pai Willie (64) e o padrinho Dennis White (64), saíram de Cape Cod no dia 6 de novembro. Apesar de Amanda ter viajado de barco com seu pai muitas vezes na região, era a primeira viagem longa dela, com destino a Bermudas.

Cerca do meio dia, o mar ficou muito agitado e eles foram obrigados a ficar na cabine esperando. Na quarta noite, com a tempestade ainda acontecendo, Willie ficou no deck cuidando de tudo enquanto Amanda e White tentavam dormir um pouco. Nesse meio tempo, ondas de 10 metros de altura bagunçaram o barco inteiro. O capitão, assim como o mastro e outras coisas, ficou preso em um amontoado de cordas, ao lado do barco. Eles tentaram de tudo para tirá-lo de lá, mas no fim tiveram que cortar as cordas.

Pelos próximos três dias, Amanda e White amarguraram a perda do pai e melhor amigo de dentro do deck, tirando água constantemente e tentando se manter quentes, enquanto a tempestade continuava. Tendo perdido todos os equipamentos de comunicação e energia no barco, não havia muito a se fazer. Enquanto isso, eles ouviam o mastro (que continuava pendendo do lado do barco) e a âncora serem atirados contra o barco, sabendo que em breve o estrago seria completo.

Dez dias após a morte do capitão, White conseguiu puxar a âncora para dentro. Como uma última tentativa de salvação, ele pegou o mastro de três metros e o recolocou no ponto principal. Com isso, eles chegaram a velejar 80 quilômetros no primeiro dia, com bom rendimento no segundo dia, quando finalmente um barco os avistou.

7 – Sobreviventes da caixa de gelo

No dia 23 de agosto, o barco de pesca de madeira Tailandês, com 20 passageiros, se partiu em pedaços e afundou. A maior parte da tripulação afundou junto e nunca mais foi vista. Dois homens entraram em uma caixa de gelo, usada para guardar peixes.

Um ciclone próximo foi o desencadeador os fortes ventos que causaram o desastre, e foi pura sorte a caixa não ter virado também. Ao mesmo tempo em que o clima foi uma maldição, foi uma benção, já que as chuvas das monções trouxeram água fresca.

Eles ficaram flutuando na caixa, comendo um pouco de peixe velho que estava lá e bebendo água da chuva até o dia 17 de janeiro. Eles foram avistados por pura sorte, por um avião que passava por ali. Após o resgate, foram levados para o hospital, com séria desidratação, fome e queimaduras solares extremas.

6 – Os garotos de Fiji

Quando Samu Perez (15), Filo Filo (15) e Edward Nasau (14) decidiram ir para casa, saindo do atol Atafu em um barquinho de metal no dia 5 de outubro, mal sabiam o que os esperava.

O barco foi levado para longe de seu curso por correntezas muito fortes, e eles foram declarados mortos após longas buscas. Os parentes, em conjunto com 500 pessoas, choraram suas mortes e fizeram um serviço memorial para eles, enquanto eles flutuavam no oceano. Mal sabiam as famílias que os filhos apareceriam, 50 dias depois.

Enquanto se mantinham no barquinho, os garotos conseguiram ficar vivos comendo peixes crus e uma gaivota que cometeu o erro de pousar onde estavam os três famintos. Toda manhã eles tomavam a água da chuva que se acumulava no fundo do barco. Apenas dois dias antes do resgate, a morte pareceu iminente quando eles começaram a tomar água do mar, devido à escassez de chuvas nos dias anteriores.

Perto do fim de novembro eles foram encontrados por um barco pesqueiro. Eles não conseguiam nem ficar de pé direito, mas sobreviveram.

5 – Steven Callahan

Steven Callahan era um marinheiro experiente, arquiteto naval e inventor, e planejava viajar das Ilhas Canário até as Bahamas, pelo Atlântico, em um barco de 6,5 metros construído por ele mesmo. Cerca de uma semana após o começo da aventura, o barco sofreu um dano durante uma tempestade. Ele foi forçado a abandoná-lo com o bote salva-vidas e alguns suprimentos. Entre esses, estavam um saco de dormir, comida e água, cartas de navegação, um arpão, um equipamento para converter água do mar em água potável e uma cópia do livro “Sobrevivência no Mar”, de Dougal Robertson.

Sabendo que ninguém em terra firme esperava ouvir dele durante algumas semanas, o jeito era sobreviver. Durante 76 dias, ele flutuou pelo oceano.

Após o fim dos suprimentos, ele começou a pescar com sua arma. Após terminar a água, ele usou o equipamento solar para transformar a água do mar em potável (um total de 500 ml por dia). No dia 76, ele conseguiu ver terra firme pela primeira vez, e finalmente chegou ao seu destino. Mas não ficou um dia no hospital. Se recuperou na ilha e logo voltou a viajar de barco.

4 – Richard Van Pham

Richard Van Pham, de 62 anos, é de Long Beach, Califórnia. Ele partiu em maio, para uma viagem de 4 horas até a Ilha de Catalina. Uma tempestade no caminho acabou quebrando seu motor, mastro e equipamento de comunicação. Sem poder fazer o caminho de volta, ele flutuou com seu pequeno barco por mais de três meses.

Ele conseguiu caçar uma tartaruga, que comeu e usou como isca. Ele deixava pedaços da carne no deck, e quando pássaros vinham perto, ele batia com algo na cabeça deles. Richard deixava a água evaporar e usava o sal restante para conservar a carne. Ele também construiu um mecanismo para evaporar e filtrar a água do mar, obtendo água potável. Os pássaros ele assava em um grelha improvisada, com madeira do barco para acender o fogo.

Todos os dias ele olhava para o horizonte em busca de terra ou outro barco, mas quase nunca via nada. Então um dia viu um avião. O piloto deu um rasante, mostrando tê-lo avistado, e algumas horas depois um barco de resgate chegou, após quase quatro meses.

Como recompensa por seu incrível feito, Richard Van Pham ganhou outro barco, após o resgate, que tinha melhores equipamentos de comunicação e navegação. Mas nem dois anos se passaram, e ele foi descoberto novamente flutuando, perdido, no oceano, dessa vez por apenas alguns dias. O equipamento não estava no barco. Após o resgate, ele foi multado por não possuir o equipamento necessário a bordo.

3 – Maurice e Marilyn Baily

Marilyn e Maurice estavam viajando em seu iate de 10 metros por alguns meses quanto um desastre aconteceu. Eles saíram em junho, e planejavam viajar e imigrar para a Nova Zelândia. Em fevereiro do outro ano, eles conseguiram passar a salvo pelo canal do Panamá, e essa foi a última vez que alguém soube deles. Cerca de uma semana após a passagem, uma baleia bateu violentamente no barco. Vendo o grande buraco aberto no casco, por onde a água entrava, eles imediatamente liberaram o bote reserva e inflaram um bote salva vidas. Eles jogaram tudo que puderem dentro dos dois botes, que foram amarrados juntos.

Eles conseguiram salvar algumas latas de comida, um pequeno queimador de óleo, um mapa, uma bússola, um container de água, facas, canecas, passaportes, e um pouco de borracha e cola extras, antes de ver o iate desaparecer no oceano.

Durante os primeiros dias, eles comeram a comida enlatada e beberam água da chuva. Quando isso acabou, eles passaram a comer tartarugas, pássaros, peixes e até tubarões crus.

Eles contaram sete barcos que passaram perto, mas não pararam. Cada vez a esperança diminuía mais. Conforme os dias viravam semanas, e as semanas viravam meses, suas roupas apodreceram e os corpos desenvolveram queimaduras e machucados. O bote deteriorou até o ponto que precisava ser inflado diariamente.

No dia 30 de junho de 1973, o sofrimento finalmente chegou ao fim, quando um barco pesqueiro coreano passou perto e decidiu voltar para uma inspeção. Nesse momento, os dois estavam entre o consciente e o inconsciente, do que se pode presumir que eram suas últimas horas de vida. Ambos perderam quase 20 quilogramas cada, e não conseguiam nem ficar de pé. Finalmente, após ficarem a deriva por 2.400 quilômetros e 117 dias, eles foram salvos.

2 – Poon Lim

Poon Lim é dententor do recorde de sobrevivência no mar. Com 25 anos, ele estava em um barco mercante inglês. O navio saiu da Cidade do Cabo com uma tripulação de 55 pessoas, em 23 de novembro de 1942. Poucos dias depois eles foram atingidos por um torpedo de um navio nazista. O navio estava afundando rapidamente, e Poon decidiu pular. Após seu barco desaparecer no fundo do oceano, ele passou duas horas nadando até encontrar um bote salva vidas.

Já no bote, Poon encontrou uma jarra de água de metal, alguns biscoitos enlatados, sinalizadores, uma tocha elétrica e uma pequena quantia de água. Ele racionou tudo, comendo dois biscoitos por dia e bebendo poucos goles d’água, calculando o que daria para um mês de sobrevivência. Após o fim do primeiro mês, e vários barcos passarem sem perceberem ele, Poon se deu conta de que teria que aguentar até encontrar terra firme.

Ele pescava usando o fio da tocha como gancho e um pedaço de biscoito como isca. Após pegar o primeiro peixe, ficou mais fácil, já que podia usar um pouco da carne para pega o próximo. Ele também conseguiu pegar algumas gaivotas e tubarões, cujo sangue ele bebia para matar a sede. Ele fazia riscos no bote para calcular o tempo, e nadava duas vezes ao dia para impedir que seus músculos se atrofiassem.

No dia 131, Poon percebeu uma mudança na cor da água e mais pássaros ao redor. No dia 133, ele enxergou uma pequena vela no horizonte, e logo um pequeno barco veio salvá-lo. Ele estava na boca do rio Amazonas, e tinha cruzado o Atlântico. Poon perdeu apenas 10 quilogramas na jornada, mas manteve sua força e conseguia andar quando foi resgatado. Ele ainda mantém o recorde de sobrevivente mais longo em um bote, e afirma desejar que ninguém tenha que batê-lo.

1 – Pescadores mexicanos

Lucio Rendon, Salvador Ordonez e Jesus Eduardo Vivand, junto com outros companheiros, saíram em um barco de fibra de vidro para uma viagem de pesca de três dias no começo do dia 28 de outubro de 2005, do porto de San Blas Nayarit, no México.

Eles partiram e deixaram o equipamento pronto no deck, para a pesca do dia seguinte. Entretanto, no outro dia, não conseguiam encontrar o cordame. Eles passaram horas procurando, e gastaram todo o combustível atrás do caro equipamento. Quando notaram que estavam sem combustível, estavam muito longe para retornar, e os ventos, combinados com correntes fortes, levaram-nos para o oceano aberto.

Eles tinham suprimentos para cerca de quatro dias, mas após esse tempo, eles ficaram cada vez mais conscientes da falta d’água. A comida também havia acabado. Três dias se passaram sem comida e água. No fim do terceiro, eles sucumbiram e começaram a beber água do mar. Isso só fez com que eles sentissem ainda mais doentes. Porém, quando a noite chegou, eles puderem sentir o ar mais úmido, e no quarto dia uma pequena chuva começou. Eles cortaram o topo dos containeres de combustível e conseguiram encher quatro deles, obtendo 200 litros de água fresca. Já a comida não foi tão fácil. Lucio comenta: “Nós só comemos duas vezes em novembro. Fome como nunca imaginei antes”. A primeira refeição foi uma tartaruga que subiu à superfície para um pouco de ar. Eles tomaram seu sangue também, e dividiram a carne entre cinco pessoas, crua. Os outros dois tripulantes não conseguiram comer carne dessa maneira, e morreram de fome no fim do mês.

Eles continuaram caçando tartarugas e pássaros (Salvador fez uma conta no chão do barco, e no fim eles haviam comido 103 animais), e, após alguns meses, eles fizeram ganchos e começaram a pegar pequenos peixes, usados para pegar peixes ainda maiores.

Eles salgavam e secavam um pouco da carne quando não conseguiam pescar nada. Acredita-se que o único motivo para eles não terem pego escorbuto foi a grande quantidade de peixe, que, quando comidos crus, possuem pequenas quantidades de vitamina C.

Eles ficaram a deriva até nove de agosto de 2006, quando foram localizados pelo radar de um barco tailandês. Mais de nove meses no mar rendeu a eles o recorde de sobrevivência mais longa. Eles foram encontrados a cerca de 300 quilômetros da costa norte da Austrália, e haviam boiado por mais de 8.851 quilômetros, no oceano Pacífico. [ListVerse]

Bônus

Assista o vídeo e conheça a história do brasileiro que passou horas flutuando no mar, imobilizado do pescoço para baixo, até ser encontrado!

16 comentários

  • Guilherme Karsburg:

    Que incrivel..

  • ja.frota:

    Estas experiências foram terriveis e traumatizantes, espero numca passar por isso. Mas vendo o que eles fizeram para sobreviver serve de orientação importante numa situação tão dificil. É o milagre da fé, é o desejo disciplinado de supera a luta de cada dia para se salva da morte. Creio que essas pessoas são incrivelmente fortes emocionalmente e em suas preces Deus teve misericordia deles.

  • claudemir da silva:

    são história fantastíca de sobrevivência

  • marcio antonio:

    cada ser que vive neste planeta tem dentro de se um universo de energia e garra para realizar e ser solidário, talves vez seja um motivo da terra, ser azul, quando essa energia aflora a gente trasncende o natural e se aproxima de Deus. parabens para o senhor

  • Igor:

    Caraca eu acho absurdo passar 6 barcos e nenhum ver a pessoa boiando la no meio do nada…. O.o

    • ronaldo:

      cara dos 16 aos 18 anos eu acompanhava meu tio em pescarias que duravam as veses até duas semanas sem ver terra(passavamos 2 dias em terra e voltavamos para o mar, já que ele era viciado em pescar e doar quase tudo que pescava, e tinha uma equipe da qual eu fazia parte).Não sou nem fui um lobo do mar como ele, que avistava qualquer coisa a kilomêtros, enquanto o resto levava minutos até achar oque ele jurava ver(e sempre acertava, ora uma boia perdida, isopor e até uma embarcação sem sinal de vida a bordo.Mas, posso dizer uma coisa,para pessoas normais como eu, a visibilidade no mar é bem diferente do que em terra voce vê coisas que não estão lá e muitas vezes não vê oque está.

  • marcos:

    Faltou mais, os motoristas quando começa a chuva em SP, os carros vão mas sobrevivem todos…

  • Flor de Lis:

    É pena que seja só na hora do desespero que a grande maioria dar pessoas aprenda a dar à o verdadeiro valor que ela possui.

  • Paulo Eduardo:

    Só os mais aptos sobrevivem, essa é a lei da natureza, não importa se é no meio da mata ou na cidade grande!! A natureza fornece tudo que você precisa para sobreviver e ao mesmo tempo fornece muitas coisas que podem acabar com a sua vida! “Os seus valores determinam suas consequências”.

    • Hector:

      O ser humano é incrível mesmo não? Mesmo naufragado no meio do oceano, consegue caçar dos animais mais fracos até os mais temidos predadores para se alimentar somente com itens mínimos, come carne crua, raciocina, faz contas para sobreviver, e jamais perde a esperança. Eu acho que é por isso que o ser humano é especial, mas o problema, é que, apenas podemos medir a bondade de um ser humano quando ele tem poder, e geralmente, a pessoa com poder faz coisas horríveis, egoístas e injustas.

  • @Giih_Liish:

    E depois a gente reclama aqui que a água tá quente ou a comida não tá do nosso gosto.

  • Jonatas:

    Eu acredito que um ser humano consiga sobreviver a essas situações com a ajuda de algo que seria como uma “memória genética”. Hoje passamos uma vida artificial com apartamentos, energia elétrica e veículos e achamos que não sobreviveríamos na natureza. Mas uma vez na situação, a necessidade de sobrevivência fala mais alto que a vulnerabilidade, e podemos nos adaptar ao meio e recompôr habilidades animalescas, como subir em árvores para escapar de algo, por exemplo. Mas a memória genética vai mais além, resgata técnicas de nossos ancestrais, que viviam e desenvolviam ferramentas no meio natural.
    A memória não é algo condicional do cérebro, já que os neurônios estão por todo o corpo. Um atleta por exemplo desenvolve memória muscular, por movimentos repetidos, que memorizam as propriedades da ação e tornam-se involuntários, isso é adaptabilidade. Mas a memória genética está além dos neurônios, está nos genes. Muitas pessoas desenvolvem fobias a algo como leões, por exemplo, mesmo sem nunca terem tido contato com um. Isso pode ser uma memória genética, associável a extinto, do passado dos hominídeos pré-históricos, que tinham felinos como seus principais predadores, o Dinofélis.
    Quando se torna um náufrago, precisará de técnicas esquecidas no tempo, ferramentas e cordas obtidas com recursos naturais, informações que não temos em filmes e documentários. Quais plantas usar? quais plantas e animais se deve evitar? Essas questões são cruciais a um sobrevivente, e se existem sobreviventes, de alguma forma conseguiram resolver tais questões.

  • Antonio Marmo:

    Histórias como essas sempre atraem nossas atenções, desde Robinson Crusoe…eu devorei todos os livros de Júlio Verne e um dos melhores é A Ilha Misteriosa, onde um balão carregando grupo de fugitivos da Guerra da Secessão vai cair… agora, morando a beira -mar, essas histórias me fazem tomar ainda mais cuidado com marés…(rrrs).

  • Angel:

    É uma situação terrível, bom que o instinto de sobrevivencia fala mais alto que o desespero.

  • Mendana:

    Depois destes exemplos, ainda me lembro de ter ficado no meio do Estreito de Gibraltar quando perdi a minha prancha de Wind Surf e fiquei somente com a Vela, mas a Salvação chegou passados 4 ou 5 minutos nem tendo dado tempo para assustar…..

  • karlloz:

    Com certeza é uma experiência muito traumática. Imagine o desespero por água e comida, acredito que quem já passou por um drama parecido deve dar mais valor as pequenas coisas. Em vez de reclamar de quase tudo com eu.

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