7 coisas bizarras que animais podem fazer com suas cabeças

Por , em 24.11.2015

Humanos tendem a compensar tudo com inteligência, porque não possuímos nem metade das habilidades inacreditáveis que podem ser vistas no reino animal.

Por exemplo, veja essas dez coisas surpreendentes que certos animais podem fazer com suas cabeças:

7. Lapas usam a língua como uma britadeira

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Lapas são pequenos caracóis aquáticos resistentes. Eles não têm um rosto no sentido convencional da palavra, mas possuem o equivalente de uma língua, chamada radula. A radula é cheia de projeções pontiagudas para a raspagem de algas. O apêndice também funciona como uma britadeira: pode ser usado para “cavar” abrigos acolhedores em superfícies rochosas.

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Que potência, não é mesmo? Na verdade, os dentes da lapa são quase indestrutíveis e recentemente foram rotulados como o material biológico mais forte conhecido pelo homem. Quando os pesquisadores os examinaram em laboratório, descobriram nanofibras que lhes dão uma consistência mais dura do que o Kevlar. Impressionante.

6. Toupeiras têm olfato estereoscópico


Apesar da cegueira e da sensibilidade tátil ruim, toupeiras são boas em localizar comida. Para descobrir como, o cientista Kenneth Catania colocou alimentos (minhocas) ao redor da borda de uma “arena” circular, e deixou os animais correrem livremente por lá – primeiro, com ambas as narinas livres, e depois com uma bloqueada. O bloqueio atrasou um pouco os animais, mas eles conseguiram localizar a comida.

Por último, o cientista inseriu pequenos tubos em ambas as narinas da toupeira. Os tubos estavam conectados, de forma que recebiam informações dos cheiros captados do lado oposto do corpo.

Isso atrapalhou muito as toupeiras, sugerindo que elas sentem cheiros em estéreo, um traço comum apenas em visão e audição, e praticamente desconhecido em roedores. Ratos já foram treinados para cheirar estereoscopicamente, mas uma capacidade tão estranha nunca tinha sido observada no mundo natural.

5. Mosquitos têm trombas que podem nos tocar sem que percebamos

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A tromba dos mosquitos, o apêndice mais irritante da natureza, está inspirando uma nova geração de agulhas hipodérmicas médicas indolores.

Você provavelmente já notou sua falha em perceber que está sendo mordido. Tais ataques furtivos geralmente passam batido até a picada começar a coçar, mais tarde. Nosso sangue é mantido fluindo por um anticoagulante, e a própria mordida do mosquito não é sentida porque sua tromba faz contato mínimo com nossas terminações nervosas. Em contraste, a agulha hipodérmica que temos hoje parece um ônibus.

Uma vez que o mosquito inicia a picada sem ser detectado, alarga a ferida com sua tromba e implanta um “tubo” para chupar o sangue. Para maior eficiência, o apêndice todo vibra para abrir um caminho mais fácil e menos indolor em seu corpo. Que atencioso.

4. Verme tem uma antena magnética na cabeça

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Sabemos que alguns animais podem detectar campos magnéticos, mas ainda não identificamos as estruturas físicas responsáveis por isso.

Em pelo menos um deles, agora temos a resposta. Em junho de 2015, pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos EUA, analisaram um pequeno verme chamado C. elegans. Dentro da cabeça do pequeno nematoide, eles encontraram uma antena que podia “sentir” o campo magnético.

Os cientistas confirmaram a sua suposição colocando os vermes em um tubo cheio de gel. Vermes locais sempre se moviam para baixo, como se estivessem procurando alimento no solo. Vermes de outros cantos do mundo, no entanto, moviam-se em direções que seriam as correspondentes a “baixo” em seu país de origem, como ditado pelo campo magnético da Terra.

Os pesquisadores também descobriram que podiam controlar os vermes alterando campos magnéticos dentro do laboratório. No futuro, eles querem determinar se outros animais magneticamente inclinados têm as mesmas estruturas de antena incorporadas no cérebro também.

3. Macacos usam rostos como etiquetas com nomes

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Macacos possuem os rostos mais coloridos entre os mamíferos, e não sem razão. Como seres humanos, eles discernem um amigo ou inimigo pelas características faciais, que evoluíram para ser especialmente distintivas sob pressões seletivas de manter uma comunidade.
Pesquisadores comparam o fenômeno a um Facebook primitivo. As marcas cada vez mais complexas são usadas como etiquetas biológicas para diferenciar membros da família de outras pessoas estreitamente relacionadas.

Para saber mais, primatologistas compilaram uma base de dados de cabeças de macacos. Eles notaram que o estatuto social de um macaco Cercopithecidae pode ser previsto de forma confiável pelo seu rosto. Aqueles que vivem em comunidades maiores possuem rostos com mais detalhes, enquanto macacos de comunidades menores possuem expressões mais simples. Macacos Platyrrhini seguem uma tendência oposta. Além disso, os espécimes que vivem em regiões equatoriais densamente arborizadas tendem a ter rostos mais escuros, presumivelmente para melhor camuflagem.

2. Os sapos peçonhentos brasileiros que lançam veneno com a cabeça

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Algumas rãs e sapos são notoriamente venenosos, mas de maneira preguiçosa – só secretam suas toxinas se animais famintos ou estúpidos lhes tocam.

Para ser considerado peçonhento em vez de venenoso, um animal deve ter uma abordagem mais ativa no fornecimento de sua toxina. A rã Corythomantis greeningi faz exatamente isso. E o pior: é brasileira.

Sua forma inovadora de envenenamento é possível graças a numerosas farpas venenosas no seu crânio

A Aparasphenodon brunoi, outra rã peçonhenta brasileira, também possui essa habilidade – essas são as duas únicas espécies conhecidas de rãs peçonhentas.

Esta revelação recente e dolorosa veio por acaso, quando um pesquisador na Caatinga pegou um desses animais na mão e passou as próximas cinco horas tentando apagar as chamas invisíveis em seu braço. Ele teve a “sorte” de ter sido “picado” pela Corythomantis greeningi, cujo veneno só é mais potente do que uma jararaca. Um único grama de veneno da Aparasphenodon brunoi, por outro lado, poderia acabar com 300 homens.

1. Larvas de traças usam suas próprias cabeças como arma

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A larva da traça Harrisimemna trisignata é uma das criaturas mais revoltantes que existem no mundo. Ela sobrevive apenas por ser muito repugnante para se tocar. Também é muito boa em esconde-esconde, já que passa seus invernos como um urso, hibernando.

Tecnicamente, ela está se transformando durante este tempo, mas não se limita a ficar fixa em um ramo como outras pupas estúpidas. Em vez disso, ela veda o seu novo lar com um selo de seda, incorporado com fragmentos lenhosos, para camuflar perfeitamente a sua presença.

Se parecer com uma matéria fecal cabeluda não é seu hábito mais inquietante, no entanto. Seria sua predileção por acumular coisas velhas, por exemplo, suas próprias cabeças. Sim, a criatura descarta cabeças, e as lembranças decapitadas ficam penduradas ali junto com o resto do seu corpo, para serem usadas como armas, caso seja necessário.

No vídeo abaixo, você pode ver a larva tremendo e tentando usar uma das suas velhas cabeças como um bastão para atacar o pobre dedo que ousou tocá-la: [Listverse]

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