A ciência por trás dos universos paralelos

Por , em 3.04.2013

De alguma forma, às vezes a ideia de que existem universos paralelos parecidos com o nosso, porém onde certos eventos não ocorreram (como o ataque nuclear a Hiroshima ou o lançamento dos filmes 1, 2 e 3 de Star Wars), soa reconfortante. Mas o que a ciência tem a dizer sobre isso?

Para ilustrar a questão, a equipe do canal do YouTube MinutePhysics criou um vídeo em que combinam narração e desenhos. “Se o universo é ‘tudo o que há’, você não pode ter duas versões dele, certo? Do contrário, o par seria ‘tudo o que há’, ao invés do que você começou chamando de ‘universo'”, explicam os autores.

O grande problema, nesse caso, seria a terminologia. Físicos informalmente dizem “universo” quando na verdade querem dizer “universo observável”, ou seja, a parte do universo que conseguimos ver até agora. Nesse caso, não haveria problema em falar que há outros universos observáveis, tão distantes que a luz que vem deles ainda não chegou até nós, mesmo em bilhões de anos de existência.

Quando se fala em “universos paralelos”, dizem os autores, seria mais preciso usar o termo “multiversos”, que normalmente se refere a três modelos bastante distintos uns dos outros (nenhum confirmado ou testado experimentalmente):

Universos bolhas

“A ideia é que há outras partes do universo muito distantes, ou dentro de buracos negros, que nós provavelmente jamais veremos”, resumem. “Esse modelo foi criado para explicar por que nosso universo é tão bom em formar estrelas, galáxias, buracos negros e vida”.

Cada um desses universos poderia ter leis da Física levemente diferentes, mas apenas alguns (ou, quem sabe, apenas o nosso) teria a Física necessária para permitir a existência de vida (ou de planetas, ou de qualquer outra coisa) como conhecemos.

Membranas e dimensões extras

De acordo com esse modelo,o nosso universo é “apenas” um espaço com três dimensões contido em um conjunto maior, que tem nove dimensões espaciais. “Se o espaço tiver nove dimensões, há lugar suficiente para vários universos de três dimensões que seriam aparentemente como o nosso, mas, como as páginas de um jornal, seriam apenas parte de um conjunto”. Essas “superfícies” são chamadas de “membranas”.

Múltiplos mundos da mecânica quântica

Baseado em princípios como o da incerteza quântica, o modelo sugere que todos os possíveis desdobramentos de qualquer evento ocorrem, mas nós vivemos em uma sequência específica deles. Em outro universo, por exemplo, você teria ganho um Prêmio Nobel – porém não ganhou no universo em que estamos devido a uma longa e complexa cadeia de eventos.

Observação difícil (mas não impossível)

Estudos do espaço e da mecânica quântica podem ajudar a avaliar melhor esses três modelos, uma tarefa árdua, mas que faz parte do “trabalho” da ciência.

“Como sempre”, finalizam os autores do vídeo, “devemos nos lembrar de que Física é ciência, não filosofia, e que em nossas tentativas de explicar o universo que observamos, temos que fazer afirmações que, a princípio, podem ser testadas e, então, testá-las”.[YouTubeMinutePhysics]

36 comentários

  • sergio_panceri:

    sinceramente, a única coisa que me faz algum sentido é a teoria dos universos bolha.

    • Palhaço Brasileiro:

      Realmente a unica certeza que temos é que vivemos em uma bola com terra e água, pois não acredito que há vários universos ou outras estrelas como o Sol, pois ja mais teremos prova material para crer em tais teorias pois o “homem é um ser que acredita naquilo que ele quer acreditar”

  • Marco337:

    Pessoal, vocês conseguiram me abrir os olhos.Finalmente entendi a verdadeira “teoria” do big-bang:
    Big-bang é o apelido comumente dado à explosão, que criou o universo atual e toda a matéria, extinguindo o universo que havia antes.
    E olha a verdadeira história da ” teoria científica por trás do BOOMMM que criou o universo e encontrei na net:
    Teoria científica mais aceita: O nada vira um monte de coisa

    Bom isso era o que existia antes do big bang…legal, né ? Então de repente o nada explodiu (como no Dragon Ball Z, sem oxigênio, sem nada ….as coisas simplesmente explodem).
    O entendimento total dessa explosão requer conhecimentos não apenas de pirotecnia e efeitos especiais, mas também da Teoria da Relatividade para explicar como o universo só foi ser criado depois de já existir, antes dele ter sido criado.Que paradoxal hein ????

    Milhares de cientistas, camelôs, filósofos, coelhinho da páscoa ,PAPAI NOEL e alguns cobradores de ônibus trabalham arduamente ao redor do mundo para formular alguma teoria que faça algum sentido.
    Espero que tenham gostado da aulinha… Veio direto da enciclopédia mais conceituada na atualidade.

    • Murilo Mazzolo:

      Rapaz… quanta confusão você fez em!! kkkkk

  • José Santana:

    Acreditar é uma fuga do desconhecido para o fantastico, e é graças ao conhecimento que saimos do mundo iracional para o raional. É com o conhecimento que temos certeza, e é com o conhecimento que temos as resposta certas. Graças ao nosso “QI”(Quosciente de inteligência)é que alcançamos nossos objetivos lógicos dentro do limite e da lógica. Deus é mais uma criatura do Homem, que mesmo não acreditando nele, pede tudo para ele, e esquece que Deus não dá nada para ninguem.

    • Marco337:

      Disse tudo: ACREDITAR É UMA FUGA…inclusive uma fuga humana em não aceitar seus limites, como bem dissestes : usando nosso QI dentro dos nossos LIMITES e nos que ” nos parece ser lógico”. Na verdade esse LIMITE que o homem não consegue transpassar já é de conhecimento científico, só há uma relutância em definí-la como sendo DEUS. Não é alguma coisa muito simples merecedora de um simples epônimo, como “Bóson de Higgs”…ultrapassar esse limite é o sonho de qualquer homem, infelizmente a MORTE chega e … O “Limite de Deus” não é ultrapassado.

  • PhysicistJB:

    Prezado Jonatas, eu também acho que tão cedo sairemos da inércia, mas temos que fazer algo, não é mesmo?

    Com respeito a tua opinião eu discordo em um ponto importante: você citou três características do nosso povo, que ao meu ver, começa exatamente na religião. É a religião que exulta a fé (crer por crer e não por buscar resposta) como sendo uma virtude e não um defeito. É ela que promove a passividade quando diz que nada podemos fazer e sim esperar que deus resolva. A própria política do assistencialismo barato é uma invenção da religião. Caro Jonatas, eu sinceramente não sei se seria bom para nós sermos ateus, mas eu te asseguro que nós já deveríamos ter nos livrado das religões a muito tempo. Esse sistema não funciona (no sentido de ser bom para todos e sim muito bom para um pequeno grupo dominador de massas), não tem as respostas certas, não tem explicação da realidade, não torna ninguém mais ou menos humanizado, tem a mania de se meter na vida dos que não a seguem se infiltrando na política, nem ao menos é insubstituível. Entende?

    Com respeito a causa ou efeito na relação desenvolvimento humano e crença, a sequencia não é muito clara. Por exemplo, você tem razão em dizer que por causa do aumento da média de educação de um povo ele tende a ser menos crente. Porém, você não acha que, devido ao fato de se tornarem menos religiosos isso não promove uma menor preoculpação em estudar sobre mais assuntos “proibidos” e se tornarem ainda mais desenvolvidos? Eu acredito que se trata de um efeito auto-sustentado: a descrença leva ao desenvolvimento que leva a mais descrença que leva a mais desenvolvimento. E eu ainda arrisco dizer que o estopin dessa sequência foi a coragem de alguém começar a buscar por respostas que não eram aquelas impostats pela religião, ou seja, o cara foi o primeiro a minimizar a fé para progredir. Acha que isso teria fundamento?

    • Jonatas:

      Sumariamente, não descordo em nada do que apresentou. Mas acho que nesse cenário, a religião acaba por ser ainda tão consequente quanto o ateísmo. Ainda acho que as dificuldades que tem o povo e a passividade de esperar solução externa – seja do governo ou de algum deus – seja uma causa da preferência religiosa, e a preferência religiosa também causando essa passividade – o que caracteriza o mesmo ciclo que você exemplificou no segunda parágrafo, relação desenvolvimento descrença.

      Lembro a todo praticante religioso que isso que analisamos NÃO é chamar religioso de burro e passivo e país religioso de subdesenvolvido, mas só observação de uma tendência – algumas das pessoas mais inteligentes que conheci em vida, embora não religiosos, crêem em “Deus e só” – agnósticos.

      Outro ponto importante: não da nem pra dizer que um grupo social em si é mais inteligente que o outro pelo simples fato de que não existe uma definição definitiva do que é Inteligência – a analise mais correta é categorias de inteligência; nos ateus, por exemplo, a inteligência lógica, científica e matemática é mais comum, nos agnósticos, também em espíritas que conheci ou tive referência notei uma maior característica de inteligência emocional e social, já nos budistas que conheço noto traços de mais de uma categoria. Claro, nem pesquisa eu fiz nem sei fazer, estou só apresentando um dado da “amostra populacional” que tive na minha curta experiência de vida até então. 🙂

      O que eu acho sobre ateísmo ser bom e as religiões morrerem?
      sou um tanto indiferente mas posso fazer estimativas.
      O ateísmo em si é só uma visão de vida, nem boa nem má – seu grande ponto positivo é inspirar a vontade de conhecer e apresentar, mas essa vontade vem mais da pessoa do que de sua crença. Nada impede um religioso de ter esse desejo – a vontade de aprender acaba superando as proibições de qualquer doutrina imposta, uma pessoa curiosa vence qualque barreira, NENHUMA crença imposta pode superar pessoas assim.
      Sobre as religiões morrerem, altamente provável , ao menos para as dogmáticas – mas não serão mortas pelo ateísmo (apesar de que esse vai crescer e digo que deve ser a segunda maior população), mas pela evolução educacional das pessoas. A definição é simples, a grande massa de pessoas que tendem a crer em deus – ter fé- optarão por doutrinas e religiões mais livres, bem pensadas e racionais – mais focadas em “humanidade” do que em “controle”, como o espiritismo e o milenar budismo, OU e principalmente, pela opção de crer por si só e construir seu próprio jeito de ver o mundo e a deus – Agnóstico, eis a população predominante do futuro – ter sua própria fé por escolha e pensamento próprio, pensar por si próprio -, e a população que desaparecerá conforme essa cresce será o dos religiosos – aqueles que tem a fé imposta por alguém ou alguma instituição.

    • José Santana:

      Vivemos entre quatro barreiras:( Poder,querer,limite e lógica), pois, querer depenre do poder, e o que quero tem que estar no limite, e tem que ser lógico. Pelo fato de sermos Humanos, não deixamos de sermos animais, e só existe duas formas de vida: Animal e vegetal. Essa história de Religião é um grande atraso na Humanidade.

  • João Alberto:

    A interpretação dos muitos mundos é apenas uma das interpretações possíveis. A mais aceita é outra: a Interpretação de Copenhagen.

    Sei que aqui tem muitos ateus, então para provocar escolhi o seguinte artigo:

    http://www.midiasemmascara.org/artigos/ciencia/11469-o-ateismo-da-pseudociencia-de-stephen-hawking.html

  • WalterZ:

    Pois é

    Assim como não existem evidencias que validem a “Teoria do Multiverso” também não existem evidências que a invalidem.
    Então, podemos escolher se acreditamos ou não na teoria. As teorias precisam de gente que acreditem firmemente nelas, pois somente assim alguém vai se dispor a gastar recursos para buscar as evidencias. Assim acreditar em teorias ainda não comprovadas é algo fundametnal para o desenvolvimento da ciência.
    Ocorre que estas teorias, (Multiversos, Branas, e mesmo a teoria das cordas) estão em um mundo tão diferente do nosso que ninguem consegue sequer imagianr uma forma de testá-las. É algo quase como tentar arruamr uma forma de provar a existêncai do inferno…

    Claro que a Teoria do Big Bang está em outra categoria. A Teoria do Big Bang já foi testada de milhares de formas diferentes e todas elas comprovaram a teoria. Naturalmente com os ajustes decorrentes do avanço no conhecimento.

    .

  • Marco337:

    Sem chances. Essa teoria de universos paralelos é tão balela quanto o “big-bang”. Isso desaponta muito os cientistas: o fato de jamais conseguir explicar a “origem” do universo.
    Se não conseguem nem explicar a origem do nosso, imagine se podem falar de outros “paralelos”. Nossos amigos cientistas deveriam parar de levantar as esdrúxulas teorias que tentam explicar a origem do universo e se concentrar mais na reciclagem ( ou seja , transformar a matéria que eles já encontraram feitas na natureza para criar coisas boas para humanidade: tomográfos, stents coronários, lâmpada elétrica, internet, ar-condicionado, avião e outros).

    • Jonatas:

      O mais divertido, é que haviam no passado pessoas como você falando mal de homens que imaginaram máquinas voadoras, satirizaram, zombaram e perseguiram homens como Darwin, Galileu, Einstein, Boole, Giordano Bruno – todos teóricos científicos, em suas épocas.
      Se alguém disser que estima que o estudo profundo das partículas que transmitem a energia gravitacional (gravitons) e as partículas que dão massa a estrutura cósmica (Higgs), hoje teorias em busca de provas, um dia no futuro proporcionarão viagens no tempo e espaço, ou entre universos paralelos que seja, a níveis jamais sonhados sequer da ficção científica, você vai achar absurdo, viagem na maionese – mas felizmente existem pessoas diferentes, pessoas de visão, capazes de olhar além e ter a humildade de reconhecer que sempre existe muito mais a aprender do que aquilo que pensamos saber e julgamos saber mais que os outros.

    • PhysicistJB:

      Caro Marco337, você está enganado sobre o papel da ciência no mundo. E mais enganado ainda sobre o que é o big bang. Por favor, não entenda o que eu vou dizer como sendo uma afronta. Apenas tenho intenção de esclarecer cada coisa para você poder criticar sabendo o que está criticando.

      1- A ciência busca descrever a realidade, explicar fenômenos para mostrar como entender e manipular a natureza. Criar dispositivos como os que você citou é função da tecnologia (engenharia). Se o que é criado é utilizado para defender ou destruir, isso quem responde é a política por meio dos militares.

      2- Talvez você se assuste se eu te disser que podemos “ver” o big bang exatamente agora. Sim, podemos! É possível detectar precisamente o clarão que foi provocado pelo fenômeno. Em outras palavras, você vai negar algo que pode ser visto? É como eu te dizer: tem uma bola na minha mão e você dizer que é minha mentira mesmo vendo que tem uma bola na minha mão. Compreende? Você pode dizer que não acredita que isso aconteceu do nada (eu também acho que não), mas, você já não pode mais dizer que não houve o big bang.

      3- É possível que exista um limite cósmico que nos impeça de um dia sabermos exatamente como foi a origem do universo. Contudo, não sabemos se existe tal limite. Logo, devemos persistir buscar saber.

      4- Não substime o que você chama de esdrúxula teoria. Eu mesmo posso te apresentar uma lista de fenômenos realmente loucos da natureza, que nenhum doido seria capaz de imaginar. Contudo, as teorias foram verificadas, testadas e pior: nossos modernos equipamentos eletrônicos só fucionam se essas louquices da natureza forem consideradas. Compreende?
      Espero ter ajudado.

  • Maria Arapi:

    pelo menos eu percebo assim o universo paralelo, se vc tropeça ,olha para tras , volta verifica e não há alguma evidencia plausivel,então em um outro universo/em outra materia/e em outro espaço de tempo/houve uma conexão tão rápida de entrosamento de duas matérias que se tocaram,e que não se repetirá pq o tempo já não é o mesmo sincronizado daquele momento que passou.

  • Andre Luis:

    Se esta ideia de universos paralelos for real, então hajam eventos aleatórios e combinações! Digo isto pois comecei a imaginar um evento comum acontecendo, e todas as suas possibilidades, como por exemplo o jogar de uma pedrinha em um lago, então pela ideia, devem haver infinitas formas de se jogar essa mesma pedrinhas no lago, de todas as formas possíveis, fazendo com que ela caia em todas as regiões possíveis do lago, com uma precisão molecular para cima, então imagina quantas possibilidades devem haver apenas nesta ação! Agora com esta mesma ideia, eu poderia jogar essa mesma pedrinha usando uma roupa diferente e formaria novos eventos de jogar a pedrinha, e assim se tem os eventos, com todas as combinações possíveis, incluindo horários diferentes e com eventos anteriores diferentes atrelados, fazendo novas combinações na linha de acontecimentos, enfim, quantas probabilidades!!! É apenas uma ideia por cima do pouco que entendi desta teoria!

  • Marco337:

    Jonatas, desculpe mas discordo de você. “Colocada no mesmo barco da religião” é até engraçado. Não que eu defenda a religião em si , mas ainda é mais fácil ter provas concretas dentro da religião do que nas inúmeras e infindáveis teorias que os cientistas lançam na mídia sobre o “universo “. Simplesmente como disse nosso amigo WalterZ, acreditar nessas teorias é mais questão de “escolha”. Não estou negando a ciência, mais a cada dia os cientistas estão escrevendo a sua própria “bíblia”, e a história se repete : um grupo que acredita na teoria (Israel) e outra que desacredita (Judeus). E cá entre nós, não foi Cristo quem disse há mais de 2000 anos:” na casa de meu pai há muitas moradas”? Então, sinceramente, à luz da ciência caberia a Ele os créditos. Enfim … Antes se falava : política e religião cada um tem a sua. Hoje eu acrescentaria … Política, religião e ciência, cada um tem a sua.

    • Marco337:

      Corrigindo ( usei mais em lugar de mas em uma frase)

    • Giovane:

      “mas ainda é mais fácil ter provas concretas dentro da religião”. Essa foi boa. Eu acho que você não sabe o que é uma teoria científica né? Até uma hipótese científica tem mais credibilidade que a religião, pois se baseia em lógica e não em verdades absolutas.
      Como o Jonatas mencionou em outra matéria, você parece mais um troll.
      O mesmo recomendo: https://hypescience.com/o-que-e-uma-teoria-cientifica/

    • Jonatas:

      “mas ainda é mais fácil ter provas concretas dentro da religião”, essa foi péssima… duvido que alguém com uma mínima noção científica vai concordar com isso.

  • Duda Weyll:

    http://cosmiclog.nbcnews.com/_news/2013/04/03/17585037-space-stations-antimatter-detector-finds-its-first-evidence-of-dark-matter?lite

    Encontraram evidências da matéria escura, falar nisso…

  • WalterZ:

    Duas coisas
    1 – Essas teorias trabalham em um campo onde as hipóteses não podem ser provadas nem descartadas. E por isso estão muito próximas das religiões. Ou seja, não dá pra provar cientificamente a existência de Deus e nem da pra provar que Ele não existe. Assim, tanto nas religiões quanto nestas teorias, acreditar ou não nelas é uma questão de fé!
    2 – Especificamente quanto a esta teoria que todas as possibilidades de eventos ocorrem em um universo diferente, se levada bem a fundo, não se sustenta. Ao meu ver, as coisas só tem uma maneira de acontecer, que é o que as leis da física determina. Se eu jogar um dado por exemplo e ele ficar com a face 6 para cima. Ista é a unica possibilidade para aquele jeito de jogar. Se eu jogar o dado em condiçoes EXATAMENTE IGUAIS a anterior, nos mínimos detalhes até ao nivel das partículas, vai dar 6 de novo! Não tem como não dar, a menos que algo seja diferente!
    Vejam por outro ponto de vista! O que faria o dado cair com outra face para cima se fosse jogado EXATAMENTE nas mesmas condiçoes???
    Na verdade não existe nada aleatório! Tudo no universo é fruto das leis da natureza e poranto não é possivel vários resultados para a mesma causa.

    • Jairo R. Morales:

      @WalterZ:

      “2 – Especificamente quanto a esta teoria que todas as possibilidades de eventos ocorrem em um universo diferente, se levada bem a fundo, não se sustenta. Ao meu ver, as coisas só tem uma maneira de acontecer, que é o que as leis da física determina. Se eu jogar um dado por exemplo e ele ficar com a face 6 para cima. Ista é a unica possibilidade para aquele jeito de jogar. Se eu jogar o dado em condiçoes EXATAMENTE IGUAIS a anterior, nos mínimos detalhes até ao nivel das partículas, vai dar 6 de novo! Não tem como não dar, a menos que algo seja diferente!
      Vejam por outro ponto de vista! O que faria o dado cair com outra face para cima se fosse jogado EXATAMENTE nas mesmas condiçoes???”

      Eu penso que nesse caso seria que no momento em que você tomou a decisão de lançar o dado, 6 universos diferentes foram criados: Em um deles você decidiu que queria um “5” como resultado, e jogou o dado para que o resultado fosse esse.

      (Tomando como base o seu exemplo acima.)

      Em outro, você achou um “3” seria melhor e fez a mesma coisa… e assim por diante.

      Em resumo: Em universos diferentes a circunstancias podem ser diferentes.

    • Jonatas:

      1 – “acreditar ou não nelas é uma questão de fé!” – na minha opinião não tem nada a ver com isso, teorias científica não precisam que alguém Acredite nelas, independente de fé ou razão – teorias científicas só precisam ser analisadas dentro do contexto da realidade e dos indícios encontrados – apenas isso. Por isso, descordo, teorias físicas complexas profundamente calculadas e analisadas, mesmo sem o ônus da prova, não podem ser colocadas no mesmo barco das religiões – visto que essas são impostas como verdades sem nenhum questionamento, nenhuma análise racional.
      A segunda análise é mais instigante, achei legal, mas digamos que muito do Universo são dados dos quais não conhecemos as faces – logo a teoria é a única forma de ter alguma concepção destas.

    • Duda Weyll:

      É diferente de religião pois, apesar de não possuir experimento e domínio do campo para a experimentação, são hipóteses baseadas em evidências de fenômenos complementares e método científico, passíveis de alteração e descarte… Religião é amparada em experiência anedótica, o método não exige qualquer tipo de evidenciação, não se altera, não se descarta, não se admite contrariedade, é um dogma.

    • WalterZ:

      Eu forcei a barra um pouco, claro, quando comparei esss teorias as religiões. Alem de ser uma simplificação grasseira porque existem milhares de religiões com diferenças enormes entre elas, a maioria absolutamente dogmáticas, mas nem todas.

      A minha idéia era ressaltar que muitas teorias, como a do multiverso, a teoria das cordas, ainda não tem nenhum indicio que comprovemou que esão certas ou erradas. Por isso que existem tantas teorias fundamentalmente diferentes, coexistindo simultaneamente. Qualquer uma, ou mesmeo nenhuma, pode ser real ou pode não ser e no entanto a Matemática não refuta nenhuma delas.

      A matemática, no meu entender, nunca será útil pra provar alguma coiss que existe só em teoria, sem comprovação prática. Na verdade a matemática também é uma teoria, que precisa de comprovação. No entanto a matemática permite extrapolar, oque pode ser muito util, mas pode ser uma armadilha também. É como supor que uma estrada será sempre reta baseado no fato de que o trecho percrrido até agora é reto.

      Adimiro a “engenhosidade”, a criatividade, a inteligência desses teóricos. Não sou contra isso, antes pelo contrário. Mas como cientista (pelo menos eu pretendo ser..rsss) não posso perder de vista que são só teorias. Obviamente as teorias desempenham papel fundamental em no desenvolvimento da ciencia. Elas dão rumo as coisas, além de ter a propriedade de “recrutar” milhares de mentes para pensar no tema, como estamos fazendo agora.

    • PhysicistJB:

      Caro WalterZ, permita-me explicar o erro das tuas 2 considerações:
      1-A hipótese foi proposta justamente para ser testada, porém, só podemos garantir que HOJE não se pode fazê-lo, mas, a ciência trabalha para que no futuro possa ser e assim se tornar uma teoria (hipótese suportada por fatos experimentados). Isso é bem diferente da hipótese “deus”, que por mais que se encontre conflitos no que se refere a suposta interferência divina, sempre há um argumento conveniente (a vontade dele, por exemplo) para ser impossível testar. Nesse caso, apenas fé é a base de se crer nele. Sabendo disso, é bom separar as coisas, livrando a ciência do campo da fé, mesmo porque nenhum de nós tem a obrigação de acreditar sem verificar antes. Você concorda comigo agora?
      2- Você está enxergando o universo como se fazia no início do século XX. Universo determinístico. Isso já foi experimentado milhares de vezes e já foi visto exaustivamente que a natureza não é assim. Mesmo que você repita as condições por IGUAL, ainda existe uma probabilidade de ocorrer outra coisa totalmente diferente (no teu exemplo, você lança os dados exatamente como antes e cai na face do nº 1!!!). E não tem como você dizer: “é só uma hipótese”. Não, isso foi experimentado e é como é. Finalizando, se você me diz que a teoria PODE estar incompleta e que no futuro poderemos constatar que trata-se de apenas de engano, provocado pelos nossos atuais limites para observação, então eu não digo nada, pois isso PODE acontecer. Contudo, hoje, sabemos que o universo É probabilístico, gostemos disso ou não.
      Espero ter sido útil.

    • Jonatas:

      Capaz não tenho respostas dessa magnitude, sou só um mortal, rsrsrs. Não respondi, só levantei uma hipótese, na verdade uma questão. :D.

    • Giovane:

      Se a matemática funciona tão bem com coisas que podem ser testadas (seu computador funciona bem né?!), então por que não pode ser utilizada em coisas que existem apenas em teoria?
      Recomendo: https://hypescience.com/o-boson-de-higgs-e-o-uso-da-matematica-para-descrever-a-realidade/

    • WalterZ:

      @ PhysicistJB.
      Não concordo. Acho que temos opiniões diferentes, mas não vai dar par debater, pois voce ja definiu que eu estou errado! Assim para continuar eu teria que tentar mostrar que eu estou certo e você está errado. Além de ser um muito chato debater desta forma, também seria uma perda de tempo. A gente iria gastar energia e aborrecer os demais tentando mostar que cada um está certo, ao invés de procurar evoluir a partir das diferentes visões.

      @ Jairo R. Morales
      É uma hipótese. Eu entendo o raciocínio. Porém, não sei se é uma limitaçao minha, mas se considerarmos que isso deve se aplicar até o nivel das particulas mais fundamentais e que isso vem ocorrendo desde o Big Bang por exemplo, estamas flando de algo absurdamente enorme. Sinceramete, eu não aposto minhas fichas nisso.

      Quanto a “causas iguais” darem resultados diferentes, a minha dúvida é: Será que é isso mesmo ou é decorrencia de que aidna não conhecemos todas as cuasas? Em física quântica por exemplo, muitas coisas ainda não são entendidas e, ao meu ver, nunca serão! Isso pode ser a “causa” do aparente comportameto probabilistico do universo.

    • PhysicistJB:

      Ok, caro Walterz, não precisamos debater. Porém, vamos continuar buscando nos aproximar mais da realidade.

      Apenas esclarecendo um detalhe: você disse que eu o defini como errado. Não é minha intenção ser o dono da verdade, pois, é muito saudável o questionamento e formação de opinião própria. Contudo, não se deve fechar os olhos para os fatos. As coisas são como são. Visões diferentes servem para refinar o que especulamos, não o que é definido.

      Tuas considerações são bem vindas.

  • Jonatas:

    A teoria da supersimetria diz que para toda partícula massiva existe uma outra que seria seu reflexo supersimétrico, um alter-ego, existindo numa frequência diferente e interagindo muito pouco com a matéria comum.
    Especulando, será que nosso Universo não poderia ter esse alter-ego supersimétrico?

    • PhysicistJB:

      Prezado WalterZ, você será muito bem vindo ao nosso mundo científico. Por favor, me dê a chance de explicar alguns detalhes a mais para você já cair matando na ciência: é justamente a matemática a base mais sólida que temos para comprovar uma teoria científica. É ela que nos dá a dimensão daquilo que estamos estudando. Se o observado alinha-se com o calculado é porque está correto naquele domínio estudado. Quer alguns exemplos? Foi com a matemática pura e simples que Eratóstenes, uns 300 anos antes de Cristo, determinou a circunferência da Terra. O planeta Netuno foi apontado como um corpo de grande massa bem antes de ter sido visto. É com matemática que fazemos as previsões científicas, por exemplo, o dia exato e onde teremos um eclipse. Agora compreenda: se a teoria funciona apenas num determinado domínio (por exemplo, a mecância de Newton que sobrevive apenas no domínio de baixas velocidades) não é culpa da matemática e sim da própria teoria. Além disso, não diga que essa ciência é uma teoria. Matemática é razão pura. Literalmente lógica. Ela prova a ela mesma, se diferenciando fundamentalmente das demais ciências. E por fim, não se engane sobre a definição de teoria, como os religiosos influentes fazem: teoria é uma proposta que já foi testada e ela conta com resultados a favor. Se você fala “é apenas uma teoria e não foi provada” você está se referindo a uma hipótese (deus, por exemplo). Compreende que há uma diferença? Se uma proposta é uma teoria é porque ela já chegou a um status acima.

      Sem mais, espero que você persista na idéia de se tornanr um cientista (eu ainda tenho esperança no Brasil), pois, nós necessitamos de mais cientistas e menos religiosos!

    • Jonatas:

      PhysicistJB, eu sou brasileiro e gosto desse país… mas tenho pouca esperança de que essa nação cresça em ciência nos próximos tempos e não considero que a culpa seja da religião, mas sumariamente por duas razões: povo (passivo e festeiro demais, felicidade ilusória), e governo que implementou uma ideia focada mais na assistência ao povo do que na capacitação do povo (focado mais em assistência do que em educação de qualidade).
      Quanto a ateísmo, pesquisas mostram que ele tende a crescer junto com o desenvolvimento educacional e socio-econômico de uma nação, logo, é consequência, e não uma causa.

    • Marco337:

      Jonatas, agora vc se superou. Viajou bonito na maionese. Alter-ego? Existindo numa freqüência diferente? Não sei não… Vc viajou pela cabala, passou pela psicologia, entrou no espiritismo, rebuscou na meditação transcendental com essa ” outra freqüência” … Enfim… Estamos na era da evolução das partículas massivas freqüentando centro de ayuverda

    • Jonatas:

      Marco, numa expressão simples: qual é a tua?
      A princípio: fala mal de ciências, fala mal de neurociências, de astronomia, de física, de matemática, de estudos sociais… mas se auto-intitula um Intelectual – quem tanto tenta aparecer é um frustrado querendo chamar atenção, e não um real intelectual – intelectual não precisa dizer que é -> Mostra, com humildade, respeito e diálogo.
      E, sendo anticientífico ferrenho – O que tu quer nesse site? seguidores? atacar alguém? promover uma crença de que o transcendental existe e a ciência teórica não serve pra nada?
      Pela positivação dos teus posts… não sei o que quer mas conseguir não vai – aqui não é lugar de “gente que se auto-consagra superior”, aqui é lugar de Intelectuais legítimos e pessoas que querem Aprender – ambos curiosos, e a maioria com ambas as características.

      Agora, pra ver se entra na tua cachola, pesquise antes de falar beisteiras: Supersimetria, é uma Teoria Matemática, relacionada a Matéria Escura (partículas WIMPs), Campos Quânticos e Teoria das Cordas. Nada disso tem a ver com paradigmas espíritas, transcendentais, psicologia… E não duvido dessas categorias (pois ao contrário do senhor não me julgo dono da verdade), apenas não tem a ver diretamente com e nem faz parte do que falei – Supersimetria.

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