As invisíveis “flores” de cristal feitas em laboratório

Por , em 22.05.2013

Por meio de uma reação química específica, um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade de Harvard (EUA) criou “jardins” microscópicos, que cabem facilmente em uma moeda de um centavo.

Wim L. Noorduin e sua equipe juntaram água, dióxido de carbono, cloreto de bário e silicato de sódio, uma mistura que resulta em cristais que se auto-organizam. Ao alterar variáveis como temperatura, quantidade de dióxido de carbono e acidez da água, eles conseguiram controlar a maneira como os cristais criavam um arranjo, formando estruturas parecidas com flores – mais dióxido de carbono resultava em “folhas” mais largas e a acidez alterava as ondulações nelas, por exemplo. As imagens foram coloridas por computador, para aumentar a semelhança com flores de verdade.

Os cristais são tão pequenos que não são detectados por microscópios comuns – é preciso usar um microscópio eletrônico para poder enxergá-los. “Quando você olha através de um microscópio eletrônico, é como se mergulhasse no oceano e visse grandes campos de corais e esponjas”, conta Noorduin.

Estudos como esse não só ajudam cientistas a entender melhor estruturas que se auto-organizam na natureza, como as técnicas de manipulação podem ser aproveitadas em experimentos em escala nanométrica para criar arranjos com capacidades específicas.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Science.[Science, LiveScience, Gizmodo]

CrystalFlowers

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