Atletas superam “nerds” em teste de inteligência visual

Por , em 3.02.2013

Contrariando a ideia de que, para ser um atleta bem sucedido, você precisa abrir mão da “inteligência” e se focar apenas na proeza física, estudo recente mostrou que é possível aliar as duas coisas.

O pesquisador Jocelyn Faubert, da Escola de Optometria da Universidade de Montreal (Canadá), reuniu 102 jogadores profissionais de hockey, rugby e futebol, 173 atletas amadores de elite e 33 universitários não atletas para realizar um teste de inteligência visual desenvolvido por ele, o 3D-MOT.

Enquanto um computador gerava na tela uma série de objetos tridimensionais em movimento, os participantes tinham de descrever a cena com a maior precisão possível. Cada participante passou pelo teste 15 vezes.

“Embora o contexto não tivesse nada a ver com qualquer esporte específico, nós percebemos que atletas profissionais foram capazes de processar as cenas muito melhor do que atletas amadores, que, por sua vez, se saíram melhor do que os estudantes”, explica Faubert. “Parece que os atletas são capazes de hiper-focalizar sua atenção para intensificar o aprendizado, o que seria uma das chaves para suas habilidades”.

O 3D-MOT permite avaliar capacidades consideradas essenciais para a percepção visual e habilidades cognitivas relativas à observação de cenas complexas: distribuição da atenção entre “alvos” móveis em meio a distrações, largo campo de visão, velocidade máxima de um objeto que pode ser acompanhada, e percepção de profundidade.

“Claramente, processamento mental e aprendizado de habilidades são chaves para a excelente performance de atletas profissionais”, aponta o pesquisador. “Contudo, ainda não está claro se esse aprendizado superior é exclusivo de atletas profissionais e, mais do que isso, se essas habilidades são natas e os levaram a ser selecionados, ou se elas são adquiridas por meio de treinamento extensivo”.[Nature] [Medical Xpress]

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