Esse bebê foi concebido apenas um ano após sua mãe nascer

Por , em 20.12.2017

O embrião humano congelado por mais tempo resultou, no mês passado, em um nascimento bem sucedido. Emma Wren Gibson, que nasceu no último dia 25 de novembro, no estado americano do Tennessee, é o resultado de um embrião originalmente congelado em 14 de outubro de 1992, conforme conta a repórter Susan Scutti em uma reportagem para a rede CNN.

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Filha de Tina e Benjamin Gibson, de 26 e 33 anos, respectivamente, a criança veio ao mundo pelas mãos do médico Jeffrey Keenan, diretor médico do Centro Nacional de Doação de Embriões (NEDC, do inglês Nation Embryo Donation Center). “Eu só queria um bebê. Eu não me importo se é um recorde mundial ou não”, contou Tina à CNN.

Doação de embriões

Até hoje, o NEDC possibilitou que 686 novos bebês viessem ao mundo ao encontrar pais para embriões congelados e doados por outros casais, anônimos. Promovendo, facilitando e educando sobre a doação e adoção de embriões humanos, a clínica recebe os embriões que sobram de processos de casais que passam por fertilização in vitro.

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Os embriões excedentes podem ser doados para pesquisas, simplesmente descongelados para que sejam inviabilizados, podem ser mantidos congelados ou doados para um casal que é incapaz de conceber uma criança. Eles são chamados de “snowbabies” (bebês de neve, em tradução livre), suspensos em congelamento enquanto não forem implantados no útero de alguma futura mãe.

No caso do casal Gibson, o exemplar recebido havia sido congelado em 14 de outubro de 1992. Até então, o embrião mais antigo que resultou em um parto bem sucedido tinha 20 anos de idade.

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Jason Barrit, diretor do laboratório e pesquisador do Centro Reprodutivo do Sul da Califórnia, explicou à CNN que em apenas 15% ou 20% dos casos há embriões excedentes, já que o processo de fertilização in vitro evoluiu o suficiente para que não seja necessário criar muitos embriões para garantir o sucesso na transferência. “Geralmente, os casais têm embriões que sobram porque completaram suas famílias e não precisam mais dos embriões adicionais”, disse. [CNN, NEDC]

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