Cientistas japoneses podem ter a solução para a calvície, com uma técnica que cresce cabelo a taxas recordes

Por , em 7.02.2018

Uma nova pesquisa da Universidade Nacional de Yokohama, no Japão, desenvolveu uma maneira de cultivar folículos capilares a uma taxa recorde.

O método é um avanço enorme em relação a outras técnicas existentes e já testadas em estudos, pois é 100 vezes mais eficiente.

No entanto, ainda não foi testado em seres humanos, e isso só deve acontecer dentro de cinco anos. De acordo com um dos autores do estudo, o professor Junji Fukuda, um tratamento para a calvície poderia estar disponível em dez anos.

Método

O estudo usou dois tipos de células colocadas em recipientes de silicone para cultivar “embriões” de folículos capilares, as fontes dos minúsculos órgãos que crescem e mantém o cabelo.

A equipe japonesa conseguiu cultivar 5.000 em apenas alguns dias, o suficiente para “reabastecer uma careca”. Outros métodos, até hoje, só haviam conseguido cultivar cerca de 50 no mesmo tempo.

A tecnologia não tem apenas finalidade estética, mas poderia também ajudar pacientes com câncer e outras condições médicas que causam perda de cabelo.

A maioria dos tratamentos atuais só pode diminuir a perda de cabelo ou redistribui-lo pela cabeça, mas não necessariamente reverte o problema. Um novo tratamento usando essa abordagem superior seria uma enorme vantagem.

Esclarecimentos

Fukuda fez questão de enfatizar que o estudo é inicial e ainda será desenvolvido em uma terapia. O ideal é que as pessoas não o interpretem a sua própria maneira, por enquanto.

Por exemplo, surgiram alguns boatos de que as batatas fritas de redes de fast food poderiam ajudar a curar a calvície, porque o silicone usado na pesquisa, o dimetilpolisiloxano, é supostamente também utilizado pelo MC Donald’s em suas fritadeiras.

Consumir a substância sozinha não oferece nenhum benefício, no entanto.

“Eu vi comentários online perguntando ‘quantas batatas fritas eu tenho que comer para crescer meu cabelo?’ Eu me sentiria mal se as pessoas pensassem que comer alguma coisa faria isso”, Fukuda esclareceu à AFP.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista Biomaterials. [MedicalXpress]

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