Comer mais proteínas e menos carboidratos ajuda a manter o peso
Segundo um novo estudo, comer mais proteínas e menos carboidratos refinados ajuda a manter o peso.
Os participantes do estudo foram divididos em grupos alimentares de variadas quantidades de proteína, uma quantidade moderada de gordura, e diferentes quantidades de carboidratos, classificados como de alto ou baixo índice glicêmico, uma medida que indica quão rápido um alimento é convertido em açúcar no sangue.
Os resultados da pesquisa mostram que, entre homens e mulheres que perderam pelo menos 8% do seu peso em uma dieta de baixa caloria, aqueles que passaram os próximos seis meses seguindo uma dieta de manutenção rica em proteínas e pobre em carboidratos refinados foram os menos prováveis a ganhar qualquer peso novamente, e também foram os menos propensos a abandonar o estudo.
Os pesquisadores alertam que ainda não é possível afirmar que as descobertas do estudo podem ser transformadas em conselhos dietéticos para uma utilização mais ampla, porque o índice glicêmico não é uma ferramenta fácil e simples de usar. A maioria das pessoas talvez não consiga.
O índice glicêmico (IG) foi originalmente desenvolvido para o uso dos diabéticos, e indica a rapidez com que a glicose atinge seu pico no sangue depois que uma pessoa come um determinado alimento. Alimentos de alto IG, como o pão branco, produzem um rápido pico de glicose no sangue, enquanto alimentos de baixo índice glicêmico, como pães integrais, causam um aumento mais lento do açúcar no sangue, que dura um período de tempo maior. A maioria dos rótulos de alimentos não indica o IG de um alimento, nem há informação adequada sobre isso na internet.
Participaram do estudo 773 homens e mulheres e suas famílias, em oito diferentes países da Europa Ocidental. As famílias foram distribuídas aleatoriamente em uma das cinco diferentes dietas de manutenção de peso por 26 semanas. Nenhuma caloria era restrita, mas quatro das dietas ditavam a proporção de proteínas, gorduras e carboidratos refinados que deveriam fazer parte da alimentação diária.
Um grupo sem restrição alimentar serviu como controle, e o resto foi designado para comer ou uma dieta de baixa proteína e baixo IG; ou uma dieta de baixa proteína e alto IG; ou uma dieta de alta proteína e baixo IG; ou, por fim, uma dieta de alta proteína e alto IG.
Nos grupos de baixa proteína, as pessoas consumiram 13% das calorias em proteína. Nos grupos de alta proteína, 25% da energia total consumida foi de proteína. Pessoas em todos os grupos puderam comer o quanto quisessem.
61% dos adultos (548 pessoas) concluíram o estudo. Enquanto cerca de 26% das pessoas do grupo de alta proteína ou do grupo de baixo IG abandonaram o estudo, 37% das pessoas do grupo de baixa proteína ou alto IG abandonaram.
Entre os que completaram o estudo, apenas aqueles que comeram a dieta de baixa proteína e alto IG ganharam uma quantidade significativa de peso (1,67 kg, em média). Quando os pesquisadores analisaram separadamente as pessoas nos grupos de dieta de alta proteína, eles descobriram que essas pessoas ganharam cerca de um quilo menos do que aqueles nos grupos de baixa proteína. O mesmo foi verdade para o baixo IG versus grupos de alto IG.
Alimentos com baixo IG, portanto, podem ser uma solução. Mas os pesquisadores sugerem que as pessoas usem o bom senso na aplicação do princípio do baixo índice glicêmico. O chocolate de avelã Nutella, por exemplo, tem um IG mais baixo do que cenoura cozida, embora, obviamente, não seja um alimento mais saudável. Segundo eles, as pessoas devem usar o conceito de IG nos grupos de alimentos mais saudáveis, por exemplo, escolher pães integrais ao invés de pão branco, ou arroz integral e não branco.
A pesquisa pode ser muito útil a sociedade. Enquanto muitas pessoas conseguem emagrecer, o desafio maior continua sendo manter o peso, e não engordar novamente. O fato de que as dietas de alta proteína e baixo IG foram mais bem-sucedidas sugere que manter o peso pode ser mais fácil do que se pensava.
Assim, pode não ser tanto uma questão de força de vontade, e sim de saber a dieta certa. Segundo os pesquisadores, as pessoas podem tentar isso em casa. Adicionar uma porção de nozes e feijão à dieta todos os dias, bem como cortar os grãos refinados, é a melhor escolha. Isso irá produzir, pelo menos, uma mudança de hábitos alimentares do mesmo nível obtido no estudo. Se todos cortassem duas porções de cereais refinados e os substituíssem por uma porção de nozes e feijão, o impacto na saúde pública seria potencialmente enorme. [Reuters]
6 comentários
oi estou fazendo a dieta da proteina e não posso comer carboidratos ,me ajude a montar uma tabela de alimentos que só tem proteinas ,porfavor
conto com sua ajuda
Se essa dieta for por apenas 2 semanas, tudo bem, mas se for por um período maior aconselho a usar algum carboidrato de baixo índice glicêmico diariamente (aveia, linhaça e germe de trigo sobre uma banana amassada, por exemplo). Ingira bastante água para ajudar a limpeza orgânica. Você irá sentir muita fraqueza se não colocar algum carboidrato pela manhã (ideal).
Os alimentos de origem proteica são: carnes (incluindo frios), queijos, ovos (mexidos, cozidos, omelete, etc).
Não descarte pequenas porções de legumes
Entender como funciona nosso metabolismo também é uma forma de emagrecer sem tanto sofrimento.
Visitem nosso site também:
http://www.vivoavidaleve.com.br/site/dica_mat_metabolismo.html
Grande abraço!
Vivo a Vida Leve
eu queria saber qual e a melhor diet pra mim
Basicamente a dieta de Atkins, na sua fase de manutenção. A dieta tem três fases:
1. Indução (uma semana com restrição severa de carboidratos, para induzir a cetose);
2. Perda acelerada de peso (um período cuja extensão não lembro agora, em que a pessoa perde cerca de 1kg por semana);
3. Manutenção (gradualmente são acrescentados carboidratos de baixo índice glicêmico, até a pessoa quase sair da cetose – é para o resto da vida e é basicamente uma dieta rica em proteínas e com poucos carboidratos).
Ver esta pagina na hora do almoço nao é exatamente 1 boa coisa!!
que fome!!!