Comer rápido demais pode causar todos estes problemas de saúde: estudo

Por , em 21.11.2017

Um novo estudo japonês concluiu que comer muito rápido pode levar a uma série de problemas, como obesidade e síndrome metabólica.

Em conjunto, estas condições podem até desencadear problemas cardíacos.

O estudo

642 homens e 441 mulheres com idade média de 51,2 anos, todos sem diagnóstico de síndrome metabólica no início do estudo, em 2008, foram divididos em três grupos, dependendo do que disseram que sua velocidade de alimentação habitual era: lenta, normal ou rápida.

Cinco anos depois, os pesquisadores descobriram que 11,6% dos “comedores rápidos” tinham desenvolvido síndrome metabólica, em comparação com 6,5% dos comedores normais e 2,3% dos comedores mais lentos. A velocidade de alimentação mais rápida também foi associada a maior ganho de peso, maiores níveis de glicose no sangue e uma cintura maior.

Em outras palavras, quem come mais devagar é menos propenso a se tornar obeso e a desenvolver síndrome metabólica. Esta síndrome é uma combinação de distúrbios – como pressão arterial alta, nível alto açúcar no sangue e nível baixo de colesterol bom – que podem ser prejudiciais por si só, mas que também podem aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes e derrame, especialmente se diagnosticados juntos.

“Comer mais devagar pode ser uma mudança de estilo de vida crucial para ajudar a prevenir a síndrome metabólica”, disse o cardiologista Takayuki Yamaji, da Universidade de Hiroshima, no Japão, um dos autores do estudo.

Evidências

Este estudo coincide parcialmente com pesquisas anteriores que já haviam sugerido que comer rápido leva a um maior risco de obesidade.

Parte do motivo parece ser que o estômago não tem tempo para dizer ao resto do corpo que já está satisfeito, então acabamos comendo mais do que precisamos.

“Quando as pessoas comem rápido, elas tendem a não se sentir cheias e são mais propensas a comer demais. Comer rápido também causa maior flutuação da glicose, o que pode levar à resistência à insulina”, explica Yamaji.

A pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas e publicada em uma revista, apenas apresentada na conferência Scientific Sessions 2017 da American Heart Association. [ScienceAlert]

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