Como gatos sobrevivem a quedas de grandes alturas?

Por , em 27.03.2012

A incrível habilidade dos gatos de cair de grandes alturas e não sofrer nenhum dano é puramente uma questão de física, biologia evolucionária e psicologia.

“Nós sabemos que esses animais têm esse comportamento, e existem muitas histórias incríveis de sobrevivência”, afirma a bióloga Jake Socha.

O problema é que os cientistas não pretendem ficar jogando gatos de alturas para estudar esse tipo de habilidade. Poucas pesquisas foram feitas até o momento.

Um estudo de 1987, realizado com 132 gatos que foram trazidos para uma clínica veterinária após quedas muito grandes, constatou que 90% sobreviveu e apenas 37% precisou de tratamento de emergência. Um deles caiu de uma altura de 32 andares e apenas quebrou um dente e danificou um pulmão, sendo liberado 48 horas depois.

Os cientistas justificam que os gatos têm uma grande área superficial se comparada com o peso, o que reduz a força do impacto no chão.

Os gatos atingem a velocidade terminal (quando a força gravitacional que o puxa para baixo é igual e oposta à resistência do ar, que o empurra para cima) a uma velocidade menor do que animais grandes, como humanos.

Pra exemplificar, um gato de tamanho comum atinge velocidade terminal a cerca de 97 quilômetros por hora, enquanto um humano atinge a 193.

Por serem animais “arbóreos”, os gatos, assim como macacos, répteis e outras criaturas do tipo, são desenhados pela evolução para serem incrivelmente resistentes a quedas.

“Ser capaz de sobreviver a quedas é algo crítico em animais que vivem em árvores, e os gatos são um deles”, afirma Socha.

Através da seleção natural, os gatos desenvolveram um instinto para girar o corpo, como um ginasta, alongar o rabo, e cair com as patas prontas para a queda.

Esses animais também podem abrir as pernas de maneira a criar um efeito “para-quedas”. Os músculos das pernas sevem como molas para absorver choques, e os membros também estão angulados em baixo do corpo, ao invés de se estenderem, como nos humanos.

“Se o gato tivesse que aterrizar com as pernas diretamente abaixo da coluna, os ossos iriam todos se quebrar. Mas eles colocam essa energia nas juntas, o que força menos os ossos”, explica Socha.

Tem um gato e planeja fazer um teste? Gatos urbanos tendem a estar acima do peso e com uma condição física imperfeita. Isso limita a capacidade de se endireitar enquanto caem, então melhor deixar as janelas fechadas. [BBC]

18 comentários

  • Bruno Lopes:

    “Um estudo de 1987, realizado com 132 gatos que foram trazidos para uma clínica veterinária após quedas muito grandes, constatou que 90% sobreviveu e apenas 37% precisou de tratamento de emergência.”
    Se são 132 gatos e 90% sobreviveram, então não deveriam ser 10% que precisaram de tratamento?

    • Cesar Grossmann:

      Não. Os gatos que não sobreviveram não precisaram de tratamento. Entre os que sobreviveram, 37% necessitaram de tratamento. Os gatos foram divididos em dois grupos:

      1. os que não sobreviveram: 10% – 13 gatos

      2. os que sobreviveram: 90% – 119 gatos

      Os gatos que sobreviveram foram divididos em dois grubos:

      2.1 os que precisaram de tratamento de emergência: 37% – 48 gatos
      2.2 os que não precisaram de tratamento de emergência: 53% – 71 gatos

      (os números acima não são do estudo, mas de cálculos simples com os número apresentados).

  • kaio:

    Putz, Gatos são Gatos, felinos serão semmpre os Melhores!

  • Marte:

    Há mais sobre a arte do pouso dos gatos, vale a busca.

  • Hilana:

    “Gato arbóreo” é novodade pra mim, interessante!

  • telmo flores:

    vou experimentar nos gatos da minha irmã, vou jogá-los da janela do segundo andar, quero só ver

  • Mirantesul:

    Realmente, os gatos são tão excepcionais que os políticos se inspiraram neles:
    1. Roubam com uma facilidade incrível e sempre conseguem escapar;
    2. São extremamente oportunistas;
    3. Quando você pensa que a queda vai acabar com eles, lêdo engano: Sempre caem de pé, prontos pra outra;
    4. Estão sempre molhando a mão para pegar peixe de aquário alheio;
    5. Sempre procuram jogar areia em cima da M…que fazem.

    • Eduardo Callado:

      Mirantesul, lamentável a sua comparação dos gatos com os políticos. Nada haver.Já vi que você nunca observou o comportamento desses felinos. Quem rouba é a nossa espécie. Gatos pegam comida quando não há “dono” por perto. Se um gato aproximar-se de outro com um pedaço de carne vai ouvir um “rosnado” e vai respeitar isso. Mas se o outro largar ele pega. Sempre, não. Como o próprio artigo afirma, eles são muito resistentes a quedas, mas não infalíveis. Jogar areia nos excrementos é uma estratégia de caça para não ser rastreado pelas suas futuras presas. E nos um favor que os cães não o fazem.

    • Willians Lima:

      até curti o comentário, mas q maldade com os bichinhos compara-los com essa corja de corruptos safados.

  • Marcia:

    Essa matéria é um disservico.
    Inumeros animais sao vitimas todos os dias pela irresponsabilidade dos seus donos…pois assim como na matéria, acreditam que o gato caia de pé, nao se machuque e que nao vai pular pois percebe que é alto.
    O acaso é a sobrevivencia do gato, nao que ele caia de pé. Os numeros estao absolutamente errados.
    Vejam com quem recebe animais( no caso os veterinarios) qtos saem ilesos depois de quedas…a grande maioria se nao morre ficam com sequelas irreversiveis que vao desde uma sequela neurologica até a paralisia.
    Gato é um animal curioso e vai mesmo atras de borboletas, insetos e até uma poeira que veem contra a luz.
    Tela de protecao é o logico e o que deve ser considerado para quem quer ter um animal tao maravilhoso como um gato.
    A posse responsavel é a unica verdade concreta .

    • Elias:

      Por favor Marcia, eles não falaram pra ninguém sair atirando gatos, bem pelo contrário, é só ler o último parágrafo!!
      E o objetivo é entender como eles conseguem fazer isso, apenas por curiosidade científica (e aplicação robótica.. rsrs)!!!!

    • Cesar:

      Marcia, existe alguma estatística de sobrevivência de felinos a quedas que você quer compartilhar conosco? Por que o artigo em questão justamente foi em serviços veterinários para ver com quem recebe os gatos qual é a taxa de sobrevivência e quais os danos que os gatos sofrem.

      Se você tiver uma estatística para compartilhar, tenho certeza que não só nós, mas também os autores do artigo original gostariam de vê-la.

    • Maya Samanta:

      Tem gente que não adianta ter um bom português, boa pontuação, escrita regular e fluência ao ler, pode ter todos esses atributos mas não sabe ler, compreender e interpretar um simples texto.

  • Claudia:

    Quem tem gatos, TEM QUE ter telas. Quedas não são acidentes, são frutos da irresponsabilidade.
    E essa taxa altíssima de gatos “ilesos” não corresponde, de forma nenhuma, ao que se vê no dia a dia. Qualquer veterinário sabe que casos fatais são comuns, e mais comuns ainda os casos de fraturas terríveis e paraplegia.
    Para quem ainda não acredita, basta visitar o site do Adote Um Gatinho, de São Paulo:
    http://adoteumgatinho.uol.com.br/susan_ronron.htm

    • Cesar:

      Claudia, você tem uma estatística para compartilhar? O artigo tem esta aqui: “Um estudo de 1987, realizado com 132 gatos que foram trazidos para uma clínica veterinária após quedas muito grandes, constatou que 90% sobreviveu e apenas 37% precisou de tratamento de emergência.”

      Em outras palavras, de 132 gatos que foram levados a uma clínica veterinária APÓS QUEDAS MUITO GRANDES, 90% sobreviveu, ou seja, a taxa de fatalidades é de 10%, ou 13 gatos. 48 gatos precisaram de tratamento de emergência, ou seja, 71 gatos não precisaram de “tratamento de emergência”.

      Estes números são de uma clínica.

  • Angel M.:

    Ai por essas e outras que eu amo os gatos! =D

  • Jonatas:

    Há três filhotes na casa da minha mãe, e evidentemente é a maior bagunça quando resolvem brincar. Os movimentos que eu vi, a agilidade, velocidade e força deles é inacreditável. Fazem o Bruce Lee parecer uma lesma.

    • Chuck Norris®:

      Os ratos que o digam. Os gatos são muito ágeis. Dificilmente deixam um rato escapar.

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