Crianças que apanham dos pais são adultos mais bem-sucedidos, diz estudo

Por , em 11.01.2010

A repreensão física se torna cada vez mais uma prática condenada e mais incomum, mas um novo estudo realizado nos Estados Unidos afirma que crianças que apanham dos pais como parte da educação têm melhores notas e são mais otimistas. Além disso, estas crianças, que receberam repreensão física dos pais antes dos seis anos, têm maiores chances de fazer trabalhos voluntários e mais vontade de ter um curso de graduação.

Apesar dos resultados mostrados pela pesquisa, grupos de direitos humanos argumentam que esta é uma forma antiquada de educação, que pode levar a danos e problemas mentais nas crianças. Marjorie Gunnoe, que realizou a pesquisa, afirma que o estudo mostra que não há provas suficientes para impedir que os pais escolham como devem punir os filhos quando fazer algo errado. “Eu acho que bater nos filhos é uma ferramenta perigosa, mas às vezes existem problemas grandes o bastante para esta ferramenta”, afirma a pesquisadora. “Só não se pode usá-la para todos os problemas”, esclarece Gunnoe.

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A pesquisa foi realizada com 179 adolescentes, que responderam a um questionário sobre a freqüência com que apanhavam dos pais e com que idade tinham recebido a repreensão física pela ultima vez. Depois, os resultados foram comparados com outros questionários, que falavam sobre efeitos negativos – comportamento anti-social, atividade sexual precoce, violência e depressão – e positivos – sucesso acadêmico e ambições de vida.

Os adolescentes que levaram palmadas até os seus anos afirmaram ter melhores performances em quase todas as categorias positivas e não mostraram resultados piores nas negativas do que aqueles que não apanhavam. As crianças que apanharam dos sete aos 11 anos também mostraram melhores resultados acadêmicos, embora também tivessem mais problemas, como envolvimento em brigas. Os participantes que afirmaram ainda apanhar dos pais tiveram resultados piores em todas as categorias.

Respostas

A pesquisa trouxe à tona a ira de organizações que defendem o fim das punições físicas. Nos Estados Unidos, a Sociedade Nacional de Prevenção à Crueldade afirmou, em declaração oficial, que crianças devem ter proteção legal a agressões, como os adultos. “Outras pesquisas mostram que bater nos filhos afeta o comportamento e desenvolvimento mental das crianças, e aumenta as chances de elas se tornarem anti-sociais”, afirma a organização.

Entretanto, organizações de pais, como a Parents Outloud, defendem leves palmadas como uma ferramenta de educação válida. Margaret Morrissey, porta-voz da organização, afirma que é muito difícil explicar para uma criança pequena que algo que ela fez é errado. “Um leve tapinha muitas vezes é o meio mais eficiente de ensinar a elas que não devem fazer algo que é perigoso ou danoso a outras pessoas”, diz.

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Entretanto, mesmo a organização que defende uma leve repreensão física concorda que qualquer violência mais pesada deve ser combatida: “Qualquer coisa a mais que um leve tapa é errado, mas os pais devem ter a liberdade de disciplinar seus filhos sem medo”, afirma Morrissey. Aric Singman, autor do livro “The Spoilt Generation” (“A geração mimada”, sem edição em português), defende que uma maior autoridade por parte dos pais ajudaria na disciplina das crianças. “Se a repreensão for feita por um pai que tem um afeto normal e sensível, a sociedade não deveria julgar isso”, afirma o escritor. “Devemos confiar que os pais sabem a diferença entre uma repreensão física e um soco, por exemplo”. [Telegraph]

77 comentários

  • Allan Nechio:

    Eu também discordo dessa pesquisa.Apanhei até meus 14 anos até meus pais se separarem.Vivia num regime de opressão e medo.Além de castigos físicos como socos e xingamentos,eu era obrigado a ficar calado.Por ter uma voz fina e fraca na época quando tentava falar com meu pai ele dizia:”Fala com a boca muleque”.Desisti de me expressar varias vezes por lembrar dessa frase ou dos socos.
    Lembro tambem que aos fins de semana meus dois irmãos ea minha mãe iam pra casa de meus avós enquanto,eu ficava sozinho com pai.
    Eu sempre acordava com a esperança que no sábado iriam estar todos lá.Mas parece que minha mãe só acordava meu dois irmãos.
    Um dia eu acordei junto com eles e vi a minha mãe fechando a porta na minha cara.Ela dizia que meu pai queria ficar comigo pq “gostava mais de mim”.
    Amor nunca aprendi o que é isso.

    • Allan Nechio:

      Talvez se nessa época os “tapinhas” fossem proibidos, eu não teria levado um soco.

  • Junne:

    Só aceitarei a agressão às crianças por seus pais quando for aceitável que filhos batam em seus pais quando estiverem velhos, indefesos e dependentes de seus filhos.
    Os idosos também são teimosos, desobedientes e respondões!!

    • wagner.dtr:

      Mas isso seria violência contra uma pessoa que não pode se defender!!!

    • Érica Furukawa:

      wagner.dtr, E bater em criança também não é violência contra alguém que não pode se defender???

  • Fabíola Schmitt:

    Não quero criticar nem nada as pessoas que apanharam, pois eu apanhei sim quando pequena. Só que tem crianças que são muito desrespeitosas com os pais, batem neles, xingam, acham que mandam em tudo e os pais apenas o ensinaram com palavras ou carinho e de que adiantou? O garoto é uma peste. Que não respeita ninguém, isso com 8 anos. Ele bate na mãe sem pestenejar e agora lhes pergunto porque essa criança é assim? Ela nunca apanhou e apenas foi tratada com amor e carinho, e caso fazia algo era repreendida, mas de nada adiantou e então o que fazer com crianças como esta?

    • Allan Nechio:

      Supernany já mostrou.

  • Lígia:

    Hoje tenho 39 anos apanhei dos meus pais até os 37 anos! Apanhei por tudo para estudar! Para não trabalhar fora pois para minha mãe mulher que trabalhava fora aos 16 era puta! Apanhei quando tinha 15 para jamais assistir novela da globo! Apanhei quando era adolescente para não ter amigos e para não conversar com rapazes na escola! Tudo em nome da ignorância de minha mãe e de meu pai! Sabe o que aconteceu eu nunca me casei! Eu não tenho emprego estou mais uma vez desempregada! Sou totalmente desamparada e hoje vivo das migalhas daquela que me violentou! Me tornei uma pessoa triste! jamais consegui vencer ns vids sou uma pessa tatalmente triste essa é a pesquisa mais mentirosa que já vi!!!!!!!!!!!!!!!

    • wagner.dtr:

      Eu entendo você.

    • Nahum Pereira:

      Olá, Lígia! Sem defender ou acusar, neste momento, a prática de bater nos filhos para educá-los, apenas quero ponderar que o seu caso pessoal é mesmo terrível e não é disso que a pesquisa está falando. Aliás, veja a seguinte frase que pincei do texto acima: “Os participantes que afirmaram ainda apanhar dos pais tiveram resultados piores em todas as categorias”. Os pesquisadores citam a aplicação de palmadas leves em crianças até seis anos de idade” como tendo dado os melhores resultados na pesquisa. Como disse, estou apenas “pondo lenha na fogueira”, sem defender ou combater uma ou outra forma de pensar.

  • luci teresinha da s duarte:

    pais reativos são os covardes , eles agem sem pensar e batem nas crianças. Todos os pais precisam ser sensíveis porque quem age com muita sensibilidade as suas atitudes são inteligentes e sábias.
    Tenho um netinho de 1 ano e 6 meses eu so brinco e cuido dele, toda criança precisa é de amor e carinho. com elogios é a melhor educação principalmente até aos 6 anos.
    Tenho 60 anos e meu pai nunca me bateu, até hoje me lembro das historinhas que ele narrava.
    Parabéns ao pais sensíveis.

    • Carla Grossmann:

      Olha, eu questiono profundamente esse conceito de “bem-sucedido” expresso no texto. Pode ser que, pelo senso comum, ser bem-sucedido seja ter emprego bem remunerado, ou então ter mais cursos superiores. É preciso relativizar esse conceito, pois bem-sucedida pode ser a pessoa que tenha uma auto-imagem positiva e amorosa, e isso não está necessariamente ligado a critérios profissionais. Por outro lado, creio que bater numa criança seja uma dupla covardia: 1. bate em alguém inferior fisicamente, que não pode se defender, nem revidar; 2. bate em alguém que nele ou nela confia como seu provedor e protetor, ou seja: bate porque a criança ama e confia. Criança que apanha só aprende uma coisa: o mais forte vence. Talvez daí haja uma explicação “torta” que associe o aparente sucesso de alguns com o fato de terem apanhado na infância. Talvez pela busca de serem “maiores” do que aquele ou aquela que lhes infligiu violência na infância. Não dá para apoiar esse tipo de pesquisa sem relativizar todas as suas vírgulas, ainda mais na sociedade atual, que dá tão pouco valor à vida, honra, dignidade, proteção, respeito à diversidade…

  • Jonatas:

    A psicologia infantil já está avançada o suficiente para não precisar de agressão, nem física nem psicológica, na educação. Não foram as surras que tornaram essas crianças mais bem sucedidas, foi a disciplina e autoridade paterna e materna que elas trouxeram, mas essa mesma disciplina e autoridade pode ser conseguida por metodologias muito mais eficientes e menos agressivas. 🙂

  • Jonatas:

    A psicologia infantil já está avançada o suficiente para não precisar de agressão, nem física nem psicológica, na educação. Não foram as surras que tornaram essas crianças mais bem sucedidas, foi a disciplina e autoridade paterna e materna que elas trouxeram, mas essa mesma disciplina e autoridade pode ser conseguida por metodologias muito mais eficientes e menos agressivas.

  • Guilherme:

    discordo de tudo desta pesquisa idiota!!
    muito pelo contrário: bater em uma criança, não só com a mão mas usando a boca também pode trazer mtos faleficios para a pessoa no futuro. um pai que bate num filho não está buscando o respeito dele e sim o medo. Se os filhos fazem algo errado, dão birra, e fazem bagunça, vamos ser óbvios que isso tudo é o reflexo da educação que dão a eles. dar bons conselhos, explicar, mostrar valiosas atitudes, e acima de tudo carinho e respeito, são jamais dispensáveis para que um filho se torne uma ótima pessoa independente da classe social. coisa que milhares de pais desconhecem e acabam errando e errando, causando só problemas e sofrimento.
    não tive esta oportunidade, mas não irei dar essa mesma educação para uma filho ou uma filha se um dia tiver um.

  • Norberto:

    Abaixo a Ignorância! Abaixo a Covardia!
    Quem ama não bate, educa. Educar não é bater. É falar explicar uma, duas, várias vezes, ter paciência e principalmente dar exemplo. Eu conheço muitas crianças maravilhosas e super educadas que nunca levaram um tapa.
    O problema não é a criança, são os pais.
    Está cheio de gente escrevendo e falando besteiras, dando opinião, geralmente opiniões idiotas, mas pesquisa mesmo e estudo tem fundamento cientifico, principalmente quando feito por reconhecida instituição de ensino. Duvido que alguma universidade famosa assine essa “Pesquisa”.

    Bom final de semana

  • Guilherme:

    O Pai agora não pode dar uma palmada no filho, ele tem que virar o rosto pro filho lhe advertir que se ele
    não andar na linha VAI PRA CADEIA. Os direitos do pai foram retirados durante os últimos anos e distribuído entre as castas menores que governarão este país e mundo…Estamos sobre uma sombra tão terrível neste país que mesmo DEUS seria condenado a prisão por não prestar socorro no devido tempo.
    Estamos cegos?! Que avanço é esse?! que destrói as famílias e que torna o pai um réu do julgamento?!

  • TIago:

    Se isso fosse verdade, eu deveria estar conquistando grandes coisas na minha vida, mas ate agora nada!

    A verdade e que sou bastante timido e depressivo, ou seja, bem ao contrario do que indica a pesquisa.

  • Roberto:

    Olhaí gente! vamos bater na criançada!
    Nada disso, a harmonia deve ser preponderante no lar, porém, afora os absurdos da Lei, desconheço quem nunca mereceu um bom corretivo. Até mesmo esses pais, legisladores, educadores e psicólogos que não estão nem aí e que consideram “bonito” o desrespeito e excessos que seus filhos cometem contra eles e contra outros, que não coibem o “bolling” infantil.

  • gabrielle:

    Eu acho q as crinças ñ devem apanhar so dar castigos para a criança pois eles podem ser adultos + susedidos + alguns ficam tramatizados!!:(

  • Conversar é a melhor forma de educar os filhos:

    […] pesquisa anterior mostrada pelo HypeScience aqui dizia que crianças que apanhavam tornavam-se adultos mais bem sucedidos. Para os pais (e para a […]

  • vita:

    Eu fico no meio termo,por que acho que cada pai deve educar seus filhos com responsabilidade,se a palminha tem resolvido acho que não ten nada demais,uma coisa é corrigir com amor,outra é ser violento.Eu levei muita surra do meus pais mas me lembro bem quando merecia e quando era agredida e isso me dava muito odio.

  • ludvig rieff:

    eu sou forte tenho musclos mas queria ter mais das duas coisas

  • Lu:

    Algumas crianças ficam mais fortes isso é obvio mas também desenvolvem varios problemas sociais,depressão,fobias sociais,raiva,eu nunca me esqueci quando meu pai me batia,e não acho certo até hoje,os pais fazem isso com raiva e por não saberem o que fazer e não exatamente como um método de educar os filhos!

  • raquel:

    Quem bate nos filhos são pessoas fracas e covardes

    Essa reportagem é ridicula!

    Violência não leva a nada, não sei com existe tantas pessoas que acreditam que bater em criança é correto!
    Pelo amor de Deus o ser humano tem muito que evoluir.

  • Milena:

    Concordo plenamente…acho q o Lula tinha q ler essa matéria!!!

  • Rejane:

    apanhei muito na minha infancia, e agradeço aos meus pais por hoje ser oq sou!

  • jonas:

    vai ver

  • jonas:

    ana flavia para de mandar comentarios

  • odimar:

    Não bata,batendo nos filhos só prejudica a você mesmo.

  • odimar:

    Não bata,porque você batendo não vai leva a criança a lugar nenhum.

  • jonas:

    a outros geitos de ensinar os filhos mas não batendo

  • Vanessa:

    Eu suo uma adolescente, já apanhei e digo quando se é criança é preciso apanhar para saber que o que se fez de errado, não está certo e não é toláravel.

    Admito que na hora eu ficava irado por apanha, mas embora não admitisse, sei que meu pais me amam, se fazem isso é para o bem, e para que eu aprenda,hoje em dia já não apanho, pois não faço nada que mereça a apanhar, e por que meu pais me criaram de forma que eu crescesse, e adquirisse maturidade, e inteligência, para não mas cometer esses erros,claro no sou perfeita por que apanhei, ninguém é, pelo contrario as coisas que cometo de errado me consomem o suficiente para, que uma conversa do meu pais comigo, me desmorone.

    …………

    Contudo digo tenho amigos que não apanham e são castigados, posso afirmar que, não conheço todos no mundo, mas sei, que eles não tem limites não se importam com as conseqüências, e sabem que não vai dar em nada, ou nem muita coisa, o que fizerem de errado.

    E até os que os pais conversam e castigam dizem:” não me importo pois o castigo acaba um dia “, ou seja ele não só não aprendeu nada como também não liga em, ser reprimido,acredito eu que por não ter aprendido muito bem, o certo e o errado, conversar funciona depois que se tem um entendimento do que é certo.

    Esses foram afetados facilmente, a maioria por problemas na familia, amigos e etc, tem menos interesses com os estudos e, não se importam muito com nada a não ser com o seus “umbigos”.

    Saibam pais que seu filhos tem que saber quem manda,e que as conseqüências não serram das melhores para eles, e na hora que tiverem de fazer algo de errado lembrarem, porque de não fazer?mas que esse não seja ficar uma semana sem computador ou videogame.

    ……….

    Eu peço as coisas pra minha mãe, mesmo sabendo que ela pode negar(e saibam que eu apanhava), mas saibam que não é tudo que seus filhos te contam e que nem sempre que te pedem, é porque confia, mas porque as vezes é melhor correr o risco de um não, do que de ser pego, depende da criança.

    Eu tenho treze anos, não sei muito da vida mas do pouco que sei, é que, vocês pais não devem ter medo de “bater”(castigar) no seus filhos pequenos, para que quando eles crescerem apenas a conversa baste, e vocês não sofram.

    OBS: Se seu filho não for um bom filho no futuro, não foi por que você pai “bate” nele, e sim por que ele não deu ouvidos aos seus ensinamentos e conselhos,porque agente ensina e diz o caminho por onde ele deve andar, ele obedece se for de sua própria vontade, pois agora ela já anda com sua próprias pernas.

  • Luis:

    Isso é tudo é bonito e querido.
    Mas convenhamos.
    Os nossos pais nao tinham nenhum livro de boas maneiras, nem se guiavam pela educačao do vizinho do lado.
    Cada um Educa o seu filho como convem.
    Foram criadas leis e leis, e é isso que se vé hoje em dia, crianćas sem descernimento.
    Capaz de bater a boca com o pai.
    Palmada bem dado.
    (DE PEQUENINO É QUE SE TORCE O PEPINO).

  • Marcelo:

    Sou um caso de quem apanhou muito na infancia, muitas surras, – de deixar marca, pensava como muitos que: graças a estas surras sou alguém bem sucedido e com uma vida tranquila, e que não me fizeram mal, ocorre que fazendo terapia há uns 10 anos – tenho 33 anos, tenho visto o quanto deixei e deixo de viver , que as agressões não me fizeram nenhum bem, além de me disciplinarem para ser bem sucedido. Cresci como uma criança violenta, solitária, e fechada, nunca aprendi a expressar sentimentos, ou a cultivar qualquer tipo de afetividade, e a saber lidar com minhas imperfeições, me tornei uma maquina de produzir resultados. Vejo amigos, que não tem as condições de vida que eu tenho, mas vejo que são pessoas que sabem aceitar suas imperfeições, sabem lidar consigo mesmas e com os outros com tolerância e paciencia. Tenho uma serie de desvios de personalidade, em função de punições excessivas, qualquer erro que cometo traz-me panico de ser punido, e outra serie de atitudes que assumo e que não são minhas, mas sim respostas às agressões sofridas na infancia. Tento evitá-las a todo custo mesmo sem existirem, e as coisas boas da vida muitas vezes vão passando sem que eu me de o direito de aproveitá-las.Tenho a impressão de estar dentro de uma bolha que foi forjada na minha pessoa e que não consigo transpor. Complicada a questão. Faço este relato para enriquecer o debate e por ser uma história real, além do que trata-se de um site especializado.

  • Dario:

    Este é um belo debate.

    Fazendo analogia com a eletrônica, diria que o caminho da palmada (ou da pancada, porrada), é o caminho do curto-circuito.

    Se encurta o caminho da corrente, ganha-se tempo…contudo pode-se estourar os terminais. Aqui no caso o cérebro.

  • Bruno FV:

    Marileide,
    senta o cacete no teu filho logo! HUSISUSHAS

  • Marileide:

    Adorei a matéria e os comentários, estou em um dilema de como educar e impor limites ao meu filho único de 6 anos , que desde os 4 meses foi criado em creche, de 8 às 19 horas.
    Uma vez que somente o diálogo não está surtindo efeito.
    Se você bate em uma criança em público, as pessoas ao redor irão te crucificar. Se não bate e cede para que ela fique quieta, não está agindo da forma correta.
    Tenho colocado meu filho de castigo, tirando o video game que ele adora, mas após o castigo, volta a agir de forma errada.
    Enfim, minha mãe teve 4 filhos e andava com a correia no pescoço. Qdo novos, nos batia com a cinta, qdo crescemos, com a fivela. Me lembro que parei de apanhar qdo tinha uns 12 anos. Não tenho raiva nem traumas por este motivo. Conseguiu que os 4 filhos se formassem , todos estão casados, e nenhum de nós possuimos vicios.

    • Guilherme:

      eram outras épocas, outros costumes, pelo visto vocês moravam na roça não é mesmo (sem faltar com respeito a ninguem) ?? eu acho que seu filho se comporta dessa maneira devido a sua falta de paciência e simplesmente por cometer o erro de milhões de pessoas: Não saber educar! quando eu digo educar, não só é ensinar o certo e o errado, mas também dar carinho, atenção e respeito as crianças. dica?? assista ao filme: A procura da felicidade.

  • Paulo Santos:

    Eu lembro-me muito bem, quando era criança tudo era mais calmo: na minha rua passava um dois ou três carros por dia, andava a maior parte do tempo a brincar na rua, nos campos, nas florestas e via pouca televisão.
    Actualmente, tudo está mudado, as crianças vivem cercadas por imensos estímulos (a maior parte é lixo). É claro que toda essa mudança afeta-nos também, mas não podemos cair no erro das comparações. Se as crianças de hoje são mais agitadas, a culpa é dos pais, da escola e sobretudo da política que cada vez está mais desgasta e velha, esta, só serve a corruptos.
    Então, se nós sabemos o queremos do futuro, quem é que nos vai livrar dos que nos oprimem?
    Está na altura dos deuses (extraterrestres) do passado voltarem à Terra, esta é altura ideal porque estamos a ficar cada vez mais evoluídos tecnologicamente e em breve vai ser possível viajarmos através da nossa galáxia. Se bem conheço os americanos, eles gostam de fazer guerras em todo o lado (vejam filme Avatar), por isso eu acho que os nossos amigos et’s não vão deixar os humanos sair para fora do sistema solar sem antes aprenderem boas maneiras.
    Parece ficção científica, mas tem lógica.

  • Leticia:

    O assunto é controverso porque cada caso é um caso.

    Só para esclarecer, não sou psicóloga, apenas mãe.
    Um livro que me ajudou muito foi “A CARÍCIA ESSENCIAL”, espero que não seja proibido divulgar aqui, não ganho comissão nenhuma:

    http://www.plurivalor.com/site/index.php/mode/item/products_id/655

    Também penso que bater “de leve” é subjetivo.
    O que para uma pessoa é leve, para outra não é.
    As crianças que estão recebendo as palmadas tb têm percepção diferente umas das outras.

    Existe a coerência tb.
    Se eu, que acredito que não se deve bater, acabar batendo numa filha, vou ficar preocupada por ter agido contra o que penso.
    E se um pai ou mãe que realmente acredita que só batendo a criança vai aprender, resolve mudar a forma de educar, mais tarde, quando algo não sair como deveria, vai achar que se tivesse batido teria sido melhor.

    Mas a verdade é que não somos donos das vidas dos nossos filhos.
    Já vi pessoas sem caráter que tiveram pais corretos, que deram bom exemplo, que deram muitas palmadas (nem tão leves assim), fizeram tudo que podiam para educar. E não funcionou.
    Então, nem TUDO se resolve dando palmadas.

    E se queremos um mundo menos violento, o melhor exemplo que podemos dar aos nossos filhos é tentar resolver os problemas sem usar a violência.

  • Marcos:

    “Quanto à parte da criança nova e que não confia… Tá brincando, né?”

    Não. A criança não entende, mas sente, se ela sente que os pais não são confiaveis, ela acaba por confiar apenas em si mesma, assim alimenta o narcisismo, onipotencia, etc, na personalidade da criança.

    Quando dizem algo como: “Palmadinhas, nada agressivo…”, pergunta-se: “Nada agressivo para quem?” Para mãe ou para criança? Para criança a simples intencionalidade é percebida e sentida, e vai, quando dentro dos 7 anos de vida, moldar globalmente a personalidade da criança, assim como o exemplo do narcisismo. (Confira…)

    Quanto ao seu amigo, ele tinha 10 anos, fora da idade de formação.

    Idolatrar o pai é um comportamento idealizado, crianças costumam idealizar o pai quando não tiveram uma “mãe suficiente”.

    Bom, isso é teoria psicanalitica, “Freud e outros, explicam”, vou parar por aqui, como já disse, sou aluno, estou falando demais…..

    E até onde vi, tudo aponta para não bater em crianças, os limites são conseguidos de outras formas,,, e essa pesquisa apresentada no site é falha, pelo motivo q expus no primeiro post, “adolescentes não são adultos bem sucedidos”….

  • Israel:

    Marcos,

    A citação foi muito boa! Parece que sempre olhamos pro passado vendados, apenas para podermos dizer: no meu tempo… hehehehe

    Quanto à parte da criança nova e que não confia… Tá brincando, né? Nunca vi uma criança perder a confiança nos pais por causa de uma palmada. Apanhei muito pouco mesmo quando era criança, era bem auto-suficiente e, segundo minha mãe, só fiz pirraça uma vez (ela não me bateu, mas resolveu o problema pra sempre, hehehe).

    Ninguém pode bater em alguém que não entende porcaria nenhuma, mas há uma idade intermediária em que é importante ser firme. Como disse, não é a método que adotaria, mas acho que reclamar de uma palmadinha, criar toda essa tempestade, é muita frescura (palmadinhas!!! Surra é outra história!!!).

    Um amigo me contou da única vez que o pai bateu nele. Disse que ele já tinha uns 10 anos e o pai mandou abaixar as calças, deitou-lhe no colo e lhe deu algumas palmadas. Esse cara idolatra o pai dele (o cara é herói mesmo), mas o bacana é que ele conta essa história sempre focado no significado que esse gesto do pai dele teve. Nunca disse que foi agredido (para um moleque de 10 anos uma palmada não é nada), mas o peso dessa repreensão simbólica surtiu todo o efeito que uma surra talvez não conseguisse.

    Resumindo, não tem a ver com machucar. Sobre isso, sou contra.

  • Israel:

    Letícia,

    costumo escrever de uma forma que soa agressiva, isso é um defeito que tenho. Na verdade, fico empolgado com debates desse tipo. Um professor irado, assim como um pai irado, não deve tocar em ninguém. Mas a correção padronizada de um professor racional já foi até imaginada por Lois Lowry em seu “The giver”, um livro muito interessante. Claro que essa correção é impossível e inaceitável hoje em dia.

    De toda forma, vc está muito bem, pelo que disse. Repito que apenas considero nossa diversidade, ou seja, crie suas filhas da melhor maneira que VC puder. Esse é um bom caminho a seguir.

  • Marcos:

    Ah… esses jovens de hoje em dia…

    “Os jovens de hoje rebelam-se contra a autoridade e não respeitam os mais velhos. Contradizem seus pais, cruzam as pernas e tiranizam seus mestres.”

    Sócrates, 470 – 399 a.C

  • Bruno FV:

    Eu vou dar muita porrada no meu filho HUSIHUSIHUSIHSAIS

  • Marc Flav:

    Quando assinei a newsletter desse site, já imaginava a quantidade de “ciencia” com a qual iria me deparar… Porém agora chega de fascismo, tô fora de tanta bobagem…. Mas vosmecês poderiam ser mais honestos e mudar o nome para algo como pseudociencia.

  • cíntia cristina souza:

    Sou favorável à repreensão sim. Os pais querem o melhor para seus filhos e cabe a eles em primeiro lugar o início da educação. é muito fácil você educar uma criança e não conviver com ela.tudo resolvido atrás de uma mesa no ar condicionado é mais fácil.Principalmente na atualidade onde a inversão de valores tomou conta do país, onde quem faz errado não é punido, se vc corrige o filho chamam a polícia como se a polícia não tivesse mais nada o que fazer. A polícia não vai te proibir de educar seu filho, ela vai combater abusos contra ele, o que é diferente.Devemos é educar sim, com palmadas sim, para evitarmos delinquentes sem limites que aterrorizam suas próprias famílias e a de outras pessoas.

  • Leticia:

    Israel
    Se deixei a impressão de que tenho certeza que minha maneira de educar minhas filhas funcionaria com todas as crianças, me expressei mal.
    Lembro de ter escrito num dos comentários, que mesmo sendo contra palmadas, ainda acho palmadas melhor do que não dar limites aos filhos. Mas tenho visto leves palmadas aos 4 anos se transformarem em surras de cinta aos 10 anos.
    Também admiti que minhas filhas não são crianças muito difíceis.
    Mesmo assim, às vezes tenho que me controlar muito para não dar umas palmadas, uma vez que este era o método da minha mãe.
    Ao contrário da grande maioria das pessoas que diz que não tem trauma nenhum por ter levado palmadas, não quero que minhas filhas sintam por mim o que eu sentia por minha mãe quando ela me batia. Este é o motivo emocional.
    E pelo lado racional, acho que se é válido bater nas crianças deveria ser válido bater na empregada quando ela faz algo errado por maldade, ou no vizinho quando nos irrita de maneira inadmissível e por aí vai…
    Se matriculássemos nossos filhos menores de 6 anos numa escola que filmasse tudo e assistíssemos a uma professora dando umas palmadas em nossos filhos num “daqueles” momentos em que eles estão desobedecendo, o que faríamos? Sob que pretexto?
    Só pai e mãe podem bater?
    Quando é a professora quem está “educando” é obrigada e ter controle emocional e paciência mas os pais estão dispensados disto?
    Sempre vejo crianças se jogando no chão do supermercado, gritando, deixando seus pais bem envergonhados. E observo estes mesmos pais fazendo alguma vontade desta criança para que ela se comporte. Ou seja, estão alimentando este comportamento.

    Tenho uma prima que fazia todas as vontades do filho porque ele prendia o ar quando era contrariado e ficava roxo! Ou seja, ele controlava todos os adultos com este truque.
    Uma vez ela saiu e fiquei com ele.
    Foi contrariado e ficou roxo. E desmaiou, porque não fiz a vontade dele!
    Mas eu sabia que quando a criança desmaia ela volta a respirar sozinha.
    Nem fiquei perguntando se ele estava melhor. Fiz de conta que não percebi que ele desmaiou. Nunca mais ele prendeu o ar comigo.
    Pergunto, quantos pensaram em sugerir que este menino precisava de uma palmadas?

    Considero isto um bate papo, onde cada um expões suas opiniões.
    Ninguém é dono da verdade.
    Com certeza vamos crescer ouvindo opiniões diferentes e pensando no assunto.

  • Paulo Santos:

    Outra coisa que faço com o meu filho é pedir desculpa quando vejo que não fui justo com ele, por exemplo: quando o acusei de algo que ele não era culpado.
    Sei que não sou um pai perfeito, mas estou a aprender. É pena que os nossos filhos sejam nossas cobaias e é claro que nós também fomos dos nossos pais. Então isto é um ciclo vicioso: bateram-me e eu bato nos outros… Como vamos quebrar e ciclo?
    Eu penso que o sistema educacional devia ajudar muito mais os pais, mas os governos apostam mais nas universidades do que no ensino básico ou primário (primário vem de primeiro).
    Até à actualidade, qualquer um pode ser professor, desde que passe nos exames. Ora, devia ir para professor, médico ou jurista, quem tivesse verdadeira vocação, mas não é o que acontece. Muitos desses ditos profissionais apenas andam a gastar o dinheiro dos contribuintes.
    Concluindo, para ser uma boa mãe e um bom pai, é necessário tempo e muita paciência e a maior parte das pessoas não têm essas condições. É verdade, eu sou sonhador e idealista.

  • Gilberto:

    O fato é que para educar sem bater, além de uma formação psicológica adequada, os pais precisam ser emocionalmente bem equilibrados o que é raro nos dias de hoje.
    Infelizmente não existem cursinhos para educação de filhos. Não existem cursinhos adequados nem para o casamento o que é uma lástima. Uma crise de relacionamento do casal acaba respingando nos filhos e tem graves consequências na educação destes.
    O tema é super complexo e não pode ser resolvido com algumas opiniões aquí e acolá.
    Talvez uma Assembléia Nacional ou uma CPI possam trazer mais luz ao problema.

  • Marcos:

    ” Ao amigo Marcos, uma curiosidade: a mamãe de Suzane (a órfã mais querida do país) era psiquiatra.”

    Sim, ser psiquiatra não confere imunidade a ninguem…
    Neurologistas também tem enxaqueca..

    “Gostaria de saber se esse rapaz residente de Psiquiatria tem algum filho.”

    Não.

    “Quero saber com ele faz qdo as crianças começam a chorar em locais públicos e se “rasgam” fazendo suas chantagens.”

    Não existe receita de bolo, cada caso deve ser avaliado, existem varias variaveis como idade da criança, a relação que ela vem tendo com os pais,a situação em si, etc…

    Mas o que sei sobre essa situação é que a recomendação dos especialistas é a de conter a criança, abraçando-a, pegando-a no colo, tirando ela do local, até que se acalme, tentando explicar a realidade (conforme a idade).

    Bater na criança nessa situação ela só perde. Perde pq é agredida, perde pq esta aprendendo um modelo de agressão,
    perde pq ela fica confusa, não entendendendo a relaçao “não poder ter aquele presente com apanhar”, etc… Ela vai entender algo como: “não ganhei o presente e ainda apanhei! meus pais não são confiaveis..”

    Também o contrario não deve ser feito, ceder e dar o presente, ai interfere nos limites…

    Condutas dos pais inadequadas na infancia vão ter consequencias na vida adulta, apanhar por exemplo, pode (Por um meio que não vou adentrar aqui) acabar por reforçar o narcisismo do adulto, e isso repercutirá em varios aspectos da vida do adulto, alguns aspectos o adulto não percebrá (Egosintonicos) outros ele percebe (Egodistônicos…)

    É dificil para quem cresceu nesse modelo aceitar que as crianças podem se desenvolver adequadamente sem ter que experimentar palmadas. (Sei por experiencia própria). Aos pais que tem esse habito sugiro que conversem com algum especialista no assunto…

    Em suma, não sei muito, sou residente, mas acreditem em mim, bater nunca é bom!!! heheh

  • ANDRE:

    Gostaria de saber se esse rapaz residente de Psiquiatria tem algum filho. Quero saber com ele faz qdo as crianças começam a chorar em locais públicos e se “rasgam” fazendo suas chantagens.

  • Erto:

    Caramba, vejam como é enriquecedor o assunto e não há um consenso.

    É isso que falo, não há regras.

    Eu aqui para finalizar digo que educo meu filho na base dos limites, do não, do castigo e da palmada sim.

    E posso garantir que ele me ama, pois após qualquer repreensão, de qualquer tipo, ele vem me abraça e pede desculpas e diz: Papai você é meu amigo né?
    Eu respondo: Sim meu filho, papai é seu amigo, mas sou seu pai e o papai tem de cuidar e corrigir o filho, tá bom?
    Eu acho que ele entende isso sim.

    Gostei dessa reportagem e principalmente por ler as idéias, pareceres e experiências dos que escreveram.

  • Israel:

    Letícia,

    Nem todas as pessoas são iguais a você. A personalidade dos pais também conta e, concordando em parte com o Paulo Santos, muitas vezes batemos por não sabermos como lidar com a situação de outra forma. Porém, como um pai poderia saber disso antes do primeiro filho? Como disse o Erto, a habilitação para pai seria uma verdadeira furada. Então alguém que não se julgasse criativo o suficiente para criar alguém sem umas palmadinhas deveria se eximir de ter filhos?

    Talvez sua personalidade seja bastante parecida com a minha, em termos de manipulação e calculismo (considerando a história que contou), mas nem todos são assim e nem todas as crianças reagem da mesma forma.

    Uma coisa interessante sobre “educar” crianças é que para anular uma má conduta sempre há um desconforto gerado (seja castigo ou incômodo físico). No caso de suas filhas, o desconforto se materializava como a “consequência” . Mas não seria ter uma visão muito limitada, até mesmo arrogante, acreditar que no planeta inteiro não haveria uma criança que não se incomodaria com as possíveis “consequências” criativas que vc poderia bolar e que assim pudesse te levar a dar-lhe uma palmadinha e talvez obter um resultado?

    PS: Quero acreditar que conseguirei, assim como vc e pelos mesmos motivos, criar meus filhos sem essa castigos físicos (que se existissem seriam moderadíssimos, é claro). Na verdade, já consigo ótimos resultados com minhas enteadas apenas com o respeito que se desenvolveu em nossa relação. Contudo, sempre acho que certezas absolutas são sintomas de burrice ou altivez, ou seja, nada que contribua com a humanidade em geral.

  • Leticia:

    Muito bom este debate.
    Pelo menos todos concordamos que limites são necessários e não se deve dar surras como antigamente!
    Não encaro minha decisão de não bater nos filhos como experiência.
    Foi uma decisão que tomei depois de ler muito sobre o assunto.
    Também é verdade que minhas filhas não são crianças terríveis.
    Com certeza nossos filhos serão bons adultos.

  • Israel:

    Erto, concordo plenamente contigo. Ao amigo Marcos, uma curiosidade: a mamãe de Suzane (a órfã mais querida do país) era psiquiatra. 🙂

  • Paulo Santos:

    Gostei de ler este batepapo e também concordo que não é necessário bater nos filhos para os educar. No entanto, também já bati raras vezes no meu filho e hoje arrependo-me pois só aconteceu quando estava mais stressado. Eu penso que quando batemos é porque não sabemos lidar com a situação de outra forma, ou seja, não fazemos porque é necessário, mas porque não estamos à altura.
    As crianças que eu conheço que apanham dos pais, a maioria sofre de baixa auto-estima e fraca auto-motivação.
    Apesar de tudo, faço questão de explicar tudo ao meu filho e ele reage melhor às situações quando sabe o porquê. Acho que devemos falar bastante com os nossos filhos o mais cedo possível, porque como diz o ditado: “É de pequenino que se torce o pepino”. As crianças adoram saber o porquê de tudo, o problema é que a maior parte dos adultos andam irritados e muitas vezes mandam-nas calar e isso é muito mau.
    Tenho também observado à minha volta que ás vezes a violência verbal é muito mais marcante e violenta.
    Um abraço português para este povo brasileiro.

  • Carlos:

    Também apanhei o bastante pra não ser nem traumatizado, nem um mau caráter.

    Até acho que o castigo sem bater funciona em algumas ocasiões, mas é um negócio arriscado.
    Em questão de poucos anos, pais podem perder completamente o controle de um filho.
    Chegou numa certa idade mal criado, já era! Um moleque de 12 anos que dá tapa na cara da mãe não vai mudar NUNCA.

    Não acho que estragar a própria vida/felicidade, e a vida/felicidade inteira de um filho, compense pra fazer esse teste de educação sem bater.

    Acho que, do mesmo jeito que vale mais a picadinha da vacina do que uma eventual doença no futuro, vale muito se sacrificar só um pouquinho nas palmadas pra se obter uma melhor disciplina e responsabilidade.

  • Cosme David:

    Bater é mas fácil que conversa, eu converso sempre c/ João tem 4 anos. meu filho.

  • Leticia:

    Silva
    Também acho muito triste estes pais que deixam os filhos por conta de empregadas e babás. Porque como uma funcionária vai impor limites se ela está ali para servir?

    Mas posso dizer de minha parte que sempre cuidei das minhas filhas sozinha e sou adepta do “não bater”.
    Mas isto não quer dizer que quando preciso repreender eu fale molinho: – queridinha, isto não pode fazer…
    Falo com firmeza e sempre fica bem claro que é uma bronca. Com sermão e castigo no canto se for o caso. Garanto que elas não acham pouco.
    Reafirmo o que escrevi no primeiro comentário: Não se pode confundir o não bater com não dar limites.
    E a propósito, o meu resultado tem sido muito bom.
    Minhas filhas não são perfeitas mas são muito melhores que muita criança que apanha quase toda semana.

  • Silva:

    Eu gostaria de ver o resultado desses pais, os psicólogos que defendem o “argumento” não bater, em geral não são os mesmos que educam, deixam para criados, empregadas e babás a responsabilidade da criação, é de domínio público que nossa sociedade atual está em decadência, sem moral alguma.

    Acho errado o espancamento, já ví um mãe segurando o filho pendurando equanto batia, a criança tinha uns 2 anos, horrível, essa mulher não tinha nenhuma condição de criar o filho.

    Agora repreender o filho fisicamente, “palmada” proporcional a idade, é muito diferente de espancamento!

    Eu fui criado com limites, sei o certo e o errado, apanhei quando criança, agradeço a isso, sou uma “adulto feliz”.

    Tenho filhos e quero o melhor para eles, e se eu tiver que dar uma palmada neles, darei. Será para o bem deles, não vou descontar frustação, ou raiva.

  • Leticia:

    RSB
    Esta criança que estava chutando o pai não nasceu chutando. Isto é fruto de falta de limites desde que nasceu.
    Limites que podem ser dados sem violência física.

    Não considero psicologia barata evitar a violência.

    Aliás, lojas e supermercados são ótimos lugares para observar relações entre pais e filhos… Já vi cada coisa!

    Considero que o único motivo para ir a um supermercado num horário em que a criança está com fome e com sono e levá-la junto é porque não havia outra alternativa. Mas é pedir encrenca!

  • Leticia:

    Erto –
    Discordo que uma criança menor de 6 anos só entenda na base da palmada.

    Como eu disse, não é nada fácil não bater nos filhos.
    Mas com determinação é possível.

    Uma das coisas que acho muito importante é não mudar de opinião com choro ou chantagens.
    Se eu disse NÂO, é NÃO!
    Porque se eu digo não, a criança chora e eu mudo para SIM, ou dou um prêmio de consolação, ela vai aprender que chorar dá algum lucro e vai se tornar uma criança chorona e insuportável.
    Quando não tenho certeza se vou dizer sim ou não digo que preciso pensar.
    E as negociações estão abertas.
    Negociação não é chantagem.
    Até porque quero que minhas filhas aprendam a argumentar.

    Tenho duas filhas completamente diferentes entre si.
    O que funcionou com a mais velha não funcionava com a menor. Tive descobrir novas táticas o tempo todo.
    Até hoje estou aprendendo.
    Eu sempre as advertia que se fizessem alguma coisa que eu estava dizendo para não fazerem, a atitude teria “consequência”.
    Outro dia elas me contaram que quando eram pequenas achavam que consequência era sinônimo de castigo.
    E rimos juntas.
    Mas quero esclarecer uma coisa, sempre usei muita verdade no relacionamento com minhas filhas, sem falso moralismo. Sempre que errei, admiti o erro e pedi desculpas. E sempre exigi a verdade delas.

    Vou dar um exemplo.
    Há três anos atrás minha filha mais velha e as amigas resolveram sair da escola, dar um passeio. Minha filha me telefonou pedindo para faltar a aula de natação para passear com as amigas. Na hora pensei e decidi que deveria permitir uma vez que ela estava sendo honesta, porque se ela não me contasse, provavelmente eu jamais saberia.
    E as amigas dela ficaram duplamente impressionadas: por ela ter pedido permissão e por eu ter permitido.
    As mães das amigas não sabem do passeio até hoje…

    • Edna Lucas Pereira Lucas:

      Leticia concordo plenamente com vc. Tenho dois filhos e sempre me preocupei a instruí-los a serem honestos e não usarem da mentira.

  • RSB:

    2 questões…

    1 – Direitos Humanos… pra mim é conversa mole, uma vez que defendem, e muito, os direitos dos bandidos, que roubaram, mataram, violentaram, torturaram… enfim, tudo que os direitos humanos dizem que não pode ser feito com eles… eu pergunto: Onde estavam os direitos dessas pessoas que morreram, que foram violentadas, mortas, etc? Onde está o direito a vida? Onde está o direito a poder ter uma vida sem traumas?

    2 – Esses dias atras, em uma fila de bando, vi um pirralho de uns 5, 6 anos de idade metendo chutes na perna do seu pai… isso em público… imagino o que essa criança não faz em casa, enquanto os pais tentam só ir na conversa….

    Agora pergunto… o que um pai deve fazer num caso desses? ficar levando chutões na canela, pra depois chegar em cas e ir conversar “filho… isso é feio… não pode fazer isso”? Do que isso iria adiantar, já que, na frente de todos, quem estava mandando era o filho… toda a autoridade que o pai tinha, já foi esgoto abaixo.

    Eu sei o que eu faria… e posso dizer que não seria ter uma conversinha de psicologia barata…

  • Erto:

    Só para ilustrar o que venho falando, de que cada caso é um caso e que não devemos generalizar nada, principalmente no cerne educação pais/filhos.

    Caso Richthofen.

    Carinho e amor não foram suficientes e os poucos limites não fizeram muita diferença.

  • Erto:

    Marcos,
    Quanto ao lema do seu colega eu discordo “deveria haver carteira de habilitação para engravidar e para ser pai”, haja vista que uma habilitação implica em vc treinar para adquirir conhecimento e prática em alguma coisa.
    Para engravidar e ser pai, não existe treinamento e conhecimento, uma vez que a vida está em constante mudança e o nosso aprendizado nessa área é constante, e não estático tal qual seria para uma habilitação.

  • Tapinhas « Pimenta:

    […] Entretanto, mesmo a organização que defende uma leve repreensão física concorda que qualquer violência mais pesada deve ser combatida: "Qualquer coisa a mais que um leve tapa é errado, mas os pais devem ter a liberdade de disciplinar seus filhos sem medo", afirma Morrissey. Aric Singman, autor do livro "The Spoilt Generation" ("A geração mimada", sem edição em português), defende que uma maior autoridade por parte dos pais ajudaria na disciplina das crianças. "Se a repreensão for feita por um pai que tem um afeto normal e sensível, a sociedade não deveria julgar isso", afirma o escritor. "Devemos confiar que os pais sabem a diferença entre uma repreensão física e um soco, por exemplo". [Telegraph] […]

  • Marcos:

    Sou médico e residente de psiquiatria.

    Já encontro um problema grave nesta pesquisa, ela foi realizada entrevistando 179 adolescentes, e estes não serão necessariamente “adultos bem sucedidos”.

    Muito menos serão, devido as palmadas, adultos maduros sem conflitos psicológicos importantes, devido ao fato que na época mais crucial do desenvolvimento neurologico/personalidade infantil (-9m até +7 anos) sofreram agressoes de quem deveriam cuida-lo.

    Assim como vc não precisa bater em um cachorro para adestra-lo, vc tbem não precisa bater em uma criança para educa-la.

    A criança segue o modelo que aprende na infância, se batem nela, ela vai aprender q os problemas se resolvem batendo…

    Mas o que uma criança precisa? Para teoricos da psicanalise, para temos um adulto saudavel, ele precisa ter tido na infancia até os 7 anos uma “mãe suficientemente boa” (Google), ou na falta dela alguem que faça o papel dela (Madrasta, pai, avó,etc),,, Quem não teve uma mãe suficientemente boa, pode recuperar essa falta atraves de terapia, tratando conflitos que surgiram dessa falta.

    Então na dúvida, pelo sim pelo não, assistam supernany!, aprendam a dar amor, carinho, limites e a aplicar castigos livres de agressão fisica ou psicologica.

    E lembem-se, nem todos tem inteligencia e maturidade suficiente para saber dosar palmadas…

    Como disse um colega meu certa vez: “Deveria haver carteira de habilitação para engravidar e para ser pai”

    Abraços

  • Erto:

    Letícia, eu não sei como vc conseguiu e consegue, colocar limites em uma criança de até 06 anos, apenas conversando.

    Parabéns para você.

    Eu cresci na base da pancada mesmo, e em nenhum momento de minha vida me revoltei com meus pais, salvo na hora da surra, e acredito que o meu caráter hoje se deve a rigidez deles para comigo.

    Castigos à lá super Nany, não sei até onde são de fatos eficientes.

    De longe estou fazendo apologia a espancar filhos, na verdade, me revolto ao ver um adulto se quer falando ríspidamente com um menor. Mas convenhamos que pimenta nos olhos dos outros não arde nos nossos.

    Acho que os pais devem ter limites sim, mas não devem seguir uma cartilha qualquer.

    Cada família tem suas particularidades.

    Quem aqui não conhece uma família onde a educação é a mesma para todos os filhos, mas as vezes se torna a ovelha negra?

    Não se pode generalizar nada. O remédio que foi bom para mim nem sempre servirá para outrem.

  • Maria Leticia Ross Forneck:

    Estranha esta pesquisa.
    Não conheço pais com hábito de “bater” que tenham parado de bater quando a criança completou 6 anos.
    Sempre lembro de uma frase que ouvi na TV:
    QUEM BATE PARA ENSINAR, ENSINA A BATER.
    Acho que algumas pessoas confundem “não bater” com “não dar limites”.
    Eu não bato nas minhas filhas mas os limites são bem claros e se ultrapassados têm consequências. O castigo normalmente está relacionado com o problema.
    Confesso que não é nada fácil. Às vezes tenho que me conter muito para não bater. Acontece que já percebi que estas vezes que tenho vontade de bater, são momentos em eu estava mais estressada, até com outras coisas. Então me pergunto, é valido bater na criança porque ela teve o azar de fazer algo errado num momento em que vc estava cheio de outros problemas e a agressão até virou uma válvula de escape?
    E se vc dá “umas leves palmadas” numa criança de 5 anos, o que vai fazer quando ela tiver 13? Espancar??? Porque leves palmadas num adolescente não irão fazer efeito…
    Conheço pessoas da minha geração que apanhavam e hoje são verdadeiros perdedores.
    Mas impor limites para as crianças é o mais importante.
    Tenho visto cenas impressionantes de pais que não sabem dar limites. Algumas palmadas ainda são melhores que nenhum limite, por mais que eu não aprove as palmadas.

  • Rogério:

    Concordo que as vezes algumas palmadas são importantes para estabelecer limites… (não estou dizendo bater para machucar e sim para assustar os filhos)… Eu fui criado assim… qaundo eu fazuia alguma coisa que extrapolava os limites eu levada um ou dois tapas dependendo do que eu havia feito.
    Conehço várias pessoas que foram criados “sem-limites” e as atitudes dessas pessoas as vezes eu penso comigo mesmo: se fosse eu já teria levado um tapa a muito tempo e não estaria enchendo o saco….

  • Gilberto:

    O mais incrível é que meus comentários foram eliminados do site por defender essa tese. Essa violência não tem moderação?

  • Ruben Zevallos Jr.:

    Como fazer uma criança de 2 ou 3 anos deixar de fazer algo que ela deseja? Meu filho fazia de tudo até se machucar… mas algumas coisas precisavam de algumas palmadas para ele entender os limites… meus pais foram para lá de violentos e não me sinto nem mais ou menos… penso que os problemas que tenho são advento de outras coisas, como falta de experiência dos meus pais, falta de grana, promessas não cumpridas, enrolações, professores ruins e até colegas que se utilizavam da força para conseguir o que queriam… digo que se meus pais não fossem como foram… certamente não estaria aqui escrevendo esta, pois meu primo foi criado quase que junto, mas praticamente sem castigos físicos… ele fez de tudo, até que foi morto por causa de drogas.

    Sou totalmente a favor da pesquisa… mas sou contra da violência gratuita que certos pais fazem com seus filhos… principalmente a violência verbal, com gritos, reclamações e despejar frustrações sobre eles… coisas que eles não entendem.

  • Erto:

    Eu dou umas palmadas no meu filho sim. Nada muito agressivo como o meus pais me trataram, mas sou a favor de uns corretivos sim.
    Já vi, e não raras as vezes, de crianças desfiarem os próprios pais em público, já presenciei até tapas de filhos nos pais.
    Não acredito que uma leve “conversa cabeça” resolveria um caso desses.

  • Paulo:

    Essa nova geração sem limites não respeitam os mais velhos e até mesmo assassina os proprios paes e planeja assalto contra eles…Será que essas crianças receberam algum limite?
    Então tá na hora de voltar aos velhos metodos!
    Uma vez que os novos modelos não funcionan.

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