Essas galáxias não estão se movimentando segundo a teoria da gravidade

Por , em 24.03.2017

Pesquisadores da Universidade de St. Andrews (Escócia) encontraram um enorme anel de galáxias indo em direção contrária à nossa com muito mais velocidade do que acreditávamos inicialmente. Esta descoberta pode colocar a teoria de gravidade de Einstein em xeque, pelo menos parcialmente.

Este anel com tamanho de 10 milhões de anos-luz é formado por pequenas galáxias, e está se expandindo rapidamente, como um mini Big Bang. A equipe de pesquisadores acredita que nossa galáxia vizinha, Andrômeda, já passou perto de nossa própria galáxia há alguns milhões de anos, criando um efeito boliche em várias outras galáxias.

Dr. Hongsheng Zhao, co-autor do artigo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (Universidade de Oxford), questionou a lei da gravidade de Eisntein: “se a gravidade de Einstein estivesse correta, nossa galáxia nunca teria passado perto do Andrômeda para espalhar algo de forma tão rápida”.

Se for verdade, esta descoberta poderia forçar um novo entendimento sobre a gravidade e sobre o nosso cosmos, já que a movimentação das galáxias só faz sentido se a gravidade se enfraquecer mais lentamente do que acredita-se atualmente conforme as galáxias se distanciam.

Indranil Banik, estudante de doutorado que lidera o estudo, afirmou que a distribuição das galáxias é muito peculiar. “Essas pequenas galáxias são como gotas de chuva mandadas para longe por um guarda-chuva que está girando. Descobri que há menos de 1 em 640 de chance de que as galáxias se distribuam da forma que foram observadas. Eu tracei sua origem até um evento dinâmico que aconteceu quando o Universo tinha apenas metade de sua idade atual”.

Segundo o pesquisador, a velocidade em que as galáxias estão se movimentando exigiria uma massa 60 vezes maior das estrelas que existem na Via Láctea e na Andrômeda. Essa movimentação, porém, faria com que elas se fundissem ao invés de se espalharem. [Phys.org ]

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  • Jóquei de Pégasus:

    A Física ainda não cogitou a chance de ter havido mais de um Big Bang com curto hiato o que muda a condição vetorial das Galáxias.

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