Finalmente, a mochila a jato que nós queríamos chegou
Ao ver as imagens de um homem que desliza facilmente sobre a água no menor propulsor a jato já visto, tudo o que podemos pensar é: “Eu quero fazer isso!”.
Mas como? Precisamos, em primeiro lugar, ter em nossas mãos o JB-9 jetpack, da empresa de tecnologia Jetpack Aviation, com sede nos EUA, que tem trabalhado com o que eles chamam de “verdadeiros” propulsores nos últimos 40 anos. Este mais recente modelo pode viajar a velocidades de até 160 km/h, durante 10 minutos a uma hora, o que é mais do que suficiente para chegar onde você precisa ir parecendo um herói vindo do futuro.
Mas o que é um “verdadeiro” propulsor a jato? Boa pergunta, porque, como aquela outra maravilha de toque futurista que está demorando muito para se tornar uma parte real das nossas vidas – o hoverboard -, uma abundância de propulsores a jato apareceram nos últimos anos, mas até agora nenhum realmente parecia certo.
Tem o Martin Jetpack, cotado para ser o primeiro propulsor a jato comercial a ir à venda ainda este ano, mas você vai ter de desembolsar 150.000 dólares para ter um, e ele ainda por cima não é exatamente compacto. (É mais ou menos como amarrar um avião em miniatura em seu corpo – seria muito legal ter sorte o suficiente para experimentá-lo, mas não é algo em que James Bond estaria interessado).
E há o Jetman Dubai, que é tecnicamente mais um “sistema de asas”: o usuário deve ser lançado de uma aeronave a mais de 2 km de altura para alcançar voo.
Praticidade e utilidade
Não, para conseguir o que temos em nossas mentes como um propulsor a jato pessoal adequado, você tem que atender a certos critérios. Ele tem que ser pequeno e leve o suficiente para que você possa colocá-lo e andar por aí. Ele precisa ser seguro o suficiente e confiável o suficiente (em princípio, se não na prática) para o uso regular. E o mais importante, ele precisa ser capaz de decolar verticalmente, voar por uma distância e uma quantidade de tempo úteis e pousar verticalmente sem transformar seu passageiro em gosma. O JB-9 Jetpack faz todas essas coisas.
O JB-9 é executado em motores turbo reais, que já não são eficientes o suficiente para abastecer grandes aeronaves, mas ainda oferecem a potência ideal para razão de peso em um dispositivo à jato compacto. Você só precisa ter certeza de ligá-lo com combustível suficiente, porque ele precisa de um pouco menos de 4 litros do material por minuto – o dispositivo inclui um tanque de combustível de 38 litros.
Quando estiver no ar, o piloto pode manobrar usando controles de mão simples ou inclinando seu corpo ligeiramente para alavancar um movimento suave. De acordo com a Jetpack Aviation, o propulsor pode voar a uma altitude de cerca de 10.000 pés (3.048 metros) a velocidades superiores a 160 km/h e com uma duração de 10 minutos ou mais, dependendo do peso do piloto.
Novos avanços
O JB-10 (que já está passando por voos de teste) deve ser capaz de bater os 200 km/h em voo horizontal, e futuras melhorias vão felizmente incluir um pára-quedas balístico e estabilização automática conduzida por sensor para tornar o propulsor mais seguro e mais fácil de voar.
Infelizmente, o JB-9 ou o 10 não estarão à venda em breve – eles levaram duas décadas para desenvolver esta versão do propulsor até agora, portanto não vão exatamente pular etapas agora. Quando estiverem, também não vão ser exatamente baratos.
Mas mesmo que não vamos tê-lo em nossas casas em breve, podemos ver imagens como esta, do CEO da Jetpack Aviation, David Mayman, voando ao redor da Estátua da Liberdade, e saber que o propulsor à jato que temos esperado está mais perto do que nunca. [Science Alert]
1 comentário
10 mil pés são cerca de 3 km.