Galáxias distantes revelam segredos da evolução do universo

Por , em 14.07.2011

A compreensão da evolução do universo ao que conhecemos hoje está sendo ampliada cada vez mais. Isso graças à tecnologias que permitem avanços na astronomia e que estão revolucionando a visão humana da história cósmica.

Só na última década, grandes pesquisas astronômicas forneceram amostras de centenas de milhares ou até mesmo milhões de corpos celestes. Isso permitiu análises de interconexões detalhadas entre as galáxias. Esses estudos são possíveis pela rápida aceleração tecnológica dos computadores, que podem armazenar e analisar uma enorme quantidade de dados, algo inimaginável no passado.

O Sloan Digital Sky Survey (SDSS), por exemplo, é um ambicioso projeto que está nos fornecendo várias respostas sobre as galáxias. Ele abasteceu os cientistas com importantes informações e detalhes de aproximadamente um milhão delas, já que permitiu que eles explorassem a idade das galáxias a partir da massa e formato. Esses dados esclareceram que as galáxias mais maciças são as mais antigas e também deu respostas sobre como se dá a formação de novas estrelas em cada uma delas.

Nos últimos 20 anos também tem se visto uma explosão de novos e avançados telescópios, que permitem lançar um olhar cada vez mais distante sobre o universo. Observando luzes distantes da Terra, é possível desvendar segredos do passado das galáxias e do nosso próprio surgimento.

Entre as muitas descobertas recentes, uma das mais surpreendentes é a de que cerca de metade das estrelas já estavam presentes nas galáxias há 500 milhões de anos (o cosmos teria cerca de 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang).

Mesmo que os cientistas estejam aprendendo muito sobre a origem e evolução das galáxias, muitos outros enigmas permanecem. Uma grande questão é a de como e quando surgiram as primeiras galáxias. Isso seria tão crucial para os astrônomos quanto o esforço dos paleontólogos para encontrar a primeira forma de vida na Terra.

Outro tema intrigante é como os buracos negros influenciam nas propriedades das galáxias. Embora os cientistas saibam que eles são fontes de energia extremamente poderosas, o modo como eles alteram uma galáxia ainda é obscuro.

Uma maneira de responder esses e muitos outros mistérios seria a partir da análise das primeiras estrelas, galáxias e buracos negros. Uma ferramenta que poderia ser a chave para observar o princípio do universo é o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, que está em fase de desenvolvimento – mas o projeto pode ser cancelado devido ao seu alto valor de investimento.

Caso isso ocorra, seria uma grande perda para a astronomia, pois o telescópio pode responder importantes questões sobre como chegamos aqui e dar respostas científicas reais sobre algumas das maiores questões de todos os tempos.

Embora o Telescópio Espacial James Webb esteja em perigo, os cientistas ainda podem desvendar o universo de maneira avançada com outra tecnologia, Atacama Large Millimeter Array, o ALMA. O James Webb, entretanto, poderia observar estrelas e galáxias antigas de maneira mais clara e sofisticada, sem as mesmas distorções presentes no ALMA.[Space]

11 comentários

  • Edgar Martins Junior:

    tento imaginar tudo de uma forma mecanica procuro encaixar tudo mas existe muita coisa que me tira faro de sintonia vi tambem alguns acontecimentos gue me deixou com bastante medo figuei por algum tempo no deserto agui mesmo no brasil e fazia eu la varias pesguisas prefiro nao comentar agora guem sabe em um momento oportuno ate.

  • Troll:

    É comico como religiosos obcecados atacam a ciencia de todas as partes, principalmente na internet. Essas respostas prontas e achismos e essa idéia de que a religião é capaz de explicar tudo por si só já deveria ser motivo suficiente para uma séria reflexão sobre o quanto sua capacidade de processamento de novas informações é pobre.
    Afirmam tantas bobagens com tanta convicção como se realmente tivessem as respostas, atitude infantil e lamentável. Se suas respostas fossem realistas e providas de provas nem se quer existiria ciencia, afinal nao existiriam as perguntas. Entao quando acharem que tem a resposta, guarde suas besteiras para si, não insista em compartilhar com o mundo sua explendida ignorancia.

  • Ze da Feira:

    Este assunto é minha principal preocupação hoje em dia.

    Atualmente procuro encontrar uma nova teoria da origem do universo.Quero provar que as teorias darwinianas podem ser aplicadas nas constantes cosmologicas de um universo primitivo para explicar o atual estado evolutivo do universo. Partindo do principio que a natureza biologica é regida pelas mesmas regras da física universal, agora quero provar que o contrario tambem pode ser viável em algum passado antes das constantes serem o que são.

    Gostaria muito de conhecer um matemático que me ajudasse nessa empreitada. Abraço a todos.

  • Hilton de Abreu Marinho:

    Corrigindo meu comentário anterior:
    “Deus é TUDO, em TODA PARTE, por TODO O SEMPRE!”.

  • Campos:

    Sobre consepção do universo, aprovo inteiramente estas consepçOes dos leitores, já que não temos uma teoria correta disto. Eu tenho a minha e vejo cada vez mais a ciencia confirmar minhas previsões.

  • Arnaldo Ziller:

    O Universo é múltiplo. Há infinitos universos. Acima, abaixo, nas profundezas dos cosmos. Cada descoberta surpreende com a perspectiva de novas existências além das fronteiras captadas. É um grande e infinito mistério que não comporta explicações. Tudo o que conseguimos até agora foi a teoria do início através de um big bang. Os universos expandem, retraem, contraem e explodem? Cada descoberta que nos emociona confirma o óbvio: é obra de Deus.

    • Pensador®:

      Parabéns pelo seu comentário. Eu concordo plenamente.

  • Marcos:

    Realmente é muito bom mesmo ver a ciência avançando nesses campos. Creio que as maiores revoluções da ciência do nosso século virá das pesquisas no LHC (grande colisór de hadrons) e de novidades na pesquisa de matéria/energia escuras.

  • Pensador®:

    Mas pode existir galáxias muito mais distantes que nossos telescópios seriam incapazes de detectar.

  • Tzar:

    Muito interessante o projeto James Webb,facilitaria mais a concepção do universo e também para e a desmistificação do sobrenatural que age na nossa cultura que impede o raciocínio claro e a razão.
    Fica aqui a minha humilde opinião,se todos os países digo todos mesmo ajudasse contribuindo financeiramente,para estes projetos que visa responder perguntas difíceis sobre nos mesmos e o universo obteríamos mais rápido estas respostas.

    • Hilton de Abreu Marinho:

      “…Cada descoberta surpreende com a perspectiva de novas existências além das fronteiras captadas. É um grande e infinito mistério que não comporta explicações. Tudo o que conseguimos até agora foi a teoria do início através de um big bang. Os universos expandem, retraem, contraem e explodem? Cada descoberta que nos emociona confirma o óbvio: é obra de Deus.” Arnaldo Ziller
      Este trecho é cristalinamente coerente, exceto o “não comporta explicações”, pois muitos mistérios vão sendo explicados pouco a pouco.
      Concordo que seja um “grande e infinito” conjunto de mistérios e que muitos deles talvez nunca sejam explicados.
      Discordo da “pluralidade de universos”, Ele é único, pois é infinito.
      A teoria do big bang como “início” é incoerente. Se algo explodiu, existia! E desde quando? Simples, não??? Desde Todo o Sempre!
      É por isso que meu descanso de tela está com a seguinte frase em movimento:
      “DEUS É TUDO, POR TODA PARTE E POR TODO O SEMPRE!”
      Digitem no Google: Ser ou não Ser – Hilton de Abreu Marinho e abram o pps com esse título. É simples, pode até não ser perfeito, mas dá o que pensar…

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