Há pelo menos 11 galáxias errantes circulando pelo universo

Por , em 28.04.2015
A imagem acima mostra um esquema que ilustra a criação de uma galáxia fugitiva. No primeiro quadro do lado esquerdo, uma galáxia intrusa se aproxima de um conjunto galáctico, onde uma elíptica compacta já está em órbita. Quando o elíptica compacta encontra a intrusa, ela recebe um "pontapé" gravitacional e vai voar para o espaço. Crédito da imagem: NASA, ESA, e a equipe do Hubble Heritage.

De vez em quando, os astrônomos observam uma estrela fugitiva, que está rodando sozinha por toda galáxia a uma velocidade vertiginosa. Porém, as estrelas não são as únicas coisas que, ocasionalmente, dão a louca no vazio cósmico: muitas vezes as galáxias saem de casa para nunca mais voltar.

Astrônomos do Centro Smithsonian para Astrofísica de Harvard (EUA) já viram 11 galáxias errantes que estão girando pelo espaço intergaláctico a até 6 milhões de quilômetros por hora. Cada um desses montes de estrelas ultrapassou a velocidade de escape, o que significa que estão quebrado os laços gravitacionais que as seguram na sua vizinhança cósmica. A descoberta dessas exiladas solitárias foi publicada nesta semana na revista “Science”.

A imagem acima mostra um esquema que ilustra a criação de uma galáxia fugitiva. No primeiro quadro do lado esquerdo, uma galáxia intrusa se aproxima de um conjunto galáctico, onde uma elíptica compacta já está em órbita. Quando a elíptica compacta encontra a intrusa, ela recebe um "pontapé" gravitacional e vai voar para o espaço. Crédito da imagem: NASA, ESA, e a equipe do Hubble Heritage.

A imagem acima mostra um esquema que ilustra a criação de uma galáxia fugitiva. No primeiro quadro do lado esquerdo, uma galáxia intrusa se aproxima de um conjunto galáctico, onde uma elíptica compacta já está em órbita. Quando o elíptica compacta encontra a intrusa, ela recebe um “pontapé” gravitacional e vai voar para o espaço. Crédito da imagem: NASA, ESA, e a equipe do Hubble Heritage.

Os pesquisadores descobriram esses nômades galácticos enquanto garimpavam arquivos de dados astronômicos em busca de elípticas compactas, uma classe relativamente nova de pequenas galáxias que, acredita-se, se formam quando um grupo de estrelas se separa de uma galáxia muito maior. Por causa de sua formação, as galáxias elípticas são normalmente encontradas muito próximas umas das outras, ou bastante perto de uma vizinha maior.

Um monte de novas galáxias

A pesquisa identificou quase 200 elípticas compactas anteriormente desconhecidas. Para surpresa dos pesquisadores, no entanto, 11 delas eram completamente isoladas no espaço intergaláctico. Além disso, as elípticas isoladas estavam se movendo muito mais rápido do que suas irmãs ligadas a aglomerados.

Os pesquisadores desenvolveram uma teoria sobre a origem destas galáxias solitárias: “Uma estrela de hipervelocidade pode ser criada se um sistema estelar binário vaga perto do buraco negro no centro da nossa galáxia. Uma estrela é capturada enquanto outra é arremessada para fora a uma velocidade tremenda”.

“De maneira similar, uma elíptica compacta pode ser emparelhada com a grande galáxia que despôs de suas estrelas. Em seguida, uma terceira galáxia entra na dança e lança a compacta elíptica à distância. Como castigo, o intruso fica acrescido da grande galáxia restante”.

Quanto mais aprendemos sobre as guerras territoriais cósmicas acontecendo ao nosso redor, mais podemos ficar gratos que o nosso pequeno sistema solar ainda não foi pego no fogo cruzado. É só mais uma daquelas coisas que coloca os nossos minúsculos problemas em perspectiva, afinal, o que é perder o ônibus num dia de chuva comparado com ser acertado por uma galáxia errante? [Gizmodo]

1 comentário

  • Gabriel Dos Anjos:

    Quanta vida espalhada por este Universo… O mais incrível que podemos acessar através de nossos Registros Akáshicos… Incrível…

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