Uma das 14 imagens que aparecem como painéis (cerca de 1,22 metros de altura) no Salão de Paleontologia do Museu de Ciência Natural de Houston, esta ilustração descreve o encontro provavelmente raro, mas plausível entre o tubarão gigante Carcharodon megalodon [megalodonte] (diâmetro da mandíbula estimado em 3,35 metros) e um proboscídeo de tamanho médio, o platybelodon.
“The Paleoart of Julius Csotonyi” é uma coleção de obras de arte criadas por Julius Csotonyi. O livro, que só estará disponível para venda em 20 de maio, contém ilustrações premiadas desse artista cujo trabalho vive em museus e em trabalhos científicos.
Csotonyi, que é doutor em microbiologia, trabalha frequentemente com paleontólogos que precisam de sua ajuda para trazer seus achados fósseis de volta à vida. Às vezes, porém, ele desenha apenas o que vem à mente – o que pode ser algo belo, espetacular ou assustador.
Em uma ilustração, por exemplo, minúsculos utahráptors rasgam a carne de uma criatura muito maior. Outra mostra um encontro bastante improvável entre um megalodonte gigante e um platybelodon de aparência engraçada. Uma imagem mais serena descreve um dinossauro pequeno dormindo camuflado embaixo de uma árvore em uma floresta.
Confira 10 ilustrações incríveis do “The Paleoart of Julius Csotonyi” com legendas feitas pelo autor: [Wired]
Uma cena do Cretáceo nigeriano descreve um jovem (e especulativamente portador de penas) abelisaurídeo chamado Kryptops perturbado enquanto bebe água pelo movimento causado por um suchomimo arrancando um jovem crocodilo imperador [espécie extinta de cocodrilomorfo neosuquio gigante] de seu habitat no rio.
Esta imagem faz um esforço para restaurar alguns dos eventos que levaram à criação de um grande bloco de arenito altamente fossilífero (contendo utahráptors de uma gama de estádios ontogenéticos e [dinossauros do gênero] Hippodraco) do Cretáceo, no que é hoje Utah (EUA).
Uma das duas imagens de marketing criadas para a exposição da Gondwana Studios “Monstros do Permiano: A vida antes dos dinossauros”. Esta imagem mostra um dimetrodon solitário pronto para começar a tomar sol em uma manhã no início do Permiano.
Em uma praia em Laramidia durante o Cretáceo, no que hoje é Utah (EUA), um par de Lythronax argestes se move para investigar a carcaça encalhada de um grande tubarão [do gênero] Squalicorax, que já está sendo cutucado por um par de pássaros Enantiornithes.
Um dos onze murais criados para a exposição do Gondwana Studios. Esta imagem caracteriza a visão bizarra de um [inseto do gênero] Meganeuropsis transportando um Hylonomus [o mais antigo réptil encontrado até hoje], com um Eryops [anfíbio semiaquático] pulando atrás deles.
Esta peça – encomendada para ser vendida em pôsteres a fim de angariar fundos para a construção do mais novo museu paleontológico do Canadá, o Phillip J. Currie Dinosaur Museum, retrata o plesiossauro de pescoço extremamente comprido Albertonectes, caçando peixes no Mar Bearpaw.
Criada para a exposição do Gondwana Studios, esta imagem caracteriza um grupo de sinapsídeos [do gênero] Dicynodon cautelosamente encarando um dinossauro Archosaurus conforme ele fisga um Saurichthys, enquanto um Chroniosuchus sai de fininho pelo córrego.
Uma ilustração do primeiro espécime publicado do Mei long, dinossauro Troodontidae, um nome que em chinês significa “dragão adormecido”. Nesta reconstrução, quis ilustrar o conceito de coloração críptica, referindo-se aos padrões de cores de um animal correspondentes às do seu entorno, que é utilizado por animais modernos para se esconder de predadores ou presas.
Esta cena mostra o dinossauro recém-descrito Acrotholus audeti saindo do meio de folhas Gunnera gigantes e encontrando uma tartaruga Neurankylus apoiada em uma pegada deixada por um hadrossauro que havia passado por ali mais cedo.
9 comentários
Só achei curioso chamar Utahraptors de minúsculos, sendo eles a maior espécie de dromeossaurídeos conhecida (chegando a medir até 7 metros).
O chocante é que o mundo de hoje foi assim um dia. Em especial a quarta imagem, o dinossauro contra o por-do-sol e toda sua simbologia!
Não vejo nada perturbador nessas fotos más que são realistas são.
Nem todo mundo se perturba com as mesmas coisas…
Muito interessante! De fato, relatam a realidade de milhares de anos atrás. Pena que não tem o meu favorito: Tiranossauro Rex.
Na primeira imagem, só acho que esse “rio” está muito pequeno pra um tubarão desse porte. rsrs
A impressão que eu tenho é que se trata de uma área do rio em que ele fica mais raso.
As imagens passam uma impressão muito mais realista do que descrições memso as minuciosas Espero que sejam baseadas em evidencias…
O artigo aponta, ele trabalha ilustrando o que os paleontólogos descobriram. Eles orientam o trabalho dele, exceto os artísticos.