Quer perder o medo? Tente jiu-jitsu

Por , em 25.05.2015

Há muitos motivos para se praticar uma arte marcial – além de golpear ou sobrepujar outro ser-humano. É comum ouvir mestres dos mais variados estilos de luta dizerem que este tipo de atividade auxilia na disciplina, na concentração e no autocontrole, além de fornecer sensações de paz e bem-estar. Mas as artes marciais podem ajudar também a perder medo do mundo ao nosso redor.

Foi assim com a americana Michelle Anthony. Ela vem treinando jiu-jitsu há mais de um ano e já ganhou um bronze em uma competição estadual, no Havaí. Mas ela não tem uma longa história de sucesso.

Traumas do passado

Quando ela começou suas aulas, havia saído há vários anos de seu casamento. Amigos diziam que ela poderia ter algo parecido com estresse pós-traumático, pois vivia com medo de ser ferida ou morta.

“Eu pulava de medo com o som mais ínfimo”, afirma Anthony. “Amigos apareciam de repente ao meu lado e eu queria embaraçosamente gritar de medo. Eu trancava minha porta do quarto à noite e muitas vezes colocava coisas em frente da porta para bloqueá-la, apenas para garantir”.

Quando um novo homem entrou em sua vida, ela percebeu que seu medo paralisante estava prejudicando seu relacionamento. Ela tinha que fazer algo a respeito. Foi quando chegou em sua primeira aula de jiu-jitsu em Waipahu, no Havaí. Muitos de seus amigos e familiares protestaram, acreditando que ela poderia se machucar. Sua mãe, mais tradicional, ficou especialmente desconfortável com a ideia de uma filha lutadora.

Mente aberta

Anthony teve suas razões, no entanto. “Eu achava que, lutando frequentemente com homens, ganharia a minha sensação de poder de volta”, conta ela. “E ganhei, mas não da maneira que eu pensava”.

Através de seu treinamento, ela aprendeu de onde este empoderamento realmente vinha.

Anthony percebeu que nem todos os homens são iguais. “Eu poderia lutar com caras enormes e sair ilesa. Não era o meu treinamento que me protegia, mas a gentileza dos caras que eu lutava”.

“No início, ela estava um pouco tímida, mas depois teve um ótima experiência, quando passou a incerteza. Agora, ela está realmente envolvida e até recrutou outras pessoas”, afirma seu treinador, Jay Penn. Anthony era a única mulher em sua primeira classe, mas desde então várias outras juntaram-se desde então.

Logo, ela entrou no torneio estadual da American Grappling Association North e conquistou o bronze, e já projeta alguns ouros para o futuro.

Desde que começou a treinar, os pesadelos pararam completamente. “Na verdade, o meu namorado, que é totalmente calmo e pacífico, agora treina jiu-jitsu comigo. Nós temos toda uma comunidade de amigos fazendo jiu-jitsu conosco”, celebra. [CNN]

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