HDL: Ovelha geneticamente modificada tem gene que produz colesterol bom

Cientistas chineses anunciaram a clonagem de uma ovelha geneticamente modificada, que produz o bom colesterol, também conhecido como HDL, até então só encontrado em nozes, sementes e peixes. Esse tipo de colesterol, conhecido como lipoproteína de alta densidade, ajuda a reduzir o risco de ataques cardíacos e outras doenças cardiovasculares.
A ovelha – conhecida como Peng Peng – nasceu com quase seis quilogramas, no laboratório do Instituto de Genômica de Beijing, no noroeste da China.
“Ela está crescendo bem e saudável, como uma ovelha normal”, diz o cientista e coordenador da pesquisa, Du Yutao.
Du conta que inseriu o gene que é ligado à produção de gorduras insaturadas em uma célula doadora de uma orelha chinesa do tipo Merino. A célula foi, então, inserida em um óvulo não fertilizado e implantado no útero de uma outra ovelha.
O gene é original da C. elegans, uma espécie de minhoca. E tal gene aumenta a produção de gordura insaturada, boa para a saúde humana.
Segurança dos alimentos geneticamente modificados
A China detém 22% da população mundial, mas tem só 7% das terras produtivas. Por isso, seus cientistas têm se devotado a aumentar a produção doméstica de grãos, carne e outros alimentos.
Mas ainda há preocupações acerca da segurança de alimentos geneticamente modificados e vai demorar mais alguns anos para a carne de animais transgênicos ganharem os mercados chineses.
Embora o governo chinês encoraje tais projetos, os cientistas precisam provar que os produtos são seguros para o consumo.
Os Estados Unidos continuam à frente da produção de produtos geneticamente modificados. A agência norte-americana que controla remédios e alimentos (FDA, na sigla em inglês) já aprovou a venda de alimentos provenientes de clones ou de suas proles, afirmando que os produtos eram indistinguíveis dos de animais não clonados.
O mais recente exemplo é da empresa estadunidense de biotecnologia AquaBounty, que patenteou um tipo de salmão geneticamente modificado. Segundo fontes não oficiais, ele pode ser aprovado esse verão para consumo nos Estados Unidos. [Reuters]