Por que tantos homens matam suas famílias em domingos de agosto?

Por , em 18.08.2013

No que deve ser um dos mais obscuros projetos de pesquisa já feitos, uma equipe britânica estudou casos de “Destruidores de Famílias”, em que um membro da família assina outros. Alguns padrões emergiram dos 71 casos encontrados.

Por um lado, a maioria dos assassinos era do sexo masculino: 59 dos 71. Destes, mais da metade estava na casa dos trinta. Cerca de 20% das mortes aconteceu em agosto e quase metade aconteceu nos fins de semana, principalmente aos domingos.

Por quê?

Os pesquisadores afirmam que muitos dos casos são baseados em percepções de masculinidade e sensações de ser desafiado. A razão de tantos casos acontecerem nos fins de semana e, em agosto, os cientistas argumentam, é que um pai afastado (novamente, geralmente o pai) terá acesso às crianças durante os meses de verão (no Hemisfério Norte) e fins de semana – mas, no final desse tempo, ele pode ter que devolvê-los à mãe, o que explicaria os assassinatos que acontecem em agosto e aos domingos.

Os dados confirmam isso: o motivo mais comum por trás dos assassinatos, os pesquisadores descobriram, era uma família com pais separados, que incluiu questões como o acesso a crianças. Essa categoria foi responsável por dois terços dos motivos declarados.

A equipe também quebra algumas suposições que as pessoas podem fazer sobre os assassinos, como a de que são sempre homens frustrados com histórico de doença mental. Na verdade, 71% dos assassinos estavam empregados, e muitos tinham carreiras de sucesso (embora muitos também não fossem – os pesquisadores afirmam que a segunda razão mais comum para os assassinatos era a dificuldade financeira).

Os dados defendem a colocação de assassinatos como estes em uma nova categoria de crime, diferente dos “assassinatos por diversão”, com os quais às vezes são confundidos. Os pesquisadores vão ainda mais longe para categorizar os assassinatos familiares em quatro diferentes subcategorias:

  • Hipócrita: O assassino tenta colocar a culpa por seus crimes sobre a mãe, que ele responsabiliza pela quebra da família. Isso pode envolver o assassino telefonar para o seu parceiro antes do assassinato para explicar o que ele está prestes a fazer. Para estes homens, o seu ganha-pão é fundamental para a sua ideia de família ideal;
  • Desapontado: Este assassino acredita que sua família foi responsável por deixá-lo para baixo ou agiu de forma a prejudicar ou destruir a sua visão de vida familiar ideal. Um exemplo pode ser a decepção de que as crianças não estão seguindo os costumes religiosos ou culturais tradicionais do pai;
  • Anárquico: Nestes casos, a família tornou-se, na mente do assassino, firmemente ligada a economia. O pai vê a família como o resultado de seu sucesso econômico, permitindo-lhe mostrar suas realizações. No entanto, se o pai se torna um fracasso econômico, ele vê a família como não servindo esta função;
  • Paranoico: Aqueles que percebem uma ameaça externa à família. Muitas vezes são os serviços sociais ou o sistema legal, que o pai tem medo que o coloque contra os filhos ou até o tire dele. Aqui o crime é motivado por um desejo de proteger a família.[PopSci]

7 comentários

  • Cesar Grossmann:

    Tem que responder imediatamente, senão alguém tem um piripaque…

    Eu não “desfechei um ataque tão contundente” ao seu comentário. Só apontei um fato: tem muita gente que se acha grande conhecedor de tudo, sem nunca ter estudado nada, e acredita que tem competência para criticar e acusar de erro quem estuda e trabalha o assunto.

    A verdade é que tem alguns malucos que acham que quanto mais você estuda alguma coisa, menos você sabe dela. Eu sei, é uma estupidez imensa, mas estas pessoas parece realmente acreditar em uma estupidez imensa destas. Segundo estas pessoas, a melhor maneira de saber alguma coisa é nunca estudar ela, ou melhor, nunca usar um método para estudar a mesma. Só o que vale é o “raciocínio” e a “intuição”.

    Loucura, não?

  • Cesar Grossmann:

    Insinuando que eu sou perturbado psicologicamente? Só por que aponto que a alternativa à ciência é o palpite dos sujeitos que não estudam e não trabalham na área, e se acham grandes conhecedores?

    Acho que você não suporta nenhuma crítica…

  • Filipe Freitas:

    Assinar outros não é crime. Se pessoa não permitir é falta de educação, mas crime não! xD

  • luysylva:

    um estranho no ninho!

    • Vinicios Augusto:

      Não seria, O iluminado?

  • engvictorh_10:

    Existem certas coisas da vida que não é necessário muito estudo pra discernir o certo do errado.
    Pelo contrário, as vezes o excesso doe estudo leva a pessoa a querer julgar as pessoas “sem estudo” para aquele assunto como incapaz de simplesmente dar um palpite.

  • Cesar Grossmann:

    A alternativa às pesquisas científicas é contar com os palpites de estranhos, alheios aos casos. Ou de elucubrações de “filósofos de poltrona”, gente que acha que tem as respostas para tudo, sem nunca ter estudado nada, baseado apenas no seu “bom-senso”.

    E, em um país onde, sem estudar nada, todo mundo é técnico de futebol, ministro de economia e juiz de direito, acrescentar mais uma profissão não custa nada…

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