Agora você pode ter um sol artificial que parece real em sua casa

Criada por físicos da Universidade de Insubria (Itália) depois de uma década de pesquisas, CoeLux é a iluminação artificial que mais se parece com a luz solar. Quem entra em uma sala com a luminária pode nem perceber que ela não é uma simples claraboia no teto que deixa passar a luz do sol para o ambiente.
Para fazer o cérebro acreditar que está vendo luz do sol, a luminária de teto usa uma camada de polímero com nanopartículas de dióxido de titânio. Essa camada simula a passagem dos raios solares pela atmosfera da Terra, fenômeno conhecido como dispersão de Rayleigh.
“CoeLux não está copiando a natureza, mas apenas a colocando em destaque, como a arte faz”, diz o pesquisador principal do projeto, Paolo Di Trapani.
Três ângulos
Ao combinar lâmpadas fluorescentes e de LED branca, o CoeLux consegue criar três tipos de iluminação:
1. Sol da zona polar

Raios em ângulo de 30 graus, imitando a luz solar lateral de países nórdicos (neste caso é necessário que seja instalada na parede, e não no teto)
2. Sol da zona temperada

Raios em ângulo de 45 graus, que oferecem uma sensação de zona temperada
3. Sol da zona tropical

Raios e ângulo de 60 graus, que simulam a luz solar nos trópicos
Hospitais, metrôs e shoppings
Inicialmente desenvolvida para fornecer luz natural para locais fechados como metrôs e shoppings, esta também é uma alternativa para hospitais e escritórios sem janelas ou para porões. Essa iluminação também pode ser muito importante em países nórdicos como Finlândia, Suécia e Noruega, onda há um grande índice de depressão, alcoolismo e suicídio por conta das longas horas de escuridão no inverno.
Claro que esse sol artificial não sai barato. Seu preço estimado por enquanto é de US$ 60 mil, com custo extra de cerca de US$ 8 mil para transporte e uma instalação para lá de especializada. Esperamos que, com o tempo, a tecnologia tenha menor custo para que o produto chegue à população em geral.
Divisor de águas para arquitetura
Seus inventores compararam o CoeLux com o impacto de invenções como elevadores e aparelhos de ar-condicionado para a arquitetura: construir arranha-céus só se tornou possível depois da invenção de elevadores. Antes disso, os prédios tinham no máximo seis andares. Já com os aparelhos de ar-condicionado, foi possível ter ambientes sem a ventilação natural vinda das janelas.
Para os inventores do produto, a partir de agora será possível projetar grandes “arranha-terras” – ou prédios construídos abaixo da linha da superfície. Com essa iluminação, seus habitantes não ficariam depressivos e com sensação de claustrofobia.

Para ficar melhor ainda, o ângulo dos raios de luz poderiam ir mudando conforme o dia vai passando, para não confundir nossa cabeça com a sensação de passagem de tempo e também com a nossa posição geográfica, já que o sol nasce no leste e se põe no oeste. [Futurism, CoeLux]