Quando gêmeos idênticos se recusam a admitir quem é o pai, juiz ordena que ambos paguem pensão alimentícia à criança

Por , em 8.04.2019

Um par de gêmeos idênticos tentou enganar a justiça para evitar pagar pensão alimentícia, mas a manobra não colou: o juiz ordenou que ambos pagassem pensão para um único bebê no estado de Goiás, Brasil.

Um dos gêmeos teve um encontro casual com uma mulher que resultou em gravidez e posterior nascimento de uma menina. A mulher não tem certeza qual é o pai.

O juiz Filipe Luis Peruca ordenou que os irmãos, identificados apenas como Fabricio e Fernando, fizessem testes de DNA. Ambos os testes voltaram positivos, e nenhum dos dois admitiu ser o pai, provavelmente na esperança de que não precisassem arcar com a despesa.

Argumentando que os homens estavam tirando o direito da criança de conhecer seu verdadeiro pai, o juiz decidiu que cada gêmeo desembolsasse 30% do salário mínimo brasileiro (quase R$ 300) em troca de pensão alimentícia.

Tiro saiu pela culatra

Em sua decisão judicial, Peruca acusou o pai da criança de agir de “má fé”, afirmando que “esse comportamento vil não pode ser tolerado pela lei”.

Uma vez que ninguém admitiu a paternidade, ao invés de prejudicar a criança, ela foi na verdade beneficiada: receberá o dobro do que crianças de um ambiente econômico semelhante.

O juiz determinou ainda que os nomes dos dois homens apareçam na certidão de nascimento da menina. [HuffPostBrasil]

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