Testes de DNA: 5 usos incomuns para o exame
No dia 25 de abril, a descoberta da estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA, na sigla em inglês) completou 60 anos. Em 1953, os pesquisadores James Watson e Francis Crick revolucionaram a ciência ao publicarem um trabalho que descrevia a estrutura de dupla hélice tridimensional do DNA. Essa descoberta possibilitou, posteriormente, o desenvolvimento do Projeto Genoma Humano, que completou uma década desde sua conclusão.
As pesquisas sobre o DNA começaram na década de 1860. Friedrich Miescher foi o primeiro a identificar o “ácido nucleico” em nossas células brancas do sangue, em 1869. Sua descoberta foi depois nomeada como o nosso conhecido ácido desoxirribonucleico, ou DNA.
Após estudos que definiram os componentes que formam as moléculas de DNA, foi identificado o RNA (ácido ribonucleico, o outro tipo de ácido nucleico encontrado nas células), e determinado que, embora o DNA seja diferente entre as espécies, ele mantém determinadas propriedades.
Hoje, utilizamos o DNA para descobrir muitos tipos de coisas – se um jogador de futebol milionário é pai de um bebê, por exemplo, até a probabilidade de desenvolver doenças graves. Mas também é possível descobrir várias coisas inesperadas a partir dessas informações genéticas.
Descobra abaixo cinco coisas legais que é possível fazer com testes de DNA:
1. Descobrir sua árvore genealógica
Se você tiver dinheiro e curiosidade suficiente, pode fazer um teste de DNA e descobrir quem são seus parentes distantes. Empresas como a Ancestry comparam seu DNA com outras pessoas do mundo todo que tem registro no site, desvendando ramos desconhecidos da sua árvore genealógica. O Ancestry também pode descobrir sua etnia genética a partir de seus dados.
2. Desvendar antigos mistérios
Ninguém sabia onde o rei Ricardo III, um dos mais famosos monarcas da Inglaterra, tinha sido sepultado. Restos mortais encontrados em um estacionamento mostravam evidências de ferimentos de batalha e escoliose, mas os cientistas só tiveram certeza que se tratava de Ricardo III depois de extrair DNA dos ossos e comparar com o de Michael Ibsen, descendente direto da irmã do rei.
3. Entender seu cachorro
Você não sabe porque o pelo do seu cão é enroladinho e marrom? Nem porque ele ama fazer buracos no jardim ou tentar roubar sua comida preferida? Seu cachorrinho provavelmente não vai te dar essas respostas. Mas o DNA dele sim.
O site WisdomPanel analisa DNA de cães e determina a origem genética do animal. Assim é possível entendê-lo e escolher a melhor opção de alimentação e exercícios para ele.
4. Prever o futuro
Usando uma amostra do sangue da mãe e da saliva do pai, cientistas podem descobrir se o futuro bebê do casal pode ter alguma anormalidade cromossômica que possa causar alguma doença genética, como síndrome de Down.
5. Ajudar a perder peso
Sabe aquelas pessoas que comem muito e não engordam? Você já deve ter ouvido dizer que o fato delas serem magrinhas é genético, assim como as pessoas que engordam com facilidade.
Cientistas identificaram variantes genéticas que podem fazer com que nossos filhos tenham maiores chances de seres obesos. E estudos recentes mostraram que até 80% da nossa gordura corporal é regulada por nossos genes.
Agora, pesquisadores estão tentando descobrir como podemos definir nutrição e exercícios físicos adequados para cada pessoa a partir de sua genética, para que elas possam perder (e manter) seu peso. [CNN/NIH]
5 comentários
Informações maravilhosas. Podemos saber muita coisa através do DNA.
Só mão entendo porque hoje existe mais obesos que antigamente.
Excluindo-se problemas de saúde, trata-se de uma questão evolutiva. Durante o período em que os seres humanos tinham muita dificuldade em conseguir alimentos, o ambiente selecionou aqueles que conseguiam armazenar e aproveitar o máximo do pouco que era encontrado. Esta característica foi mantida e, atualmente, como a disponibilidade de alimentos é muito grande, terminamos por ingerir mais do que o necessário e o corpo cuida de guardar o excesso em forma de gordura. Além do mais, o estímulo da fome é mais rápido e prioritário de ser processado pelo cérebro do que o estímulo da saciedade (evolução também). Portanto, se você comer até matar a fome, vai demorar mais para o cérebro entender isso fazendo com que você termine por comer demais. Existem outros fatores também como a regularidade em que você se alimenta. Ao invés de se comer muito em horários específicos, seria melhor comer pouco várias vezes ao dia.
Como assim você não entende por que existem mais obesos.. sério essa sua pergunta?? o.O
Antigamente não se tinha as mesmas facilidades tecnológicas para processar e industrializar alimentos…
a descoberta da estrutura do ácido desoxirribonucleico na minha opinião foi a melhor de todas as descobertas.