Testes de DNA: 5 usos incomuns para o exame

Por , em 1.05.2013

No dia 25 de abril, a descoberta da estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA, na sigla em inglês) completou 60 anos. Em 1953, os pesquisadores James Watson e Francis Crick revolucionaram a ciência ao publicarem um trabalho que descrevia a estrutura de dupla hélice tridimensional do DNA. Essa descoberta possibilitou, posteriormente, o desenvolvimento do Projeto Genoma Humano, que completou uma década desde sua conclusão.

As pesquisas sobre o DNA começaram na década de 1860. Friedrich Miescher foi o primeiro a identificar o “ácido nucleico” em nossas células brancas do sangue, em 1869. Sua descoberta foi depois nomeada como o nosso conhecido ácido desoxirribonucleico, ou DNA.

Após estudos que definiram os componentes que formam as moléculas de DNA, foi identificado o RNA (ácido ribonucleico, o outro tipo de ácido nucleico encontrado nas células), e determinado que, embora o DNA seja diferente entre as espécies, ele mantém determinadas propriedades.

Hoje, utilizamos o DNA para descobrir muitos tipos de coisas – se um jogador de futebol milionário é pai de um bebê, por exemplo, até a probabilidade de desenvolver doenças graves. Mas também é possível descobrir várias coisas inesperadas a partir dessas informações genéticas.

Descobra abaixo cinco coisas legais que é possível fazer com testes de DNA:

1. Descobrir sua árvore genealógica

Se você tiver dinheiro e curiosidade suficiente, pode fazer um teste de DNA e descobrir quem são seus parentes distantes. Empresas como a Ancestry comparam seu DNA com outras pessoas do mundo todo que tem registro no site, desvendando ramos desconhecidos da sua árvore genealógica. O Ancestry também pode descobrir sua etnia genética a partir de seus dados.

2. Desvendar antigos mistérios

Ninguém sabia onde o rei Ricardo III, um dos mais famosos monarcas da Inglaterra, tinha sido sepultado. Restos mortais encontrados em um estacionamento mostravam evidências de ferimentos de batalha e escoliose, mas os cientistas só tiveram certeza que se tratava de Ricardo III depois de extrair DNA dos ossos e comparar com o de Michael Ibsen, descendente direto da irmã do rei.

3. Entender seu cachorro

Você não sabe porque o pelo do seu cão é enroladinho e marrom? Nem porque ele ama fazer buracos no jardim ou tentar roubar sua comida preferida? Seu cachorrinho provavelmente não vai te dar essas respostas. Mas o DNA dele sim.

O site WisdomPanel analisa DNA de cães e determina a origem genética do animal. Assim é possível entendê-lo e escolher a melhor opção de alimentação e exercícios para ele.

4. Prever o futuro

Usando uma amostra do sangue da mãe e da saliva do pai, cientistas podem descobrir se o futuro bebê do casal pode ter alguma anormalidade cromossômica que possa causar alguma doença genética, como síndrome de Down.

5. Ajudar a perder peso

Sabe aquelas pessoas que comem muito e não engordam? Você já deve ter ouvido dizer que o fato delas serem magrinhas é genético, assim como as pessoas que engordam com facilidade.

Cientistas identificaram variantes genéticas que podem fazer com que nossos filhos tenham maiores chances de seres obesos. E estudos recentes mostraram que até 80% da nossa gordura corporal é regulada por nossos genes.

Agora, pesquisadores estão tentando descobrir como podemos definir nutrição e exercícios físicos adequados para cada pessoa a partir de sua genética, para que elas possam perder (e manter) seu peso. [CNN/NIH]

5 comentários

  • jodeja:

    Informações maravilhosas. Podemos saber muita coisa através do DNA.
    Só mão entendo porque hoje existe mais obesos que antigamente.

    • wagner.dtr:

      Excluindo-se problemas de saúde, trata-se de uma questão evolutiva. Durante o período em que os seres humanos tinham muita dificuldade em conseguir alimentos, o ambiente selecionou aqueles que conseguiam armazenar e aproveitar o máximo do pouco que era encontrado. Esta característica foi mantida e, atualmente, como a disponibilidade de alimentos é muito grande, terminamos por ingerir mais do que o necessário e o corpo cuida de guardar o excesso em forma de gordura. Além do mais, o estímulo da fome é mais rápido e prioritário de ser processado pelo cérebro do que o estímulo da saciedade (evolução também). Portanto, se você comer até matar a fome, vai demorar mais para o cérebro entender isso fazendo com que você termine por comer demais. Existem outros fatores também como a regularidade em que você se alimenta. Ao invés de se comer muito em horários específicos, seria melhor comer pouco várias vezes ao dia.

    • Lander:

      Como assim você não entende por que existem mais obesos.. sério essa sua pergunta?? o.O

    • Victor Sousa:

      Antigamente não se tinha as mesmas facilidades tecnológicas para processar e industrializar alimentos…

  • grasisuperstar:

    a descoberta da estrutura do ácido desoxirribonucleico na minha opinião foi a melhor de todas as descobertas.

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