Torre de crânios humanos encontrada no México é formada não somente por jovens guerreiros astecas, mas mulheres e crianças

Por , em 5.07.2017

Arqueólogos descobriram uma sinistra torre de crânios humanos na Cidade do México, que conta uma história diferente das leituras tradicionais que fazemos da cultura asteca.

O achado é a segunda grande descoberta na capital mexicana em menos de um mês. Em junho, uma quadra de jogo asteca foi encontrada nas proximidades de um hotel. 32 ossos de pescoço também foram descobertos ali, possivelmente de jogadores que foram sacrificados.

Material histórico

Mais de 675 crânios de homens, mulheres e crianças foram descobertos por arqueólogos após uma escavação seguida de uma investigação de um ano e meio.

Acredita-se que a estrutura seja parte do “Huey Tzompantli”, uma espécie de “altar” com uma série de ossos que se tornaram lenda entre os conquistadores espanhóis durante a colonização do México. Seus escritos mencionavam uma torre de crânios.

Por exemplo, Andres de Tapia, um soldado espanhol que lutou na conquista do México em 1521, quase certamente registrou a estrutura, conforme explicou o arqueólogo Raúl Barrera à agência de notícias Reuters.

Surpresa

Anteriormente, os historiadores acreditavam que os ossos do Huey Tzompantli pertenciam apenas a guerreiros homens, mortos em combates intertribais antes da chegada dos espanhóis. A descoberta de crânios infantis e femininos deixaram os arqueólogos perplexos.

“Nós estávamos esperando apenas homens, obviamente jovens, como os guerreiros seriam. Mulheres e crianças, bom, você não pensaria que eles iriam para a guerra”, disse Rodrigo Bolanos, um antropólogo biológico que está estudando a descoberta. “Isso é realmente novo, inédito para o Huey Tzompantli”.

A estrutura fica perto do Templo Mayor, que foi um dos principais templos astecas na antiga capital Tenochtitlan, que se desenvolveu hoje na Cidade do México. O Templo Mayor foi usado para sacrifícios humanos como parte da ancestral religião mesoamericana. [Independent]

1 comentário

  • Luiz Edz:

    Quantas vidas foram ceifadas por conta da religiosidade e ainda tem um monte de zés ruelas que lotam igrejas de todas as religião.

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