Maconha ou álcool: o que é pior para a saúde?

Por , em 30.01.2014

Um dos argumentos favoritos dos ativistas à favor da legalização da maconha é que a substância não faz tão mal para a saúde quanto o álcool e o cigarro, drogas legais. Mas existe verdade nisso?

Difícil de saber, respondem os cientistas. A comparação entre essas substâncias simplesmente é muito complicada. Embora ambos álcool e maconha sejam tóxicos quando usados para fins recreativos, sua legalidade, padrões de consumo e efeitos a longo prazo sobre o corpo são bastante diferentes.

Além disso, a pesquisa dos efeitos da maconha na saúde humana ainda está em sua infância, em comparação com os estudos rigorosos que já foram feitos sobre o álcool e a saúde humana.

O que sabemos é que tanto o consumo de álcool quanto fumar maconha podem levar a problemas de saúde, mostrando efeitos a curto e longo prazo.

De fato, o álcool é associado a quase 80 mil mortes nas Américas, de acordo com estudo da Organização Pan-americana da Saúde feito entre 2007 e 2009. Por uma série de razões, estatísticas sobre mortes associadas com o uso de marijuana são muito mais difíceis de encontrar.

A curto prazo

Beber muito álcool pode rapidamente matar uma pessoa. A impossibilidade de metabolizar o álcool tão velozmente quanto é consumido pode conduzir a uma acumulação no cérebro, que desliga áreas necessárias para a sobrevivência, tal como as envolvidas com o batimento cardíaco e a respiração.

“Você pode morrer cinco minutos depois de ter sido altamente exposto ao álcool. Isso não acontece com a maconha”, explica Ruben Baler, cientista da saúde no Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA. “O impacto do uso da maconha é muito mais sutil”.

No entanto, efeitos sutis não são sinônimo de efeitos fracos, como é o caso com o consumo de cigarros, que também possui efeitos mais lentos que o álcool, mas é ligado a 200 mil mortes anuais só no Brasil, segundo dados de 2008 do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Embora a maconha afete o sistema cardiovascular, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial, uma pessoa não pode morrer fatalmente de overdose de maconha como pode com o álcool.

Também, o álcool é mais propenso do que a maconha a interagir com outras drogas. Se você já estiver tomando outras drogas ou medicamentos e beber álcool, ele pode aumentar ou diminuir os níveis da droga ativa no organismo.

Além das formas diretas, ambas as substâncias podem afetar a saúde de forma indireta.

Como a maconha prejudica a coordenação e o equilíbrio, existe o risco de se ferir ao fumá-la, especialmente se uma pessoa “chapada” decidir dirigir ou fazer relações sexuais desprotegidas, enquanto suas inibições estão reduzidas. Além de consequências momentâneas, podem haver consequências a longo prazo.

A longo prazo

Os efeitos a longo prazo de beber muito são bem conhecidos. “O excesso de álcool leva a consequências muito graves”, diz Gary Murray, diretor interino da Divisão de Metabolismo e Efeitos na Saúde do Instituto Nacional de Abuso do Álcool e Alcoolismo (EUA).

Beber pode levar a doença hepática alcoólica, que pode evoluir para fibrose do fígado, que por sua vez pode levar ao câncer de fígado. “Eu enfatizo ‘pode’ – não é ainda claro nem para os melhores cientistas quais são os gatilhos que permitem que essa progressão aconteça”, explica Murray, observando que algumas pessoas têm maior risco do que outras de desenvolver a condição, e não entendemos direito por quê.

Já Baler comenta que, ao contrário do álcool, os efeitos do uso crônico da maconha não são tão bem estabelecidos. Estudos com animais indicam um possível impacto na reprodução. Além disso, há evidências de que maconha pode piorar problemas psiquiátricos para pessoas que são predispostas a eles, ou fazê-los se manifestar em uma idade mais jovem. Ainda, porque a droga é geralmente fumada, pode causar bronquite, tosse e inflamação crônica das vias aéreas.

Enquanto alguns estudos mostraram evidências ligando a maconha ao câncer de pulmão, estudos subsequentes não encontraram essa associação. Baler disse que não está claro por que a fumaça da maconha não tem o mesmo resultado que a do tabaco nos pulmões. A diferença pode ser nos compostos das fumaças ou pode ter a ver com outros hábitos de saúde que fumantes de maconha e de cigarro têm.

Além disso, pesquisadores que procuram estudar o uso da maconha a longo prazo têm tido dificuldade em encontrar pessoas que fumam maconha regularmente, mas que também não fumam cigarros de tabaco. Outra grande dificuldade é a ilegalidade da maconha, que limita a pesquisa neste campo.

No entanto, este ano começaram as primeiras vendas legais de maconha para pessoas que não a usam por razões médicas nos Estados Unidos, em Colorado e Washington. A observação de taxas de lesões, acidentes, doenças mentais e uso por adolescentes levará a uma melhor compreensão dos efeitos sobre a saúde pública da maconha.

Grande parte da preocupação com a substância envolve jovens que usam a droga, porque ela interfere com o desenvolvimento do cérebro enquanto ele ainda está amadurecendo. “Fumar maconha interfere com conexões do cérebro em um momento em que ele deveria estar em um estado de mente clara, acumulando memória e experiências que formarão uma base para o futuro”, conta Baler.

Como algumas pessoas fumam maconha com a mesma voracidade que a maioria dos fumantes regulares, enquanto outros podem usar maconha apenas nos fins de semana, os efeitos na saúde tornam-se difíceis de generalizar.

“Você está prejudicando cumulativamente sua função cognitiva. Qual vai ser o resultado final, ninguém pode dizer”, afirma Baler.

Benefícios

Não há nenhum uso médico conhecido para o consumo de álcool, mas muitas pesquisas mostram os benefícios à saúde de se beber moderadamente, incluindo menores taxas de doença cardiovascular e, possivelmente, menos resfriados.

“Nós sempre aconselhamos as pessoas a evitar beber em excesso, mas o consumo moderado não é algo muito perigoso”, explica Murray.

Quanto à maconha, cuja legalização para usos médicos tem sido assunto de forte debate público há anos, há ampla evidência de que certos compostos encontrados na planta podem ser benéficos.

“Os pesquisadores estão trabalhando contra o relógio para tentar identificar os ingredientes da maconha que têm potencial medicinal”, disse Baler.

Uma vez que tais produtos químicos estiverem em uma forma pura e os pesquisadores entenderem seus efeitos sobre o corpo, então eles poderiam ser usados em ensaios clínicos para verificar sua eficácia em amenizar sintomas ou auxiliar na cura de doenças como câncer, esclerose múltipla, diabetes e glaucoma.

“Há segmentos da população que querem ignorar todo esse processo e distorcer a verdade, afirmando que fumar maconha pode ser bom para a saúde e ter usos médicos”, argumenta Baler. Segundo ele, embora possa ser usada para cuidados paliativos, chamar a maconha de remédio ainda é algo que não podemos fazer. O objetivo da medicina, aliás, não é usar a maconha como remédio, e sim extrair seus componentes benéficos, e utilizá-los desprovidos dos efeitos que usuários recreativos da substância procuram. [LiveScience, OGlobo, Inca]

36 comentários

  • Darlan Herdinan:

    quantas vezes alguém, ver passar na TV ou algo assim dizendo que , alguém fumou tanta maconha que matou alguém, ou fumou tanto que morreu ou ficou agressivo, ou algo do tipo ? agora te pergunto quantos você ver por dia mortos ou com sérias consequências por conta do Álcool ? legal né ‘ si maconha fizesse tão mal assim séria ” Lei Erva ” não Lei Seca ú.u

  • Guilherme Alves:

    Fumo maconha a 9 anos,comecei um pouco depois de fumar cigarro…
    A 7 meses parei de fumar cigarro,fumava muito,posso dizer que hj fico só com o verdin uma vez ou outra to bem sussegado,posso dizer que largando o tabaco me alimento melhor pois ele tirava minha fome,meu fôlego não é horrível como antes,é difícil larga-lo mais basta realmente querer.Algo que a maioria não sabe é que a maconha abre a mente,no sentido de torna-la mais sensível,possibilitando pensar melhor,enxergar melhor certas coisas.

  • Ademir Ramos Martins Munhoz:

    O problema não é o mal que causamos a nós mesmos, e sim o mal que causamos a terceiros com o uso dessas substâncias, e nisso o alcool da de 1000 na maconha.

    • pmahrs:

      Há teorias de que se a maconha ser tão generalizado quanto ao álcool ira causar os mesmos prejuízos a terceiros ou mais. Em termos de criminalidade para obtenção de dinheiro e meios de troca já causa mais danos a outros do que álcool, inclusive na própria família; fora danos a si mesmo quando não se tem dinheiro suficiente, procura outra mais baratas como crack, exagero no álcool e até solventes e compostos como colas já que o que busca é só alterações neurais e não leve prazer ou sabor.

    • Geraldo Britto:

      pmahrs, Você ainda não entende as coisas. A maconha É droga barata…. a maioria que “parte para outras coisas” é pq FALTA maconha.

  • pmahrs:

    O fim lei seca não acabou não acabou com a produção clandestina; ilegais continuam até hoje e o crime passou a ser falsificação, sonegação ou contra a saúde. Os que fizeram grandes empresas foram empreendedores honestos que pagam tributos, leis trabalhistas e de higiene e saúde. Sem pagar estes encargos e ainda usar insumos contrabandeados de países de mão obra semi escrava e não ter regulamentações da semente ao balcão a ilegalidade continua a ser lucrativa e pobres sempre vão no mais barato.

    • pmahrs:

      Tanto é que bebidas, eletrônicos, autopeças, remédios e cigarro apesar de serem formalizados continuam movendo bilhões em contrabando, roubos, falsificações, crimes, propinas e até mortes. A legalização só vai massificar o uso e que continua a dar campo para ilegais e estes não se importam com a origem do dinheiro, aceitam frutos de furto, vendem para menores os usam em “trabalhos” por droga.

  • pmahrs:

    A maconha em si não é o grande problema, quem é maior de idade e paga com o próprio dinheiro sem se envolver em crimes tudo bem, se haver prejuízo a saúde ou mente é problema dele, da família e do SUS. A questão num país pobre como o Brasil, é outra, ou seja, como a maioria dos usuários obtêm dinheiro ou meios para consegui-la e o aliciamento de crianças pobres com tantas famílias sem estrutura cujo devido a pobreza, depois de viciadas apelam para drogas mais baratas e danosas.

    • William Pereira Gomes:

      E de onde vem o dinheiro do SUS? Dos impostos que todos pagamos. Todos teríamos que pagar por alguma coisa de ruim que acontecesse pelo uso dessa droga.

    • pmahrs:

      É verdade, mas isto não é nada e as doenças decorrentes do cigarro consomem quase 30% dos recursos do SUS, além de logística e UTIs cujo a diária custa de 2 mil a 3 mil Reais; 75% de impostos sobre o cigarro é irrisório perto do custo por causa dele; mas provavelmente uma massificação da maconha também causaria um aumento significativo de gastos na saúde por causa de possíveis doenças, tratamentos, acidentes e desentendimento.

    • Cesar Grossmann:

      O problema é que não sabemos realmente quais os malefícios que o consumo da maconha vá causar. Será que ela é tão cancerígena quanto o cigarro? Ela deve causar alguns problemas pulmonares quando consumida na forma de “cigarros de maconha”, afinal de contas, é fumaça… Mas vai causar mais ou menos malefícios? E o consumo, ele vai ser generalizado como o do cigarro?

  • sandro c:

    muito boa a materia.. ate nessa parte em q cita q é dificil encontrar pessoas..
    ”’Além disso, pesquisadores que procuram estudar o uso da maconha a longo prazo têm tido dificuldade em encontrar pessoas que fumam maconha regularmente, mas que também não fumam cigarros de tabaco. Outra grande dificuldade é a ilegalidade da maconha, que limita a pesquisa neste campo.”’
    ….
    eu fumo a 19 anos todos os dias..rsrs…. e nunca fumei cigarro.. estou a disposiçao..kkkk..

    • pmahrs:

      E não bebe também??

    • Cesar Grossmann:

      Não se faz estudos em cima de um indivíduo, mas de grupos. Afinal de contas, se você pegar uma pessoa que é mais ou menos vulnerável que a média, vai chegar à conclusões erradas sobre os efeitos do produto em análise. Já pensou se fossem estudar se o leite faz bem ou mal, e pegassem alguém que é alérgico à lactose, e baseassem as conclusões no estudo dessa única pessoa?

  • Flávio Augusto:

    Os 4:20 piram com textos ou pesquisas desse tipo… O argumento de quem fuma é sempre “é natural, não mata em excesso”. Por mim que fumem, não sendo perto de mim…

    • Cesar Grossmann:

      Bom, o argumento que é natural não cola. Mamona e cicuta são naturais também.

  • Adler Santos:

    Sinceramente, é melhor que fumem maconha perto de mim do que nicotina/tabaco.

  • Tutty Gualberto:

    Concordo com Edemilsom Lima e em parte com o Adans ps. A maconha precisa ser liberada com urgencia e o governo, polícia etc devem se concentrar em combater as drogas. É uma grande hipocrisia considerar a maconha uma droga. Além disso devemos ter o direito de escolher o que quisermos dentro de opções que comprovadamente não fazem mal (ou fazem um mal menor) e sendo maior de idade. O álcool faz muito mais mal e o cigarro também, não tem comparação.

    • pmahrs:

      Acho desnecessário a apologia, quem, quer consegue achar mais biqueiras do que comércio formal para comprar leite e é praticamente liberado. Mas quem tem certeza que não faz mal, que de para seu filho e até o estimule a usar para ter mais saúde, mas deve ter o mínimo de bom senso, assim como cigarro e bebida, não se deve oferecer para filhos dos outros e nem usar onde incomode outras pessoas que estão lá para outros fins.

  • Daniel Martins:

    “Como a maconha prejudica a coordenação e o equilíbrio, existe o risco de se ferir ao fumá-la, especialmente se uma pessoa “chapada” decidir dirigir ou fazer relações sexuais desprotegidas, enquanto suas inibições estão reduzidas. Além de consequências momentâneas, podem haver consequências a longo prazo.”

    Olha os riscos que foram citados…¬¬’
    Tá de sacanagem! isso não é risco pelo uso, e sim riso por irresponsabilidade do sujeito em questão!

    e pra lembrar tudo em excesso faz mal, ate água!

  • pmahrs:

    Há muitos mitos sobre a maconha inclusive a seu favor e pouca coisa científica séria e em consenso científico médico e psicológico. Isolar e extrair princípios ativos e administrar por especialista em doses controladas para quem realmente tem algum problema, não é o mesmo que ficar chapadão várias vezes na semana e achar que vai ter mais benefícios do que malefícios.

    A diferença com álcool e cigarro é que quem os usa estes, não necessariamente precisa ter alterações de percepção importantes, já no caso de outras drogas se busca exclusivamente alterações neurais importantes, não leve prazer ou sabor, mas nada que vire um vício é saudável e é sempre crescente devido à chamada tolerância através da atrofia de receptores de dopamina. Se o uso de maconha for tão difundido quanto álcool e cigarro, é possível que também tenhamos números parecidos de causa de doenças físicas, mentais, acidentes e desentendimentos; crimes já sabemos que há muitos pra obtenção de dinheiro ou meio de trocas para se obtê-la.

    • pmahrs:

      O duro é o maconheiro entender que álcool, cigarro, sorvete e celular também são cada vez mais restritos e há lugares que não se deve usar nem induzir menores ou crianças, quer seja por lei, regulamento local, ou simplesmente bom senso.

      Desnecessário apologia, já é praticamente liberado, quem quer consegue com facilidade, tem lugares que tem mais biqueira que comércio formal e se tiver capacidade de usar no lugar certo e sem viciar filhos dos outros nunca será incomodar, mas óbvio que é possível que tenha algum problema se ainda estiver nesta de desafiar a “sociedade hipócrita” que prefere que seus filhos tenham hábitos diferentes ao menos na infância, adolescência ou enquanto forem dependentes e não tiverem dinheiro próprio, mas sem furtar em casa, na rua ou ficar devendo para traficante.

  • Samauri Steiner:

    Porque meu comentário não foi aprovado e ainda por cima excluído?

  • Paulo Juaci:

    Comparar o uso do álcool com o uso da maconha é complicado porque um é liberado e o outro é proibido. Sabemos que tanto um quanto o outro causam dano ao nosso organismo, havendo dados que apontam para efeitos benéficos no uso de um e de outro. Então o que devemos comparar não o uso de um ou de outro, mas a legalidade de um e a ilegalidade do outro e os efeitos da ilegalidade. Ora, sabemos o que ocorreu com a criminalização no uso e fabricação de bebida alcoólica, por exemplo, nos EUA. E o quanto ela afetou os direitos de liberdade e de igualdade. Sabemos, também, que há muitos interesses de ordem econômica envolvidos nessa questão. A solução é mesmo liberar, não somente para facilitar os estudos comparativos, mas também porque é preciso examinar até onde, de fato, os interesses do poder econômico estão prejudicando aqueles que querem usar um e/ou outro. Trata-se de discutir os efeitos desses fenômenos (uso, forma de uso, legalização, criminalização) sobre a liberdade a igualdade e a dignidade humana.

  • Alessandro Cavalcanti:

    Ri muito com as propagandas de clínica de dependência

  • Adans ps:

    Em curtas palavras, isto porque falou, falou, falou… e na verdade a conclusão a que chegamos é, a maconha não faz mal, a não ser pelo seu torpor característico do uso, que pode ser um problema na direção de um carro, no esquecimento do uso da camisinha… Fora isto, nada! Maconha não pode ser comparada ao cigarro ou a bebida, estes sim responsáveis por muitas mortes, e além disto? Maconha pode ser benefica se aplicado os seus efeitos fitoterápicos. Há um problema cultural, um medo já instalado, de que a maconha é uma droga “porta de entrada” para as outras, estas sim mais potentes e perigosas, estamos falando da cocaína, da heroina, e agora esta droga dos infernos, o craque, que não respeita nível social, e destrói a condição humana. Tudo isto precisa ser bem questionado, o Brasil, um país de grandes dimensões e diferenças culturais, estaria pronto para uma liberação da maconha? Isto é um clamor dos maconheiros de longa data, entre eles, muitos políticos, um deles em destaque, o Fernando Henrique Cardoso… Eu até concordo com a liberação da maconha, mas para fins de pesquisa no campo da fitoterapia, já foi comprovado que ela pode substituir outras drogas com louvor, causando menos dano ao ser humano, alguns dizem que substâncias na maconha seriam excelentes no combate à enxaqueca, um mal que aflige a muitas pessoas… É preciso sabedoria e tato, e controle, e visão, para lidar com esta questão da liberação da maconha, não queremos converter esta nação em um grande Woodstock, com jovens e famílias inteiras se perdendo nas drogas, já temos muitos problemas pendentes, não precisamos de outro nesta envergadura.

    • Adans ps:

      No lugar de “craque” considerem “crack”.

    • Marcelo Ribeiro:

      Não para o cérebro adolescente, devemos lembrar. Faz muito mal para o cérebro do adolescente.

    • pmahrs:

      De fato não podemos confundir o Brasil com países ricos onde a maioria dos usuários podem comprar maconha com dinheiro próprio sem furtar, roubar, serem aliciados para o crime em troca de droga, induzidos por falsa ostentação e não precisam apelar para drogas mais baratas e danosas por falta de dinheiro.

      A maconha não é porta de entrada para drogas mais fortes e danosas, o álcool e cigarro o que são, a maconha já faz parte drogas mais pesada baseado na quantidade necessária para a alteração neural.

  • Samauri Steiner:

    Mas quem disse que a maconha faz mal para a saude? O que faz mal para a saude é voce fumar ela, e quem disse que esse é o único modo de se consumi-la?

    A maconha posse ser consumida através de ingestão sob forma líquida ou sólida ou inalada na forma de vapores, utilizando um “vaporizador” para isso.

    Ou seja ZERO dano a saúde, bom pelo menos a saúde física, quanto a saúde cognitiva vai depender de uma série de fatores para se determinar se faz mal ou não.

    Sobre a questão do sistema cardiovascular a maconha compensa o aumento da frequencia cardiaca com a vasodilatação que ela promove, ou seja, promove uma maior vazão e circulação do sangue no organismo.

    Sobre uma pessoa dirigir “chapada” eu duvido muito que essa pessoa sob efeito de maconha vai ter coragem de dirigir o carro a 200 Km/h se sentindo o “ÁS” do volante ou o piloto de fuga, muito pelo contrário, já quem toma umas a mais…

    Sobre a maconha poder piorar problemas psiquiatricos, não creio que o álcool possa melhorar esses problemas também, então quem é “doido” deve evitar qualquer droga, a não ser é claro as drogas farmaceuticas.

    Concordo na questão que geralmente a maconha é fumada, mas isso tem uma explicação muito simples, para se consumir a maconha de outros modos sem serem agressivos ao corpo seria nescessária a legalizaçao, pois para se ingerir a mesma deve ter procedência de qualidade e ser fresca ou seja deveria vir da sua plantação, e para se consumi-la sob forma de vapor seria nescessário o vaporizador, que não se encontra para venda aqui e por motivos óbvios então o que está fazendo mal nesse caso é somente a proibição.

    Sobre a questão do desenvolvimento dos jovens e o uso de maconha, acho que o uso do alcool também prejudicaria esse desenvolvimento, nenhuma droga é boa para os jovens, ilegal ou não.

    Sobre a questão de chamar a maconha de remédio é algo que não se pode fazer pois ela é usada para cuidados paliativos, então o que dizer sobre os remédios para gripe e resfriados, esses remédios também são para cuidados paliativos, uma vez que a gripe não tem cura, logo nessa lógica essas substancias nao podem ser chamadas de medicamentos ou remédios.

    Esse papo de não é usar a maconha como remédio me soa meio como defesa das grandes industrias farmaceuticas querendo controlar o que toda a população pode usufruir gratuitamente.

    Não quero defender o uso de nada aqui que fique bem claro isso, mas temos por obrigação estarmos bem informados, ainda mais que vivemos na era da informação, ignorancia não é desculpa, pesquisem sobre o óleo de maconha e o cancer de pele, vou citar uma lista de enfermidades que podem ser tratadas com a maconha: AIDS, câncer, TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), esclerose múltipla, náusea decorrente da quimioterapia, doença de Crohn, glaucoma, epilepsia, insônia, enxaqueca, artrite e falta de apetite, anorexia, síndrome de Tourette, mal de Alzheimer, distrofia muscular, fibromialgia, caquexia e esclerose lateral amiotrófica

    Bom essa é a minha pequena humilde opnião sobre o assunto e pra encerrar o assunto se voces fizerem uma rápida pesquisa sobre a lista das drogas mais perigosas veram o álcool em quinto lugar, o tabaco em nono e a maconha em décimo primeiro, se a questão era qual fazia mais mal a saúde, creio que não há mais nada a dizer.

  • Edemilson Lima:

    Os efeitos observados em quem usa EM EXCESSO são raciocínio mais lento e uma leve dificuldade de memorizar ou lembrar das coisas. Estes efeitos são temporários e desaparecem em alguns dias. Assim como o álcool, o ideal é consumir com moderação, com intervalos sem uso de pelo menos uma semana. Sabe-se que o THC tem propriedades anti-inflamatórias e o CBD é um poderoso antidepressivo e excelente para combater a insônia. Ao contrário do álcool e outras drogas, não é possível ter overdose de cannabis e ela não afeta o fígado e nem mata neurônios (isso é um mito). Para reduzir os efeitos da fumaça nos pulmões existem vaporizadores ou pode ser consumida via oral em bolos, doces, etc. Outros efeitos a longo prazo para a saúde ainda não foram amplamente pesquisados, portanto deve-se usar com moderação. Da mesma forma que o álcool, não se deve dirigir ou realizar atividades perigosas sob o efeito da droga. Por ter influência na memória de curto prazo, não deve ser usada por menores de idade, cujos cérebros ainda estão em formação. O excesso pode causar atrofia do hipocampo após anos de uso contínuo. Variedades com teores muito altos de THC não são recomendadas, pois podem agravar estados de esquizofrenia em pessoas que tem propensão. Variedades com altos níveis de CBD são as mais recomendadas para fins medicinais. As variedades do tipo sativa são as mais indicadas para animar e as do tipo indica são as melhores para relaxar. Ao contrário do álcool, os usuários não apresentam comportamento agressivo e a cannabis pode ser usada inclusive para combater a dependência de drogas pesadas. Resumindo, o uso é mais seguro e saudável que o álcool, desde que seja consciente.

    • pmahrs:

      Outro mito é de que a liberação vai acabar com tráfico e diminuir o preço; que acha isto provavelmente já está com alterações neurais importantes; pois além do trafico não se basear só em maconha, o fato de bebidas, roupas, eletrônicos, autopeças, cigarros e remédios, tênis serem legais e controlados não impede contrabando, roubo, escravidão, falsificação, mercado negro, formação de quadrilha, aliciamento de menores, propinas e inflação de preço.

      E mesmo que traficantes deixem formais venderem sem matá-los ou extorqui-los os formalizados pagando direitos, trabalhistas, tributos e normas de qualidade e higiene da semente ao balcão, jamais terão como concorrer contra contrabando, falsificações, trabalho semi escravo, leis a bala e os mais pobres vão sempre no mais barato. Se formos copiar países ricos temos que começar pela fundação e alicerce e não pelo telhado sem madeiramento e colunas.

    • pmahrs:

      Não existe uma boa definição para excesso na maconha, o objetivo é trazer alteração neural que imite a sensação de prazer. Eu diria que se a pessoa sente que cada vez precisa usar mais e em menos período de tempo sem usar ele já está em dependência química, alguns percebem e troca de amigos.

  • jorge quaresma dos santos quaresma:

    Parabens! gostei!!! pesquisa inteligente, completa e atual!

    • Valdinaldo MF:

      Antes de liberar uma droga com a conversa fiada de que a outra é pior, por quê os críticos maconheiros não pensam assim “Não a maconha e não ao álcool”, estudos comprovam que as drogas acabam com a sociedade, família, animais, floresta e até a própria vida, sem contar que é combustível e motivação para bandidos e enriquecimento para traficantes e empresas que não estão nem aí para a humanidade. Agora me digam, que tipo de cidadão quer a liberação desse tipo de coisa?

    • JG Costa:

      A minha resposta seria: ambas são prejudiciais à saúde, em menor ou maior escala, portanto duplamente interessante evitá-las.

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