Obesidade ligada à maior risco de câncer agressivo de mama

Por , em 2.03.2011

Anote mais um risco subjacente à obesidade na sua agenda: mulheres obesas na pós-menopausa têm um risco 35% maior de desenvolverem câncer de mama “triplo negativo”, um tipo agressivo que carece de três receptores hormonais comuns nos cânceres de mama.

As mulheres obesas também têm um aumento de 39% no risco de desenvolver câncer de mama receptor-positivo, que é o câncer alimentado pelo hormônio estrogênio.

Os pesquisadores analisaram os dados de saúde de 155.723 mulheres na pós-menopausa durante 10 anos, como foco nos índices de massa corporal (IMC) e níveis de atividade física.

Das mulheres no estudo, 307 desenvolveram câncer de mama triplo-negativo e 2.610 desenvolveram câncer de mama receptor-positivo.

As mulheres com maior IMC tiveram um aumento de 35% no risco de desenvolver câncer de mama triplo-negativo e 39% no risco de desenvolver câncer de mama receptor- positivo. A atividade física diminuiu o risco de ambos os tipos de câncer. Mulheres com altos índices de atividade física tinham um risco 23% menor de desenvolver câncer de mama triplo-negativo, e 15% menor de desenvolver câncer de mama receptor-positivo.

A obesidade já era conhecida por aumentar o risco de certos cânceres, a maioria deles respondem a hormônios. O vínculo decorre do fato de que o tecido adiposo pode aumentar os níveis de estrogênio no organismo.

A influência da obesidade sobre o câncer triplo-negativo revela que outros fatores, além dos hormônios, devem estar em jogo. Esses outros fatores podem influenciar o desenvolvimento dos cânceres que não possuem receptores para hormônios, como o câncer de mama triplo-negativo.

Mas nem todos os cânceres de mama triplo-negativos são iguais. Ele é chamado de triplo negativo justamente por causa de sua falta de três hormônios específicos, mas isso não significa que seja só isso.

Novas pesquisas são difíceis por que o triplo-negativo soma apenas 10 a 20% de todos os cânceres de mama. O próximo passo dos pesquisadores é estudar os riscos desse câncer em mulheres mais jovens, porque a doença as afeta desproporcionalmente. [LiveScience]

Deixe seu comentário!