10 gênios com hábitos verdadeiramente estranhos

Por , em 17.06.2015

Jack Kerouac via o alcoolismo como meio de explorar seu lado espiritual. Ben Franklin começava seus dias tomando ar por meia hora na sua janela, vestindo o terno que costumava usar em seu aniversário, a fim de se inspirar. T. S. Eliot usava pó facial de cor verde e batom, enquanto seu colega poeta Friedrich von Schiller buscava inspiração no cheiro de maçãs podres.

Será que tanta genialidade foi o resultado dessas peculiaridades de personalidade, ou esses comportamentos estranhos decorrem de suas mentes excêntricas? Se você acha que sua criatividade precisa de uma mãozinha, tente copiar esses grandes nomes (por sua conta e risco):

10. Edgar Allan Poe

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Edgar Allan Poe foi um autor que participou do movimento romântico norte-americano. Os escritores em 1800 não tinham as ferramentas de processamento de texto rápidas que temos hoje, o que os obrigava a escrever à mão e escolher a melhor cópia.

Mas Edgar Allan Poe era diferente: ele escrevia suas obras em um rolo de papel em faixas contínuas, fechadas com um lacre de cera.

As histórias de Poe não eram para os fracos de coração; elas eram tão sangrentas e mórbidas que muitos de seus contemporâneos as consideravam quase ilegíveis. Tanto que, só bem depois de sua morte, sua obra foi admitida no respeitado cânone literário.

A gata de Poe também desempenhou um papel significativo no seu processo criativo. “Catterina” era sua “guardiã literária”.

Ou seja, se você quiser ser um gênio da literatura, é só repensar aquela ideia de ter um gato de estimação e começar a escrever loucamente em rolos infinitos de papel.

9. Dr. Yoshiro Nakamatsu

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Este é o inventor moderno mais prolífico que você provavelmente nunca ouviu falar. O Dr. Yoshiro Nakamatsu (que na verdade prefere ser chamado de Dr. NakaMats) patenteou o disquete em 1952, e outras 3.300 invenções, pelo menos, durante os seus 74 anos de vida.

Muitas de suas maiores ideias vinham quando ele estava perto do afogamento. O conhecido “pânico do último minuto”, só que levado a uma versão extrema.

Dr. NakaMats acreditava nos benefícios mentais de passar muito tempo debaixo d’água. Ele dizia que mergulhar fazia com que o cérebro se desesperasse por oxigênio. Na iminência da morte, ele visualizava suas invenções.

O inventor japonês, em seguida, anotava a sua ideia em um bloco de notas debaixo d’água e então voltava para a superfície.

Outra chave para o sucesso da Nakamatsu? Trabalhar suas ideias em um local calmo, para ele uma casa de banho revestida em ouro de 24 quilates. Dr. NakaMats achava que as telhas bloqueavam ondas de rádio e de televisão que prejudicam o processo criativo. A sala também não tinha nenhum prego, porque ele acreditava que “pregos refletiam o pensamento”.

8. Agatha Christie

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Agatha Christie escreveu 66 romances policiais e 14 coletâneas de contos, mas não em uma escravaninha. Na verdade, ela sequer tinha um escritório. Escreveu “Assassinato no Expresso do Oriente”, por exemplo, no quarto do hotel na foto acima. Ela usou uma máquina de escrever, no entanto. Para Christie, digitar em si era parte do processo de escrita.

Este processo era muitas vezes desconexo. Ela escrevia, sempre que dava na telha, em uma mesa de cozinha ou no quarto dela. Christie, por vezes, começava a escrever muito antes de ter um enredo para suas histórias, e geralmente começava com os detalhes da própria cena do crime antes de prosseguir.

7. Honore de Balzac

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Você se acha um viciado em café? Provavelmente, o seu problema de cafeína não chega nem perto ao do romancista francês Honore de Balzac. Este escritor histórico consumia até 50 xícaras por dia. Quase não dormiu até terminar de compor sua obra prima, “La Comédie Humaine”.

Balzac falava da bebida em prosa poética. Em um artigo publicado em 1830, ele chegou a escrever que quando o café caia no estômago, havia uma comoção geral. “As ideias começavam a mover-se como os batalhões do Grande Exército do campo de batalha, e a batalha acontecia”.

6. Sigmund Freud

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Um pioneiro no campo que hoje chamamos de neurociência, Freud nos ofereceu uma visão sobre o subconsciente mudando a forma como os psicólogos se aproximavam da mente humana. Outra peculiaridade de Freud foi o vício em nicotina e cocaína.

Tendo começado cedo, o psicanalista fumava quase continuamente. Um amigo próximo finalmente o alertou que fumar charutos todo dia poderia causar uma arritmia cardíaca perigosa nele. Freud, então, tentou parar, mas sofreu de depressão grave durante o processo.

Quão ruim foi? “Logo depois de deixar de fumar”, escreveu ele, “veio uma grave condição do coração, pior do que eu já tive quando fumava… E com ela uma opressão de humor em que as imagens de cenas de morte e de despedida repetiam as fantasias mais usuais”.

Freud simplesmente não podia largar o vício, mesmo depois de 33 cirurgias em sua boca e queixo para remover o câncer que o tabaco lhe causou. O homem também experimentou se automedicar com grandes doses de cocaína.

5. Albert Einstein

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Albert Einstein não foi apenas um gênio. Ele também foi um jovem que demorou para aprender a falar. Quando criança, tinha grandes dificuldades para usar a linguagem, fazendo com que seus pais e médicos ficassem bastante preocupados.

Juntamente com uma teimosa ferrenha e um certo desprezo por autoridades, Einstein disse que seu desenvolvimento retardado deu-lhe mais oportunidades para pensar sobre elementos básicos da vida, como o espaço e o tempo. Seu senso de admiração por estes conceitos fez com que ele apresentasse perguntas curiosas, levando-o a avanços como sua teoria da relatividade.

Einstein nunca superou completamente seus hábitos estranhos. Seu motorista relatou que, uma vez, o gênio pegou um gafanhoto do chão e comeu. Ele também levava seu violino em caminhadas para observar pássaros, tocando música com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

4. Nikola Tesla

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Se não fosse por Nikola Tesla, a nossa compreensão da eletricidade estaria provavelmente anos atrasada. Tesla também apresentou mais de 300 patentes para invenções como eletroímãs, o rádio, e o motor de corrente alternada.

Mas, ao contrário de Einstein, Tesla não teve um começo peculiar de vida. Ele foi se tornando peculiar à medida que envelhecia.

Tesla era conhecido por trabalhar todos os dias das 3h00 às 23h00. Este hábito o levou a sofrer um colapso mental com apenas 25 anos. Então, se recompôs e continuou o mesmo regime na velhice, trabalhando até 38 anos sem uma pausa em sua agenda de trabalho rigoroso. O homem era celibatário, mas se dava bem com as mulheres. Ele só tinha algumas repulsas profundas: não podia suportar mulheres com sobrepeso ou joias de qualquer tipo (especialmente pérolas). Vai entender.

3. Stephen King

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Escritores e professores são conhecidos por suas posições quase religiosas sobre pontuação e gramática. Stephen King era um deles. Com algumas opiniões firmes sobre gramática, ele chega a mencionar em um de seus livros que “acredita que o caminho para o inferno está pavimentado por advérbios”.

King defendia uma escrita poderosa que seria completamente desprovida de advérbios. Advérbios, segundo King, roubam os detalhes e a especificidade do resto da frase.

King está entre os escritores contemporâneos mais prolíficos, cujas obras regularmente entram para a lista de Best Sellers do New York Times. Ele diz que escrever 2.000 palavras (sem advérbios) todos os dias, mesmo em feriados, é uma das chaves para o seu sucesso.

2. Thomas Edison

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Associados de pesquisa de Thomas Edison tiveram que passar por um processo de entrevista difícil, que incluía comer uma tigela de sopa sob o olhar do famoso inventor. A ideia dessa tarefa era verificar como os potenciais empregados analisavam a comida antes de prová-la. Se eles adicionavam sal à sopa que ainda não tinham experimentado, Edison os dispensava automaticamente. O teste tinha como objetivo eliminar aqueles que já começavam com muitas suposições.

Edison foi outra das grandes mentes que evitaram necessidades como dormir.

Especificamente, ele aprovava um ciclo de sono polifásico, um padrão de sono orientado que visava dar mais tempo de vigília à vida de uma pessoa. O ciclo de sono polifásico tem ganhado popularidade recentemente; é uma opção atraente para aqueles que querem aumentar a sua produtividade a qualquer preço. Infelizmente, a maioria dos experimentos envolvendo sono polifásico não renderam bons resultados. Aparentemente, as pessoas que tentam seguir essa rotina ficam grogues demais e acabam tendo a produtividade reduzida consideravelmente.

1. Charles Dickens

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Um dos maiores reformadores sociais da Londres vitoriana, Charles Dickens foi um autor prolífico, só que um pouco obsessivo demais em alguns pontos.

Um funcionário informou que Dickens não podia suportar um cabelo fora do lugar, de forma que o escritor mantinha um pente por perto e o passava no cabelo centenas de vezes por dia.

Dickens também era obsessivamente específico em suas exigências de trabalho. Peritos que analisaram a vida e as obras de Dickens achavam que ele possuía uma forma leve de transtorno obsessivo-compulsivo e até mesmo epilepsia.

Seu outro segredo criativo? Ele andava ao redor da sala enquanto compunha textos, e ditava o seu trabalho a um assistente que fazia a transcrição para ele. Muitas vezes, trabalhava exaustivamente cada frase de uma obra, substituindo palavras e alterando a sua ordem antes de prosseguir. Imagina o trabalho que esse assistente não teve.[listverse]

1 comentário

  • Marcel Moraes:

    Interessante, acho que o(s) assistente(s) de Dickens deveria ter seu nome exposto pelos feitos.

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