10 histórias perturbadoras de sósias

Por , em 8.09.2013

Doppelgänger é uma palavra do idioma alemão que designa uma “duplicata andante”, uma “réplica” sua que anda por aí, se fazendo passar por você. Interpretado pelos místicos como sendo uma criatura sobrenatural, como uma cópia espiritual ou então um gêmeo demoníaco, ele traria confusão à vida da pessoa.

A ciência não tem uma explicação definitiva para o fenômeno, embora saiba-se que algumas doenças façam com que a pessoa tenha a sensação de que há alguém atrás dela, imitando seus movimentos, ou até mesmo que ela veja esta pessoa, no caso da esquizofrenia. Seja lá o que for, até mesmo pessoas famosas alegaram ser assombradas por doppelgängers. Veja aqui 10 casos de arrepiar destas réplicas malditas.

10. Johann Wolfgang von Goethe

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O famoso escritor, poeta e político alemão Goethe (1749-1832) era assombrado pelo fenômeno. Certa vez, estava cavalgando por uma trilha depois de deixar a casa de uma moça chamada Frederika, quando percebeu uma pessoa misteriosa vindo na sua direção.

Segundo Goethe, ele viu, “com o olho da mente”, que a tal pessoa era ele mesmo, mas com roupas diferentes. Como a misteriosa aparição sumiu, Goethe eventualmente esqueceu o caso. Oito anos mais tarde, ele estava percorrendo o mesmo caminho, mas na direção oposta, quando percebeu que estava vestindo exatamente a mesma roupa que o seu doppelgänger teria usado anos atrás.

E aquele não foi o único doppelgänger que Goethe viu. Em outra ocasião, ele viu seu amigo Friedrich andando na rua, usando um roupão de Goethe. Estupefato, foi para casa e lá encontrou Friedrich, usando o mesmo roupão que a aparição. Seu amigo tinha sido surpreendido pela chuva e pegara emprestado o roupão enquanto as roupas dele secavam.

9. Catarina, a Grande

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Conta-se que Catarina, a Grande, poderosa imperatriz da Rússia do século 18, foi acordada por seu servos certa noite, que estavam preocupados por terem visto ela entrar na sala do trono. Quando foi conferir, Catarina encontrou a doppelgänger sentada calmamente no trono. Ordenou imediatamente que seus guardas atirassem no fantasma. Não se sabe se efeito as balas tiveram na doppelgänger, só que Catarina veio a falecer não muito tempo depois.

8. Percy Bysshe Shelley

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O marido de Mary Shelley, autora de Frankenstein, era mesmo um poeta, e parece que, do casal, era ele quem via fantasmas e monstros. Ou, pelo menos, doppelgängers. Pouco antes de morrer afogado, em 1812, Percy confessou a Mary que ele havia encontrado seu doppelgänger várias vezes. Um destes encontros teria acontecido quando Percy entrou em um terraço, onde foi saudado por seu doppelgänger, que lhe perguntou “por quanto tempo vais ficar contente?”

Por mais estranho que pareça, o doppelgänger de Percy apareceu também para sua amiga Jane Williams, que o viu passar pela janela dela, em um caminho que o Percy costumava tomar, mas se dirigiu a um beco sem saída e nunca mais retornou. O Percy de verdade não estava nem perto.

7. Sir Frederick Carne Rasch

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Em 1906, durante uma sessão do Parlamento Britânico, o parlamentar Sir Gilbert Parker viu, assistindo a um debate, seu amigo Sir Frederick Carne Rasch, que, para todos os efeitos, estava em casa com uma gripe. Cumprimentando o amigo, Sir Gilbert disse “espero que você esteja se sentindo melhor”, mas Sir Carne não esboçou reação, ficou ali, sentado, com uma expressão sombria no rosto. Quando olhou novamente para o local em que o amigo havia estado, Sir Gilbert não o viu mais, mas conversando com os amigos, outros afirmaram tê-lo visto, embora ninguém o tenha visto saindo da sala.

Quando o verdadeiro Sir Carne foi informado do incidente, ele contou que não se espantava que seu espírito tivesse ido ao Parlamento dar uma espiada, afinal ele estava muito interessado naquele debate. A família de Sir Carne ficou apavorada, mas o que mais incomodou Sir Carne sobre o incidente foi que seus colegas, sempre que o viam, cutucavam-no para ver se era real ou uma assombração. Ele chegou a escrever uma carta sarcástica a um jornal local, desculpando-se por não ter tido o bom senso de morrer quando seu doppelgänger foi visto.

6. Rainha Elizabeth I

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Última da linhagem dos Tudor a governar a Inglaterra (de 1558 a 1603), a Rainha Elizabeth I da Inglaterra era uma monarca carismática, sensata e experiente, o tipo de pessoa que não se espera que se meta com o paranormal.

Mesmo assim, ela alega ter visto sua doppelgänger deitada imóvel em sua cama, como um cadáver exposto para visitação. A experiência foi assustadora, principalmente porque a crença é de que significa morte, e, embora pudesse ser considerada produto da mente de uma governante idosa e estressada, Elizabeth I realmente faleceu não muito tempo depois.

5. Maria de Jesus de Agreda

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Normalmente, os doppelgänger são percebidos como sinistros, mas em alguns casos acredita-se que a pessoa real consiga controlá-los, usando-os como uma espécie de segundo corpo para fazer “bilocação” para outros lugares em um instante. No século 17, exploradores e missionários que chegaram ao Novo Mundo ficaram espantados de encontrar tribos no Novo México praticando o catolicismo. Questionados, os indígenas contaram que haviam sido convertidos por uma misteriosa mulher de azul que os ensinava e até mesmo lhes entregara crucifixos e outros itens de adoração.

Pesquisa cuidadosa levou a Maria de Agreda, uma freira espanhola que vestia azul. Ela alegava ter ensinado o cristianismo aos indígenas americanos usando “bilocação” para cruzar o oceano. Maria nunca havia deixado o convento e conhecia o lugar como “uma terra selvagem”, mas sua história convencera os sacerdotes.

Mais tarde, a Inquisição suspeitou de Maria, mas resolveram inocentá-la da acusação de bruxaria, e seu poder foi declarado como de origem divina. Entretanto, ao mesmo tempo em que ela se tornou celebridade mundial, sua história foi mudando várias vezes. Algumas vezes, ela alegava que havia sido pressionada a dizer que conseguia enviar sua cópia espiritual para outro continente, e em outras vezes dizia que era tudo verdade.

4. Abraham Lincoln

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“Abe Honesto”, como era conhecido, não escondia seu interesse no paranormal, pelo menos em conversas particulares. De acordo com o que dizia, ele mesmo teria experimentado alguma atividade paranormal. Segundo seu relato, no dia da sua primeira eleição ele descansou alguns momentos em seu coche durante a tarde. Deitado ali, ele olhou de relance ao espelho e viu dois reflexos de si mesmo. Ao levantar-se, o doppelgänger desapareceu. Quando se sentou novamente, ele reapareceu.

Lincoln teria ficado espantado, e sua esposa ficou apavorada, convencida de que o doppelgänger significava que o marido seria re-eleito no futuro, mas que não sobreviveria ao segundo turno. Lincoln tentou repetir o experimento outras vezes, mas parece ter visto o doppelgänger apenas mais uma vez, e depois ele desapareceu de vez. Talvez tenha cumprido sua missão e avisado do futuro de Lincoln – ou então alguém consertou o espelho.

3. George Tryon

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O dia 22 de junho de 1893 não foi um bom dia para o vice-almirante George Tyron. No comando de duas colunas de navios, ele ordenou que ambas se voltassem uma na direção da outra, o que se acabou se revelando fatal. Os navios se chocaram e o navio em que Tyron estava afundou como uma pedra, levando o vice-almirante e outros 357 homens. Suas últimas palavras teriam sido “A culpa é toda minha”.

Ao mesmo tempo, a esposa de Tyron estava dando uma festa aos amigos em seu lar, em Londres. Para surpresa dos convivas, Tyron apareceu na festa, descendo solenemente uma escada, atravessando a sala, abrindo a porta como para se retirar, e então desaparecendo. Ele estaria vestido com o uniforme completo.

Entretanto, a história tem alguns furos. Segundo alguns, Lady Tyron estava ocupada com os convivas e nunca viu o doppelgänger, enquanto outros afirmavam que ela estava entre os que testemunharam a aparição. Curiosamente, a história tem muita semelhança com velhas lendas do mar, segundo as quais o espírito de marinheiros aparecia para a família para avisar de sua morte no mar.

2. Guy de Maupassant

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O escritor francês também tem uma história de interação com um doppelgänger. Ele teria interagido regularmente com seu gêmeo fantasma, que teria lhe ditado uma história curta, The Horla. O conto é sobre um homem cuja sanidade é consumida lentamente por um espírito mau que o usava como hospedeiro. Como um eco da história, a saúde mental de Maupassant também começou a deteriorar pouco tempo depois de ele concluir o conto.

Outra versão da história afirma que o doppelgänger não havia ditado a história, mas desaparecera quando de Maupassant chamara seu servo. Meses mais tarde, a aparição teria retornado, entrado no quarto do escritor, olhando-o com uma expressão triste. Depois, teria sentado e colocado a face entre as mãos, como em desespero. Convencido de que o doppelgänger trazia más notícias, o horrorizado de Maupassant viu sua própria vida se deteriorar, e morreu em um asilo um ano mais tarde.

1. Emilie Sagee

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Sagee trabalhou em uma escola só para meninas, e era uma boa professora, mas por algum motivo ela ficava mudando de emprego. Em 16 anos, trocou de posição 19 vezes! Em 1845, a escola descobriu o motivo: Sagee seria o centro de uma atividade de doppelgänger muito estranha. Sua gêmea espectral teria sido vista primeiro durante uma aula, algo testemunhado por suas 13 alunas (mas não pela própria professora), imitando todos seus movimentos. Depois, ela teria sentado atrás dela, imitando-a enquanto ela comia.

A própria Sagee nunca havia percebido a aparição, embora todo mundo pudesse vê-la claramente. Durante estes episódios, ela ficava estranhamente grogue, enquanto a doppelgänger fazia coisas que Sagee mais tarde afirmava que estava pensando em fazer naquele momento, o que sugere que ela tinha algum controle subliminar sobre ela.

Em pouco tempo, a doppelgänger começou a se aventurar mais longe de Sagee, aparecendo uma vez em uma sala cheia de estudantes, sentando-se calmamente na cadeira do professor enquanto Sagee estava do lado de fora, trabalhando no jardim. Os poucos que se atreveram a se aproximar da doppelgänger contam que era possível atravessá-la, mas que ela tinha uma textura que se assemelhava a um tecido grosso.

Com o passar do tempo, a aparição se tornou um aspecto permanente da vida da escola, assustando as pessoas com regularidade. Os pais das alunas começaram a retirá-las da escola e, apesar de Sagee ser uma funcionária modelo em outros aspectos, a direção não teve opção senão demiti-la (junto com sua dublê fantasma). [Listverse]

14 comentários

  • Aniat:

    Falha na Matrix

  • Marcelo Rocha Miranda:

    Ja li falando que isso pode ser sintomas de esquizofrenia e epilepsia.

  • Estressada Delirante:

    Só eu pensei em Universos Paralelos? Alguma “falha” que fez com que a pessoa enxergasse o seu outro “eu” interagindo nessa outra realidade paralela… não era para eles se verem, mas aconteceu rs.

    • Fabiano Braga Selau:

      Mas se um fenômeno desses acontecer ocorre uma grande catástrofe nuclear, pelo menos esse é o apontamento da ciência até a data de hoje

  • Arteiro Marcial:

    Muito interessante. Já conhecia alguns casos desses, mas confesso que não conhecia a expressão “doppelgänger”.
    O caso de Johann Wolfgang von Goethe me parece mais viagem involuntária no tempo do que um sósia.

  • Adilson Louis Correa Ramos:

    Os mensaleiros são os Doppelgängsters…

    • Je:

      A que eu achei mais interessante foi a de Catarina a Grande.
      Adilson, cuidado que você pode estar dando uma desculpa para os mensaleiros usarem dizendo que foi os Doppelgängsters…deles…rs.

  • Henrique Telles Dos Santos:

    sinistro porém interessante.

  • Flor de Lis:

    Sinistro!

  • Luiz Junior:

    like duplu kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…

  • Arthur Ribeiro:

    Gostei do post. Fiquei um pouco assustado, confesso.
    Mas diga-me Cesar: Você acredita que esses fatos são verídicos?
    Sei lá, você sempre pareceu muito cético em suas respostas no YR.
    Caso acredite, em sua opinião, qual a explicação científica para esse fenômeno? Ou seria mesmo algo sobrenatural?

  • Roselio Mattes:

    quem acredita em para normal manda sua doppelganger

    • Cesar Grossmann:

      Eu bem que gostaria de encontrar meu doppelgänger… Juntos, seremos invencíveis! Ou apenas formidáveis…

    • JOTAGAR:

      Cesar
      Considerando o desfecho final dos casos citados, me parece não ser uma boa ideia encontrar seu doppelgänger…

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