Veja belas imagens da colisão de estrelas de nêutron que foi anunciada pela NASA nesta semana

Por , em 18.10.2017

Os telescópios do mundo todo e do espaço ficaram ocupadíssimos no dia 17 de agosto de 2017, quando cientistas fizeram as primeiras observações tanto de luz quanto de ondas gravitacionais em um único acontecimento cósmico. Aqui estão algumas imagens incríveis do acontecimento.

A erupção de luz e ondas gravitacionais foi produzida por um evento chamado de kilonova, ou a colisão de duas estrelas de nêutron, que por sua vez são o centro de estrelas que pararam de queimar combustível. Esta foi a primeira vez que uma erupção de kilonova foi observada.

Essa observação marca o início da era de multi-mensagens da astrofísica, já que até recentemente apenas a luz era captada pelos equipamentos. Dezenas de observatórios acompanharam o evento usando todo tipo de onda de luz, das ondas de rádio aos raios-gama. O acontecimento foi identificado primeiro pelo Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO), que tem dois detectores localizados em estados opostos nos EUA, e pelo observatório Virgo na Itália.

As ondas gravitacionais foram detectadas primeiramente pelo LIGO em 2015, e são produzidas pela aceleração de objetos gigantescos no universo, como buracos negros ou estrelas de nêutron.

Impressão artística


As estrelas de nêutron são o centro que restou de estrelas maiores que morreram em explosões supernova. Quando duas delas colidem, elas explodem como uma kilonova, conforme apresentado na imagem acima, que é uma impressão de um artista.

Enquanto kilonovas são raras, a observação confirma que esses objetos podem produzir elementos pesados como o ouro e a platina, inclusive os encontrados na Terra.

Vários observatórios registraram luz no acontecimento, o que foi um marco porque até então apenas as ondas gravitacionais haviam sido registradas em eventos que envolvem buracos negros.

Hubble


A explosão aconteceu na galáxia NGC 4993, que é mostrada aqui em uma imagem do telescópio espacial Hubble. A kilonova é visível na parte superior esquerda, e aparece como um ponto amarelo.

Astrônomos criaram dois nomes diferentes para o mesmo evento do dia 17 de agosto, dependendo do tipo de fenômeno que é mencionado. O GW170817 se refere às ondas gravitacionais observadas como resultado da colisão, enquanto o GRB170817A se refere aos raios-gama que foram produzidos naquele dia.

Visão de grande angular


Esta imagem com visão de grande angular foi produzida no deserto do Atacama, pelo Very Large Telescope do European Southern Observatory (ESO).

A kilonova pode ser observada um pouco acima e para a esquerda do centro da galáxia. O ESO classificou a explosão da kilonova como “não incomum”.

Mapeamento de fontes de ondas gravitacionais


Este mapa mostra as localizações de cinco sinais de ondas gravitacionais detectadas pelo LIGO desde a primeira detecção em 2015.

Ao fundo vemos uma imagem óptica da Via Láctea. Toda a esfera celestial é representada pelo domo translúcido. As ondas gravitacionais vêm de fontes relativamente pequenas (as duas estrelas de nêutron têm o tamanho de uma cidade grande, cada uma), mas o LIGO não conseguiu localizar exatamente essas fontes. Foi apenas com a ajuda dos telescópios baseados em luz que foi possível localizar essas fontes.

Brilho ultravioleta


No dia 17 de agosto, a kilonova ficou visível em luz ultravioleta, conforme registrado pelo telescópio Swift da NASA, Esse telescópio registrou o evento cerca de 15 horas depois da detecção das ondas gravitacionais. Apenas 12 dias depois, a kilonova desapareceu para este telescópio. Essa imagem usa cores falsas e é baseada em dados de imagens feitas com três filtros ultravioletas.

Explosão de Raio-X


Essa imagem combina as observações ópticas do Hubble e do Observatório de Raio-X Chandra. Enquanto o Hubble captou luzes ópticas e infravermelhas dos restos da explosão, o Chandra captou um brilho de Raio-X no dia 26 de agosto, nove dias depois da colisão.

Os raios vêm de um jato de matéria e luz que vêm em direção à Terra e que estava inicialmente muito estreito para ser observado, mas que se expandiu e ficou visível, segundo a NASA.

Explosão extrema


A kilonova do dia 17 de agosto ficou visível para vários instrumentos em vários telescópios administrados pelo ESO. Algumas dessas observações foram apresentadas como imagens compostas.

Canto superior esquerdo: OmegaCAM do Very Large Telescope array (VLT).
Canto superior direito: VISTA InfraRed CAMera (VIRCAM).
Canto inferior esquerdo: Gamma-ray Burst Optical/Near-infrared Detector (GROND).
Canto inferior direito: The Visible MultiObject Spectrograph (VIMOS) do VLT.
Centro: Multi Unit Spectroscopic Explorer do VLT. [Space.com]

Deixe seu comentário!