Cientistas ficaram impressionados com o que aconteceu ao pintar vacas com listras de zebras

Por , em 9.10.2019

Tomoki Kojima, da Divisão de Criação de Animais do Centro de Pesquisa Agrícola de Aichi (Japão), teve uma ideia incrível: pintar vacas com listras de zebras.

“Por que isso é uma ideia incrível?”, tenho certeza que você está se perguntando.

Porque vacas são picadas o tempo todo por mosquitos insuportáveis, mas, quando estão camufladas de zebra, são 50% menos mordidas.

De onde veio essa ideia?

“Cerca de 5 anos atrás, assisti a um programa de TV japonês que introduzia a função das listras de zebra. Eu não sabia disso. Depois de assistir ao programa, procurei e li artigos sobre a função das listras de zebra e [decidi que] gostaria de aplicar a função às vacas”, contou Kojima ao The Bored Panda.

As principais teorias sobre a função das listras das zebras é que elas ajudam os animais a se esconder de moscas e outras pragas; que servem como camuflagem para os animais se esconderem de alguns predadores; que funcionam como um sistema de refrigeração natural para manter as zebras refrescadas no calor africano.

Metodologia

Kojima e sua equipe testaram a hipótese em seis vacas pretas japonesas, pintando listras pretas e brancas, apenas listras pretas ou deixando o pelo escuro natural da vaca e comparando os resultados de picadas.

Segundo o pesquisador, as descobertas indicam que a tinta é uma forma barata, mais eficiente e melhor para o meio ambiente do que os pesticidas tóxicos usados normalmente para manter as pestes longe dos animais.

“Como pesquisador de criação de animais, espero que o método seja usado pelos agricultores e leve a contribuir para melhorar sua produtividade”, afirmou Kojima ao The Bored Panda.

O próximo passo da pesquisa é desenvolver técnicas mais eficazes para tornar mais fácil de pintar a superfície do corpo das vacas em um padrão branco e preto, garantindo a persistência de listras no gado durante a temporada de picadas de moscas – 3 a 4 meses, segundo o cientista.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica PLOS ONE. [TheBoredPanda]

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